Dom de línguas - material para vídeo

 

https://www.bibliaonline.com.br/acf+nvi/atos/2

 

¹ E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;

² E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

³ E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

⁴ E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.

⁵ E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.

⁶ E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.

⁷ E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?

⁸ Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?

⁹ Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia,

¹⁰ E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,

¹¹ Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.

¹² E todos se maravilhavam e estavam perplexos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?

¹³ E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.

¹⁴ Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.

¹⁵ Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia.

¹⁶ Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:

¹⁷ E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;

¹⁸ E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e sobre as minhas servas naqueles dias, e profetizarão;

¹⁹ E farei aparecer prodígios em cima, no céu; e sinais embaixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumo.

²⁰ O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor;

²¹ E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

²² Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;

²³ A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;

²⁴ Ao qual Deus ressuscitou, desfazendo as dores da morte, pois não era possível que fosse retido por ela;

²⁵ Porque dele disse Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado;

²⁶ Por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; e ainda a minha carne há de repousar em esperança;

²⁷ Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção;

²⁸ Fizeste-me conhecidos os caminhos da vida; com a tua face me encherás de júbilo.

²⁹ Homens irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura.

³⁰ Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono,

³¹ E antevendo isto, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção.

³² Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas.

³³ De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.

³⁴ Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,

³⁵ Até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.

³⁶ Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.

³⁷ E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?

³⁸ E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, em remissão de pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;

³⁹ Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.

⁴⁰ E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.

⁴¹ De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas,

⁴² E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

⁴³ E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

⁴⁴ E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.

⁴⁵ E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.

⁴⁶ E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

⁴⁷ Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

 

Atos 2:1-47

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¹ Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar.

² De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados.

³ E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles.

⁴ Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava.

⁵ Havia em Jerusalém judeus, tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo.

⁶ Ouvindo-se este som, ajuntou-se uma multidão que ficou perplexa, pois cada um os ouvia falar em sua própria língua.

⁷ Atônitos e maravilhados, eles perguntavam: "Acaso não são galileus todos estes homens que estão falando?

Então, como os ouvimos, cada um de nós, em nossa própria língua materna?

⁹ Partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, Judéia e Capadócia, Ponto e da província da Ásia,

¹⁰ Frígia e Panfília, Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene; visitantes vindos de Roma,

¹¹ tanto judeus como convertidos ao judaísmo; cretenses e árabes. Nós os ouvimos declarar as maravilhas de Deus em nossa própria língua! "

¹² Atônitos e perplexos, todos perguntavam uns aos outros: "Que significa isto? "

¹³ Alguns, todavia, zombavam deles e diziam: "Eles beberam vinho demais".

¹⁴ Então Pedro levantou-se com os Onze e, em alta voz, dirigiu-se à multidão: "Homens da Judéia e todos os que vivem em Jerusalém, deixem-me explicar-lhes isto! Ouçam com atenção:

¹⁵ estes homens não estão bêbados, como vocês supõem. Ainda são nove horas da manhã!

¹⁶ Pelo contrário, isto é o que foi predito pelo profeta Joel:

¹⁷ ‘Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos.

¹⁸ Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.

¹⁹ Mostrarei maravilhas em cima no céu e sinais em baixo, na terra, sangue, fogo e nuvens de fumaça.

²⁰ O sol se tornará em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor.

²¹ E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo! ’

²² "Israelitas, ouçam estas palavras: Jesus de Nazaré foi aprovado por Deus diante de vocês por meio de milagres, maravilhas e sinais, que Deus fez entre vocês por intermédio dele, como vocês mesmos sabem.

²³ Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz.

²⁴ Mas Deus o ressuscitou dos mortos, rompendo os laços da morte, porque era impossível que a morte o retivesse.

²⁵ A respeito dele, disse Davi: ‘Eu sempre via o Senhor diante de mim. Porque ele está à minha direita, não serei abalado.

²⁶ Por isso o meu coração está alegre e a minha língua exulta; o meu corpo também repousará em esperança,

²⁷ porque tu não me abandonarás no sepulcro, nem permitirás que o teu Santo sofra decomposição.

²⁸ Tu me fizeste conhecer os caminhos da vida e me encherás de alegria na tua presença’.

²⁹ "Irmãos, posso dizer-lhes com franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado, e o seu túmulo está entre nós até o dia de hoje.

³⁰ Mas ele era profeta e sabia que Deus lhe prometera sob juramento que colocaria um dos seus descendentes em seu trono.

³¹ Prevendo isso, falou da ressurreição do Cristo, que não foi abandonado no sepulcro e cujo corpo não sofreu decomposição.

³² Deus ressuscitou este Jesus, e todos nós somos testemunhas desse fato.

³³ Exaltado à direita de Deus, ele recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou o que vocês agora vêem e ouvem.

³⁴ Pois Davi não subiu ao céu, mas ele mesmo declarou: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita

³⁵ até que eu ponha os teus inimigos como estrado para os teus pés’.

³⁶ "Portanto, que todo Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo".

³⁷ Quando ouviram isso, os seus corações ficaram aflitos, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: "Irmãos, que faremos? "

³⁸ Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.

³⁹ Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar".

⁴⁰ Com muitas outras palavras os advertia e insistia com eles: "Salvem-se desta geração corrompida! "

⁴¹ Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas.

⁴² Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.

⁴³ Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos.

⁴⁴ Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum.

⁴⁵ Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade.

⁴⁶ Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração,

⁴⁷ louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos.

 

Atos 2:1-47

   https://www.bibliaonline.com.br/acf+nvi/atos/3     

   ¹ E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.

² E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam no templo.

³ O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola.

⁴ E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós.

⁵ E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa.

⁶ E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.

⁷ E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram.

⁸ E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus.

⁹ E todo o povo o viu andar e louvar a Deus;

¹⁰ E conheciam-no, pois era ele o que se assentava a pedir esmola à porta Formosa do templo; e ficaram cheios de pasmo e assombro, pelo que lhe acontecera.

¹¹ E, apegando-se o coxo, que fora curado, a Pedro e João, todo o povo correu atônito para junto deles, ao alpendre chamado de Salomão.

¹² E quando Pedro viu isto, disse ao povo: Homens israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nosso próprio poder ou santidade fizéssemos andar este homem?

¹³ O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.

¹⁴ Mas vós negastes o Santo e o Justo, e pedistes que se vos desse um homem homicida.

¹⁵ E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.

¹⁶ E pela fé no seu nome fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; sim, a fé que vem por ele, deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde.

¹⁷ E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos príncipes.

¹⁸ Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado; que o Cristo havia de padecer.

¹⁹ Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e para que venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor,

²⁰ E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado.

²¹ O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.

²² Porque Moisés disse aos pais: O Senhor vosso Deus levantará de entre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser.

²³ E acontecerá que toda a alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo.

²⁴ Sim, e todos os profetas, desde Samuel, todos quantos depois falaram, também predisseram estes dias.

²⁵ Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra.

²⁶ Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das vossas maldades. 


Atos 3:1-26             

 

 

  

 https://www.bibliaonline.com.br/acf+nvi/atos/6 

¹ Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.

² E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.

³ Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre esta necessidade.

⁴ Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.

⁵ E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;

⁶ E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

⁷ E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé


Atos 6:1-7


https://www.bibliaonline.com.br/acf+nvi/atos/8 

¹ E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e de Samaria, exceto os apóstolos.

² E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto.

³ E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.

⁴ Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra.

⁵ E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo.

⁶ E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia;

⁷ Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.

⁸ E havia grande alegria naquela cidade.

⁹ E estava ali um certo homem, chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica, e tinha iludido o povo de Samaria, dizendo que era uma grande personagem;

¹⁰ Ao qual todos atendiam, desde o menor até ao maior, dizendo: Este é o grande poder de Deus.

¹¹ E atendiam-no, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas.

¹² Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.

¹³ E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito.

¹⁴ Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.

¹⁵ Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo

¹⁶ (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus).

¹⁷ Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.

¹⁸ E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro,

¹⁹ Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. 

Atos 8:1-19


 

https://www.bibliaonline.com.br/acf+nvi/atos/10 

³⁴ E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;

³⁵ Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.

³⁶ A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos);

³⁷ Esta palavra, vós bem sabeis, veio por toda a Judeia, começando pela Galileia, depois do batismo que João pregou;

³⁸ Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.

³⁹ E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judeia como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro.

⁴⁰ A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse,

⁴¹ Não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dentre os mortos.

⁴² E nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.

⁴³ A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.

⁴⁴ E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.

⁴⁵ E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.

⁴⁶ Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.

⁴⁷ Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?

⁴⁸ E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias. Atos 10:34-48 



 https://www.bibliaonline.com.br/acf+nvi/atos/19 


 ¹ E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos,

² Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.

³ Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João.

⁴ Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.

⁵ E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.

⁶ E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.

⁷ E estes eram, ao todo, uns doze homens. 

Atos 19:1-7

  

 

https://www.bibliaonline.com.br/acf+nvi/1co/12 

(NVI)

¹ Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes.

² Vocês sabem que, quando eram pagãos, de uma forma ou de outra eram fortemente atraídos e levados para os ídolos mudos.

³ Por isso, eu lhes afirmo que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: "Jesus seja amaldiçoado"; e ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor", a não ser pelo Espírito Santo.

⁴ Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo.

⁵ Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

⁶ Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos.

⁷ A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum.

Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento, pelo mesmo Espírito;

⁹ a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de cura, pelo único Espírito;

¹⁰ a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas.

¹¹ Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, conforme quer.

¹² Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo.

¹³ Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito.

¹⁴ O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos.

¹⁵ Se o pé disser: "Porque não sou mão, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo.

¹⁶ E se o ouvido disser: "Porque não sou olho, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo.

¹⁷ Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato?

¹⁸ De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade.

¹⁹ Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

²⁰ Assim, há muitos membros, mas um só corpo.

²¹ O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de você! " Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês! "

²² Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis,

²³ e os membros que pensamos serem menos honrosos, tratamos com especial honra. E os membros que em nós são indecorosos são tratados com decoro especial,

²⁴ enquanto os que em nós são decorosos não precisam ser tratados de maneira especial. Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta,

²⁵ a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros.

²⁶ Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele.

²⁷ Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.

²⁸ Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dom de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas.

²⁹ São todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? Têm todos o dom de realizar milagres?

³⁰ Têm todos dons de curar? Falam todos em línguas? Todos interpretam?

³¹ Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons. Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente. 

1 Coríntios 12:1-31

 

 https://www.bibliaonline.com.br/acf+nvi/1co/14 


 ¹ Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.

² Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.

³ Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação.

O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.

E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.

E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?

⁷ Da mesma sorte, se as coisas inanimadas, que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara?

⁸ Porque, se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha?

Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar.

¹⁰ Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação.

¹¹ Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim.

¹² Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja.

¹³ Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar.

¹⁴ Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto.

¹⁵ Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.

¹⁶ De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto, o Amém, sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes?

¹⁷ Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado.

¹⁸ Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos.

¹⁹ Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida.

²⁰ Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento.

²¹ Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.

²² De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.

²³ Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?

²⁴ Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.

²⁵ E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.

²⁶ Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

²⁷ E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja um intérprete.

²⁸ Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.

²⁹ E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.

³⁰ Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.

³¹ Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.

³² E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

³³ Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

³⁴ As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei.

³⁵ E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja.

³⁶ Porventura saiu dentre vós a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós?

³⁷ Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.

³⁸ Mas, se alguém ignora isto, que ignore.

³⁹ Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas.

⁴⁰ Mas faça-se tudo decentemente e com ordem

1 Coríntios 14:1-40

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/dom-de-lingua-o-que-e-e-para-que-serve/

Dom de língua: o que é e para que serve?

Espírito Santo

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Segundo a Bíblia, dom de língua é a capacidade de falar outra língua conhecida, com o objetivo de anunciar as Boas Novas da salvação em Cristo ao mundo.


O Dom de Línguas tem sido incompreendido pelos sinceros irmãos da atualidade. Há mesmo quem afirme que os que não falam em “Língua Estranha” são crentes incompletos, cristãos de segunda classe. Asseguram outros que a única prova de ser batizado com o Espírito Santo é falar “língua estranha”.


1. DEFINIÇÃO: Segundo a Bíblia, dom de língua é a capacidade de falar outra língua conhecida, com o objetivo de anunciar as Boas Novas da salvação em Cristo ao mundo.


Mateus 28:19,20 diz que devemos “ensinar as pessoas a guardarem todas as coisas”. Observe que para ensinar é indispensável conhecer a língua falada do estrangeiro. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso” (1 Coríntios 12:7). Concluímos obviamente, que o falar em língua tem que ter uma utilidade, tem que ser ao menos inteligível, ou seja, compreensível.


Esta experiência autêntica aconteceu com os discípulos por ocasião do Pentecostes:


“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” (Atos 2:1-11).


O relato mostra que o dom de línguas foi dado para evangelizar. O verso 6 declara que “cada um ouvia falar na sua própria língua” e o verso 8 confirma: “e como os ouvimos falar cada um em nossa própria língua materna?” E pela terceira vez exclamaram os estrangeiros: “como os ouvimos falar em nossa própria língua as grandezas de Deus ? (Verso 11).


Havia naquele lugar mais de 16 nações diferentes. Os Apóstolos não tinham tempo e nem uma escola para aprenderem todos aqueles idiomas. Você percebeu? Houve uma “NECESSIDADE” de pregar o evangelho; por isso, o Senhor deu-lhes o dom. Note que os discípulos não falaram palavras ou sílabas sem sentido. Eram compreendidos em outros idiomas.


Há 2 aspectos importantes ao analisarmos o dom de línguas em Atos 2:


a) Teve um propósito de evangelizar os estrangeiros. A finalidade era a edificação dos crentes e o desenvolvimento da causa de Deus;


b) Foi compreendido por todos. Não eram expressões ininteligíveis ou que provinha de algum êxtase sentimental descontrolado.


Atos 2:22-36 – A mensagem de Pedro centralizava-se em Jesus.

Atos 2:41- Observe que houve resultados. Batizaram-se 3.000 pessoas.


Vejamos o texto de 1 Coríntios 14:6-9:


“Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara? Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar.”


Paulo continua enfatizando a necessidade de expressar-se de maneira inteligível (1 Coríntios 14:18, 19, 23).


Concluindo, diríamos que o dom de línguas é um dom válido desde que a língua seja inteligível, compreensível. Este dom não pode ser usado para orgulho pessoal. O dom de línguas é concedido para evangelizar outras pessoas de outras nações que não conhecem a Cristo.


2. A Bíblia apresenta seis regras a serem seguidas quanto ao Dom de Línguas:


a) No máximo 3 pessoas devem falar;

b) “E isto sucessivamente” (Verso 27). Isto é, um de cada vez, não dez ou vinte falando numa só vez;

c) Deveria haver tradutor (intérprete) – 1 Coríntios 14:28.

d) É entendido por todos (Atos 2:9-12).

e) Edifica a Igreja (1 Coríntios 14:5, 26).

f) É enriquecido pelo amor ( 1 Coríntios 13:1 e 9).


Os Cristãos de hoje ferem estas seis regras frontalmente. Em muitas congregações, por exemplo, há certo número de pessoas e todos querem falar ao mesmo tempo. Não pode haver intérpretes porque os que falam não sabem o que estão falando.


OBSERVAÇÃO: Por que utilizar o dom de língua no Brasil se todos falam o português? É verdade que há estrangeiros que não compreendem o português e por isso eles precisam ser ensinados sobre o evangelho no idioma que eles conhecem.


Em 1 Coríntios 14:33, 40 diz que “Deus não é de confusão e sim de ordem e paz. A obra de Deus sempre se caracteriza pela calma e a dignidade. Havendo muito barulho choca os sentidos (ver Mateus 6:6 e Salmo 139:1-6). Deus não é surdo.


3. O Espírito Santo somente é concedido aos que “OBEDECEM” ( Atos 5:32).


4. O fato de alguém falar em línguas não é prova de ser batizado com o Espírito Santo. A bíblia apresenta diversas pessoas que receberam o Espírito Santo, contudo, não falaram em línguas. São elas:


• Os samaritanos (Atos 8:17);

• A virgem Maria (Lucas 1:35);

• Estêvão (Atos 6:5; 7:55);

• Saul, o primeiro rei de Israel (1 Samuel 10:10);

• Gideão, juiz de Israel (Juízes 6:34);

• Sansão, outro juiz (Juízes 15:14);

• Zacarias, pai de João Batista (Lucas 1:67);

• Bezalel, em tempos remotos (Êxodo 31:1-3);

• João Batista e sua mãe (Lucas 1:15 e 41);

• Os sete diáconos (Atos 6:1-7);

• Jesus Cristo (Lucas 3:22).


Vemos que Jesus nunca falou em línguas. Será que ele não tinha o Espírito Santo? Claro que tinha! Ele não usou este dom porque não havia “necessidade”.


Exigir que todos os irmãos falem em línguas é querer dirigir o Espírito. É ir contra a soberania do Espírito Santo, pois somente ele é quem distribui os dons como Ele quer (1 Coríntios 12:11).


5. O termo “Língua dos Anjos” só aparece em 1 Coríntios 13:1, quando Paulo assim diz: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine”. Paulo está apenas salientando que mais importante do que falar a língua dos homens e dos anjos, é ter amor. Não está afirmando que esta manifestação estranha de língua seria língua dos anjos.


Observe que sempre que os anjos se comunicam com os homens, falam o idioma dos homens.


Exemplos:

• Os anjos falam a língua de Ló (Gênesis 19:15);

• Anjos falaram a língua dos pastores (Lucas 2:8-14);

• Falaram a língua de Maria (Lucas 1:26-28).


6. Em Marcos 16:17 diz: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios: falarão novas línguas”. O que significa falar uma nova língua na bíblia? O texto original grego responde.


Há duas palavras gregas diferentes para descrever nova língua: NÉOS e KAINÓS.

• NÉOS é novo no sentido de “tempo”, recente. Não existia antes.

• KAINÓS é novo na forma ou na “qualidade”. Algo que já existia.


Exemplo: A pessoa tinha um carro ano 71 e trocou por um ano 90. Para a pessoa que comprou, o carro é novo; significa novo na “experiência”, pois o carro já existia. Assim é o dom de línguas. Para a pessoa que aprendeu a nova língua é nova (Kainós), mas o idioma já existia, já era falado por um grupo de pessoas. Só para a pessoa que aprendeu o novo idioma é novo ( Kainós).


Em Marcos 16:17 a palavra grega usada é KAINÓS e não NEÓS. Isto significa que Jesus prometeu aos seus discípulos falarem novas línguas que já existiam e não uma nova língua desconhecida até então.


No ano de 1955 na cidade de Malacacheta (MG), aconteceu um fato que merece nossa análise. Estavam reunidas em uma igreja, dezoito pessoas falando em “línguas”. De repente, tomados por um êxtase, investiram e mataram cerca de 4 crianças. Será que este espírito que possuiu aquelas pessoas era o Espírito de Deus? Claro que não! (Veja Gálatas 5:22-23).


CONCLUSÃO: A língua falada é um sistema de linguagem em que os seres humanos dotados de inteligência se comunicam e se entendem perfeitamente. As línguas estranhas faladas hoje por muitos nada tem em comum com as mais de 3.000 línguas e dialetos existentes no mundo. Por conseguinte, não possui valor nenhum para a identificação inteligente da fé Cristã.


Equipe Biblia.com.br


https://www.adventistas.org/pt/evangelismo/o-dom-de-linguas-biblico/ 


O Dom de Línguas Bíblico

Esse importante dom mencionado na Bíblia tem sido incompreendido pelos sinceros irmãos da atualidade. Há mesmo quem afirme que quem não fala em “línguas estranhas” não é batizado com o Espírito Santo (Contrariando totalmente o que está escrito em Efésios 1:13 que afirma sermos selados pelo Espírito


Por | 15 de agosto de 2013

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Esse importante dom mencionado na Bíblia tem sido incompreendido pelos sinceros irmãos da atualidade. Há mesmo quem afirme que quem não fala em “línguas estranhas” não é batizado com o Espírito Santo (Contrariando totalmente o que está escrito em Efésios 1:13 que afirma sermos selados pelo Espírito a partir do momento em que cremos em Jesus e não no momento em que “falamos línguas estranhas”), ou seja, é uma espécie de “cristão de segunda classe”. Asseguram inclusive que a única prova de ser batizado com o Espírito Santo é falar “língua estranha”.


Definição e Propósito

Segundo a Bíblia, o dom de línguas é a capacidade de falar outra língua conhecida, em outro idioma (esse é o significado do termo grego para “língua”) com o objetivo de anunciar a boa notícia e salvação por meio de Cristo.


Mateus 28:19, 20 diz que devemos “ensinar as pessoas a guardarem todas as coisas...” Observe que, para ensinar, é indispensável conhecer a língua falada do estrangeiro. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.” 1 Coríntios 12:7. Concluímos, obviamente, que o falar em língua deve ter uma utilidade; deve ser, ao menos, inteligível. Lembrando: que tenha um propósito evangelístico.


Esta experiência autêntica aconteceu com os discípulos por ocasião do Pentecostes (A palavra pentecostes é grega e quer dizer "qüinquagésimo (dia)", pois essa festa era comemorada cinqüenta dias depois da PÁSCOA (Dicionário da Bíblia de Almeida – Sociedade Bíblica do Brasil).):


“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” Atos 2:1-11.


O relato mostra que o dom de línguas foi dado para evangelizar. O verso 6 declara que “cada um ouvia falar na sua própria língua” o que cada seguidor de Cristo dizia e o verso 8 confirma: “e como os ouvimos falar cada um em nossa própria língua materna?” Pela terceira vez exclamaram os estrangeiros: “como os ouvimos falar em nossa própria língua as grandezas de Deus ?” (verso 11).


Havia, naquele lugar, cerca de 18 nações diferentes. Os apóstolos não tinham tempo e nem uma escola para aprender todos aqueles idiomas. Você percebeu? Houve uma “NECESSIDADE” de pregar o evangelho em um lugar onde havia muita gente (Deus não poderia perder aquela oportunidade!); por isso, o Senhor deu-lhes o dom de línguas estrangeiras. Note que os discípulos não falaram palavras ou sílabas sem sentido. Eram compreendidos em outros idiomas.


Há dois aspectos importantes a analisarmos o dom de línguas em Atos 2:


A mensagem de Pedro centralizava-se em Jesus (Atos 2:22-36);

O dom de línguas não foi acompanhado por um êxtase sentimental descontrolado. Observe que a mensagem foi compreendida de forma a haver resultados: 3.000 pessoas foram batizadas! (Atos 2:41);

Paulo também afirma que as palavras usadas no dom são idiomas que precisam ser entendidos pelos ouvintes para que se convertam a Cristo. Não adianta nada falar num idioma que a pessoa não conheça: “Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara? Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar.” 1 Coríntios 14:6-9.

“Assim vós, se com a língua não disserdes palavras compreensíveis, como se entenderá o que dizeis? Porque estaríeis como se falásseis ao ar” (ler também 1 Coríntios 14: 18, 19, 23).

O dom de línguas é um sinal para os descrentes a fim de que ouçam as maravilhas de Deus no idioma deles. Não é um sinal para os crentes, conforme 1 Coríntios 14:22: “De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que creem.”

Portanto, tal dom não deve ser usado para orgulho pessoal. O dom de línguas é concedido para evangelizar outras pessoas de outras nações que não conhecem ao Salvador.


Regras a serem seguidas no uso do Dom de Línguas:

No máximo três pessoas devem falar, de forma sucessiva e organizada, um de cada vez - 1 Coríntios 14:27;

Deve haver tradutor (intérprete) - 1 Coríntios 14:28;

Precisa ser entendido por todos - Atos 2:9-12;

Cumprir o papel de edificar a igreja edifica a Igreja estando subordinado ao dom de profecia (1 Coríntios 14:1, 5, 26).

Ser enriquecido pelo amor aos irmãos – 1 Coríntios 13:1 e 9.

Muitos cristãos de hoje ferem essas cinco regras frontalmente. Em muitas congregações, por exemplo, há certo número de pessoas e todos querem falar ao mesmo tempo. Não pode haver intérpretes porque os que falam não sabem o que estão falando.


Observação: Por que utilizar o dom de línguas no Brasil se todos falam o português?


Outros aspectos importantes a serem avaliados sobre o Dom:

A gritaria não pode fazer parte da manifestação de qualquer dom – Efésios 40:30, 31;

A pessoa tomada pelo Espírito Santo tem paz e domínio próprio (Gálatas 5:22, 23), ou seja, não cai no chão.

O dom de línguas não provoca desordem na igreja. Em 1 Coríntios 14:33, 40 é dito que “Deus não é de confusão e sim de ordem e paz.” A obra de Deus sempre se caracteriza pela calma e a dignidade. Havendo barulho, choca os sentidos (ler Mateus 6:6; Gálatas 5:22, 23). Lembremos de que Deus não é surdo.

O Espírito Santo somente é concedido aos que obedecem a Deus (Atos 5:32). Será que os que se dizem possuidores do Espírito Santo guardam todos os mandamentos de Deus? (ver Tiago 2:10). A pessoa que conhece a Palavra e de livre vontade desobedece a Deus, não tem o Espírito Santo, mesmo que possa parecer! “O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Provérbios 28:9.

O fato de alguém falar em línguas não é prova de tenha sido batizado(a) pelo Espírito Santo. A Bíblia apresenta diversas pessoas que receberam o Espírito Santo e, contudo, não falaram em línguas, pois não era necessário. São elas:

Os samaritanos (Atos 8:17);

Maria (Lucas 1:35);

Estevão (Atos 6:5; 7:55);

Saul, o primeiro rei de Israel (l Samuel 10:10);

Gideão, juiz de Israel (Juízes 6:34);

Sansão, outro juiz (Juízes 15:14);

Zacarias, pai de João Batista (Lucas 1:67);

Bezalel, em tempos remotos (Êxodo 31:1-3);

João Batista e sua mãe (Lucas 1:15 e 41);

Os sete diáconos (Atos 6:1-7);

Jesus Cristo (Lucas 3:22).

Vemos que Jesus nunca falou em línguas. Será que Ele não tinha o Espírito Santo? Claro que tinha! Ele não usou esse dom porque não havia uma necessidade evangelística para tal. Exigir que todos os irmãos falem em línguas é querer dirigir o Espírito. É ir contra a soberania dEle, pois somente Deus Espírito Santo é quem distribui os dons como Ele quer: “Porém é um só e o mesmo Espírito quem faz tudo isso. Ele dá um dom diferente para cada pessoa, conforme ele quer.” 1 Coríntios 12:11.


O termo “língua dos anjos” só aparece em l Coríntios 13:1, quando Paulo afirma: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.” O apóstolo está apenas destacando que, mais importante que falar a língua dos homens e dos anjos, é ter amor. Não está afirmando que essa manifestação estranha de língua angélica fizesse parte de nossa pregação (leia Gênesis 18 e Apocalipse 22:8, 9, onde os próprios anjos falaram idiomas humanos para que pudessem ser compreendidos! Leia também Gênesis 19:15; Lucas 2:8-14; 1:16-18).

Em Marcos 16:17 é dito: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios: falarão novas línguas.” O que significa “falar uma nova língua” na Bíblia? O texto original grego responde. Há duas palavras gregas diferentes para descrever o termo “novas” línguas: neós e kainós.

Neós é algo novo que não existia antes.

Kainós é algo novo que já existia.

A palavra empregada em Lucas 16:17 é kainós, indicando assim que as “novas línguas” faladas pelos discípulos de Jesus seriam novas apenas para eles que não as conheciam, mas elas já existiam!


Ilustrações

Ilustração 1: A pessoa tinha um carro, ano 2007, e trocou por um 2008. Para a pessoa que comprou, o carro é novo. Significa novo na “experiência”, pois o carro já existia. Assim é o dom de línguas em Marcos 16:17. Para a pessoa que aprendeu a nova língua, é nova (Kainós), mas o idioma já existia, era falado por um grupo de pessoas.


Ilustração 2: Certa vez, um pastor foi em um culto para “testar” se realmente aqueles cristãos entendiam o que estavam dizendo. No decorrer da programação ele recitou o Salmo 23 em grego. Um dos membros daquela igreja levantou-se e foi “interpretar” o que o pastor disse. Afirmou que Deus estava pedindo para que todos entregassem o coração a Jesus, sendo que o pastor apenas falou o Salmo 23 em grego, e ainda por três vezes! Imagine que “balde de água fria” foi para a congregação quando o pastor disse o significado verdadeiro das palavras e que o suposto tradutor estava mentindo.


Considerações Finais:

A língua falada é um sistema de linguagem em que os seres humanos, dotados de inteligência, se comunicam e se entendem perfeitamente. As “línguas estranhas” faladas em muitos cultos de hoje nada têm em comum com as mais de 3.000 línguas e dialetos existentes na Terra.


Por conseguinte, não possuem importância evangelística e nem servem para identificar quem é cristão consagrado ou não (lembre-se Efésios 1:13).


A teoria de que o genuíno dom de línguas se manifesta hoje na forma de línguas estáticas, não faladas atualmente por qualquer povo ou nação, carece de fundamento bíblico.


As várias alusões, na Versão Almeida Revista e Corrigida, a “línguas estranhas” (1 Coríntios 14) não aparecem no texto original grego (O termo línguas estranhas foi acrescentado pelo tradutor para tentar “facilitar” a compreensão do texto. Entretanto, dificultou mais ainda, dando apoio à ideia de que o dom de línguas bíblico é algo ininteligível) onde a expressão usada é simplesmente “línguas”.


Portanto, se estou falando a você em Francês (língua estrangeira) e você não sabe nada de Francês, para você estou falando língua estranha, pois não pode ser entendida. Mas isso não quer dizer que o Francês é um idioma que não pode ser entendível por ninguém. Daí surge a necessidade do intérprete.


Segundo nossos dicionários, interpretar é a “arte de determinar o significado preciso de um texto ou lei”, “fazer entender”. Traduzir é apenas converter cada palavra de seu estado estrangeiro (estranho) ao corrente (entendível). Portanto, não existe tradução sem interpretação.


E, não esqueça: o dom de línguas em Atos 2 (Atos 10, 19, 1 Coríntios 12-14) tem sempre um propósito evangelístico.


Se quiser aprofundar-se ainda mais no assunto, mantenha contato conosco.


http://youtu.be/KWKtcSZTeO0


Fonte: Escola Bíblica da TV Novo Tempo.


Autoria: Desconhecida.

Edição de Texto: Leandro Quadros.

Rede Novo Tempo de Comunicação


https://www.revistaadventista.com.br/da-redacao/destaques/falar-em-linguas/  


Certa ocasião, recebi uma carta de um membro da igreja relatando que um visitante em sua congregação estava falando em línguas durante o culto. Falar em línguas é uma característica distintiva de mais de 30 denominações pentecostais ao redor do mundo. De fato, se somarmos os membros que falam em línguas entre as igrejas carismáticas e tradicionais, como batistas, metodistas e católicas, teremos milhões de pessoas.


Os discípulos, após três anos e meio aprendendo aos pés do Salvador, estavam despreparados e sem poder para dar continuidade à Sua obra (Mt 28:19). Jesus lhes havia dito: “Eis que envio sobre vocês a promessa de Meu Pai; permaneçam, pois, na cidade, até que vocês sejam revestidos do poder que vem do alto” (Lc 24:49).


De fato, ninguém está preparado para o serviço cristão, a menos que seja revestido com poder divino. Conhecimento e atividade são insuficientes. Ellen White afirmou: “O que precisamos é do batismo do Espírito Santo. Sem ele, não estamos mais aptos para ir ao mundo do que estavam os discípulos após a crucificação de seu Senhor. Jesus conhecia a necessidade deles e disse-lhes para esperarem em Jerusalém até serem revestidos com poder do alto” (“How to meet a controverted point of doctrine”, Review and Herald, 18 de fevereiro de 1890).


Uma atividade importante do Espírito Santo prometido é conceder dons. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando um fim proveitoso” (1Co 12:7). Os dons mencionados em 1 Coríntios 12:7 a 11 são: sabedoria, conhecimento, fé, cura, operação de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas.


O fenômeno de falar em línguas é comumente chamado de glossolalia, derivado dos termos gregos glossa (língua) e lale? (falar). De acordo com Elias Andrews, o dom de línguas “consistia em discurso articulado e ininteligível emitido por cristãos que, em estado de êxtase, acreditavam estar possuídos pelo Espírito” (“Tongues, Gift of”, The Interpreter’s Dictionary of the Bible [Abingdon, 1962], v. 4, p. 671). Nesse sentido, a glossolalia tem sido reconhecida em religiões não cristãs em tempos antigos e modernos. Sacerdotes pagãos, curandeiros, xamãs e outras personalidades religiosas têm falado em línguas em diversas ocasiões cerimoniais e litúrgicas.


Nas últimas décadas, estudiosos têm investigado a glossolalia para determinar se pode ser considerada uma língua legítima. Os resultados têm sido unilaterais. William Welmes, antigo professor de línguas africanas na Universidade da Califórnia em Los Angeles, escreveu: “Devo relatar sem reservas que minha amostra não soa estruturalmente como uma língua. Não há mais do que dois sons de vogais contrastantes e um conjunto bastante peculiar de sons de consoantes; estes se combinam em pouquíssimos agrupamentos de sílabas que se repetem muitas vezes em diversas ordens. As consoantes e vogais não soam todas como inglês [língua usada como comparação], mas os padrões de entonação são tão completamente do inglês americano que o efeito total é um pouco extravagante” (“Letter to the editor”, Christianity Today, 8 de novembro de 1963, p. 19, 20).


William Samarin, professor de linguística na Universidade de Toronto, estudou extensivamente a glossolalia por cinco anos. Ele avaliou a glossolalia como “uma expressão humana sem sentido, mas foneticamente estruturada, que o falante acredita ser uma língua real, mas sem semelhança sistemática com qualquer língua natural, viva ou morta” (Tongues of Man and Angels [Macmillan, 1972], p. 2).


A maioria dos carismáticos, por sua vez, reconhece que a glossolalia moderna não é uma linguagem humana comum. Eles acreditam que seja uma linguagem celestial. “A glossolalia é, de fato, uma língua em um sentido diferente da palavra. […] No entanto, a maior parte das evidências sugere que, embora haja um padrão e uma forma, falar em línguas provavelmente não se trate de uma língua conhecida ou de uma linguagem humana conforme entendida atualmente” (H. Newton Malony e A. Adams Lovekin, Glossolalia: Behavioral Science Perspectives on Speaking in Tongues [Oxford University Press, 1985], p. 38).


O DOM DE LÍNGUAS NO NOVO TESTAMENTO


A questão se o dom de línguas do Novo Testamento é o mesmo que a glossolalia moderna gera divergências entre os estudiosos. Alguns acreditam que se tratava simplesmente de um discurso extático. Por exemplo, “a glossolalia cristã primitiva era a emissão de palavras sem sentido sob a compulsão de emoções extáticas e incontroláveis – uma cacofonia incompreensível para todos, exceto os poucos que foram carismaticamente capacitados para sua interpretação” (S. MacLean Gilmour, “Easter and Pentecost”, Journal of Biblical Literature, março de 1962, p. 64). Outros estão convencidos de que “ao falar em outras línguas, os crentes forneciam evidências de que o Espírito Santo estava realizando um milagre” (Simon J. Kistemaker, Acts [Baker, 1990], p. 8). Há também aqueles que veem tanto o discurso extático quanto línguas estrangeiras no Novo Testamento.


AS LÍNGUAS ERAM EVIDÊNCIA DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO E DA CAPACITAÇÃO PARA A MISSÃO


A maioria, porém, entende que os fenômenos descritos em Atos 2:4 e 1 Coríntios 14:2 são significativamente diferentes entre si. Em um caso, as pessoas entendiam em sua própria língua ou dialeto e, no outro, era necessário um intérprete. É por esse motivo que muitos interpretam glossa em 1 Coríntios 14:2 como discurso extático, que também era um elemento importante nas religiões helenísticas e constituía um símbolo de inspiração divina (J. P. Louw et al., Greek-English Lexicon of the New Testament Based on Semantic Domain [United Bible Societies, 1988], v. 1, p. 389).


O dom de línguas é mencionado nos evangelhos apenas uma vez (Mc 16:17); em Atos, aparece em cinco textos (2:4-11; 10:46; 19:6); e em 1 Coríntios 12 a 14, ocorre 20 vezes (12:10 [duas vezes], 28, 30; 13:1, 8; 14:2, 4, 5 [duas vezes], 6, 13, 14, 18, 19, 22, 23, 26, 27, 29).


O primeiro a falar sobre o dom de línguas foi o próprio Jesus. Referindo-Se aos Seus seguidores, Ele disse: “Em Meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas” (Mc 16:17). O cumprimento dessa profecia é encontrado em Atos 2: “Ao cumprir­- se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (v. 1-4).


Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar. Não houve período de ensino nem tempo de aprendizado. Eles começaram a falar imediatamente “em outras línguas”, ou seja, em idiomas estrangeiros (At 2:6, 8, 11). Enquanto alguns intérpretes veem falas extáticas em Atos 2, a maioria concorda que se referem a idiomas: “As línguas em [At] 2:4 são melhor entendidas como ‘idiomas’ e devem ser interpretadas de acordo com a referência de Filo à linguagem compreensível como um dos três sinais da presença de Deus na entrega da lei no Monte Sinai” (Richard N. Longenecker, “The Acts of the Apostles”, The Expositor’s Bible Commentary [Zondervan, 1981], v. 9, p. 271). Ellen White explicou: “Esse dom sobrenatural era uma forte evidência para o mundo de que o trabalho deles tinha a aprovação do Céu. Dali em diante, a linguagem dos discípulos passou a ser pura, simples e correta, falassem eles no idioma materno ou em uma língua estrangeira” (Atos dos Apóstolos [CPB, 2021], p. 26).


Em primeiro lugar, as línguas eram consideradas evidência do batismo com o Espírito Santo. Em Atos 1:5, Jesus disse aos apóstolos que seriam batizados com o Espírito Santo; no Pentecostes, esse batismo ocorreu. O segundo propósito era estar equipado para a missão. “Com base na predição de Jesus, como registrada em Marcos 16:17 e seu contexto, o propósito do dom de línguas era fornecer os meios de comunicação para a evangelização do mundo por intermédio da proclamação do evangelho” (Gerhard F. Hasel, Speaking in Tongues [Adventist Theological Society, 1991], p. 74). Nesse sentido, Atos 2 é o capítulo fundamental para interpretar o dom de línguas no Novo Testamento. Trata­- se de um texto facilmente compreensível.


Em Atos 10:44 a 48, Cornélio e sua família receberam o Espírito Santo quando aceitaram Cristo. Como Pedro explicou aos apóstolos, “o Espírito Santo caiu sobre eles, como também sobre nós, no princípio” (At 11:15). O propósito de Deus com esse incidente era convencer os judeus de que os gentios também recebiam o Espírito Santo e tinham parte no reino de Deus.


AS “LÍNGUAS” EM CORINTO


Depois de Jerusalém, Cesareia e Éfeso (At 19), Corinto se tornou a quarta metrópole na qual o “falar em línguas” foi manifestado no Novo Testamento. A igreja na cidade foi fundada na segunda jornada missionária de Paulo (At 18:1-18). Ela enfrentava muitos problemas: divisões (1Co 3:3), imoralidade (5:1), litígios entre os cristãos (6:1), questões matrimoniais (7:1), abuso na Ceia do Senhor (11:21) e falta de compreensão sobre os dons espirituais (12–14).


Outro problema em relação aos dons espirituais é que não sabemos qual era a pergunta referente ao dom de línguas à qual Paulo estava respondendo. Para nós, a questão é: as “línguas” em Corinto eram um discurso extático ou idiomas? Há bons argumentos de ambos os lados dessa questão (veja o quadro).


Neste artigo, discutimos dois tipos de línguas: um é o dom bíblico de línguas estrangeiras, o outro é uma experiência extática, um discurso sem sentido, que pode ser encontrado em religiões antigas e contemporâneas. Contudo, é importante lembrar que há apenas um dom de línguas no Novo Testamento, e conforme Gerhard Hasel afirmou, “é muito razoável concluir que o falar em línguas ao longo do Novo Testamento é o dom de falar milagrosamente línguas estrangeiras não aprendidas” (Speaking in Tongues, p. 150)


SAIBA +


ARGUMENTOS FAVORÁVEIS ÀS LÍNGUAS COMO IDIOMAS


1. O Novo Testamento conhece apenas um dom de línguas.


2. Em Atos, as línguas são idiomas estrangeiros; portanto, em 1 Coríntios, as línguas também devem ser idiomas estrangeiros. Assim, 1 Coríntios deve ser interpretado à luz de Atos, não o contrário.


3. Deus age por meio da inteligência humana. O Senhor que alertou contra a repetição de frases vazias dos gentios (Mt 6:7) inspiraria um discurso sem sentido?


4. Em 1 Coríntios 14:22, as línguas são um sinal para os descrentes, como no Pentecostes. Portanto, as línguas devem ser uma linguagem real.


5. Os dons foram dados para o bem comum (1Co 12:7). Isso descarta o uso de um dom unicamente para a gratificação pessoal.


6. As línguas em Corinto foram usadas de maneira inadequada. Em 1 Coríntios 14:2, Paulo criticou os membros da igreja por usarem seu dom para falar com Deus e não com seres humanos. No versículo 4, ele condenou o uso das línguas para edificação própria.


7. Em 1 Coríntios 14:21 e 22, Paulo comparou as línguas com o idioma assírio/babilônico.


8. Glossa na Septuaginta (LXX) é usada 30 vezes como linguagem e apenas duas vezes como discurso ininteligível – não extático –, mas discurso vacilante (Is 29:24, 32:4).


ARGUMENTOS FAVORÁVEIS ÀS LÍNGUAS COMO FALAS EXTÁTICAS


1. Existem diferenças entre Atos e 1 Coríntios. Em Atos, o foco era na pregação; em 1 Coríntios, na oração e ação de graças. Em Atos, não havia interpretação; em 1 Coríntios, havia intérprete (1Co 14:13).


2. Nas características das línguas em 1 Coríntios 14, a pessoa fala com Deus, não com outras pessoas (v. 2, 28); ninguém a entende (v. 2); no espírito, ela fala mistérios (v. 2); e não se edifica a si mesma (v. 4).


3. Se a glossa em Corinto fosse uma língua estrangeira, Paulo dificilmente a teria criticado. Ele teria dito aos membros que a usassem para testemunhar.


4. As perguntas feitas apoiam as falas extáticas (1Co 14:6, 9, 16, 23). No entanto, todos esses elementos também podem ser compreendidos no contexto do uso inadequado de línguas estrangeiras na igreja em Corinto. Em vez de usar o dom de línguas para propósitos missionários, eles o utilizavam para se glorificar.


Em relação à glossolalia moderna, Ellen White afirmou: “Algumas dessas pessoas têm formas de culto a que chamam dons e dizem que o Senhor os pôs na igreja. Têm um palavreado sem sentido a que chamam língua desconhecida, desconhecida não só ao homem, mas ao Senhor e a todo o Céu (Maranata [CPB, 2021], p. 153).


Nota: Este artigo foi publicado na Perspective Digest, v. 8, nº 24, outubro de 2023.


GERHARD PFANDL foi diretor associado do Instituto de Pesquisa Bíblica da Igreja Adventista do Sétimo Dia


(Artigo publicado na Revista Adventista de fevereiro/2024)



https://saleluz.blog/2018/08/25/dons-do-espirito-variedade-e-interpretacao-de-linguas/ 


Dons do Espírito: variedade e interpretação de línguas

Oi gente, tudo bem? Hoje vamos continuar nossos estudos sobre os dons espirituais falando sobre os dons de variedade de línguas e de interpretação de línguas (1 Coríntios 12:10), para acessar outros estudos sobre esse tema, clique aqui!

Para entender melhor sobre os dons de variedade  e interpretação de línguas, vamos estudar 1 Coríntios 14. Inicialmente vou destacar, três versículos.

  • “Pois quem fala em língua não fala aos homens, mas a Deus. De fato, ninguém o entende; em espírito fala mistérios.” 1 Coríntios 14:2
  • “Quem fala em língua a si mesmo se edifica” 1 Coríntios 14:4
  • “Quem profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja seja edificada.” 1 Coríntios 14:5

No texto de 1 Coríntios 14:2 e 4 Paulo afirma que quem fala em línguas não fala a outro homem, mas a Deus, edificando a si mesmo. Entretanto no versículo 5 ele faz uma ressalva, “a não ser que as interprete”, essa ressalva muda o sentido dos primeiros versículos.

Nos dois primeiros versículos, ele diz que ninguém entende e o homem edifica a si mesmo, enquanto falava diretamente com Deus. Entretanto, quando alguém interpreta, todos entendem e são edificados. Quando isso acontece não é mais o homem falando com Deus, mas sim, Deus falando com os homens.

Desta forma, podemos perceber duas formas diferentes do falar em línguas. Vamos chamar de “linguagem de oração”, o homem falando com Deus e de “variedade de línguas”, o dom que age em conjunto com o dom de interpretação de línguas usados para que Deus fale com os homens (igreja).

É similar aos dons de sabedoria, fé e cura. Todo crente pode ter sabedoria, fé e pode operar cura, mas nem todos  são ungidos para isso. Todo crente pode falar em línguas, como uma linguagem de oração para edificação pessoal, mas nem todo crente será ungido pelo Espírito Santo para falar e interpretar as línguas para edificação da igreja.

Vamos estudar mais alguns versículos.

  • Portanto, as línguas são um sinal para os descrentes, e não para os que crêem; a profecia, porém, é para os que crêem, e não para os descrentes.” 1 Coríntios 14:22

Agora Paulo fala das línguas como um sinal aos descrentes, diferente do que ele já varia falado antes, que eram manifestações para quem já criam, ou seja, Paulo apresenta uma outra manifestação do falar em línguas, o que vamos chamar  de “sinal aos incrédulos”. Foi isso que aconteceu em Atos 2, Pedro falava de Deus para outras pessoas e essas pessoas entendiam tudo que ele dizia sem intérprete.

Resumindo, podemos apresentar três características de cada um dos modos de falar em línguas:

falar em línguas

Se você quiser saber mais ou entender melhor esses conceitos sugiro assistir esse vídeo: Língua dos Anjos – com Luciano Subirá, by JesusCopy, antes de continuar a leitura.

Todas essas formas de se falar em línguas são uma forma de linguagem sobrenatural. Entretanto, nosso estudo está focado no dom de variedade de línguas, que deve ser usado juntamente com o dom de interpretação de línguas.

Juntos, esses dons servem para a edificar a igreja, por meio de exortação e ensinamentos. Ambos os dons, variedade de línguas e interpretação, não acontecem no velho testamento, apenas no novo testamento.

O dom de variedade de línguas é dado pelo Espírito Santo e, assim como os outros dons, exige uma interação entre o homem e o Espírito. O Espírito impulsionará o homem a falar e interpretar as línguas e esse irá ou não responder ao seu estímulo. Diferente da “linguagem de oração” que está disponível ao homem quando ele quiser.

Quanto ao dom de interpretação, como vimos ele não se manifesta sozinho, apenas junto com o falar em línguas. A pessoa que tem esse dom dá o significado da mensagem, não é uma tradução onde a pessoa entende tudo que o outro esta falando, palavra por palavra, mas entende a mensagem que Deus quer passar.

  • “Por isso, quem fala em língua, ore para que a possa interpretar.” 1 Coríntios 14:13

A orientação de Paulo nos mostra que a pessoa que fala em línguas também pode interpretar o que está dizendo, isso seria o ideal. Portanto, pode acontecer de uma pessoa falar e outra interpretar ou uma mesma pessoa falar e interpretar.

Vamos continuar estudando alguns versículos para aprendermos como esses dons devem se manifestam.

  • “Se, porém, alguém falar em língua, devem falar dois, no máximo três, e alguém deve interpretar. Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.” 1 Coríntios 14:27,28
  • “Portanto, meus irmãos, busquem com dedicação o profetizar e não proíbam o falar em línguas. Mas tudo deve ser feito com decência e ordem.” 1 Coríntios 14:39,40

Paulo orienta que apenas dois ou três devem falar em línguas em público, que deve ter interprete e também que deve servir para edificação da igreja, do caso contrário, serve para edificação pessoal e não precisa ser exposto em público. Quando não há interprete, a orientação da bíblia é que esse fale apenas consigo mesmo e com Deus (linguagem de oração). Por fim, Paulo termina dizendo que tudo deve ser feito com ordem e decência. Deus não irá provocar confusão durante seu culto, então tudo deve ser feito de forma ordeira e sem causar escândalo aos descrentes.

Se você gostou desse estudo deixe um “curtir” e compartilhe com os amigos. Um beijo e até mais!!!

Estudo elaborado com base no curso “Dons espirituais” do Pastor Luciano Subirá, disponível em: http://www.orvalho.com/.


https://www.cacp.app.br/o-dom-de-linguas-e-para-hoje/ 


O Dom de Línguas é pra hoje?

Artigo compilado por Artigo compilado  30 de março de 2024 em Destaques, Dificuldades Bíblicas, Estudos Bíblicos, HotNews, Video

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A primeira alusão no Novo Testamento ao falar em línguas estranhas está nas palavras de Cristo em Marcos 16.17:


‘‘Estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome… falarão novas línguas”.


Depois, quando lemos sobre línguas estranhas, é já a manifestação delas entre os quase cento e vinte discípulos no dia de Pentecoste, em Jerusalém (At 2.4); na casa do centurião Cornélio, em Cesaréia (At 10.44-46); em Éfeso quando os doze discípulos de João foram batizados com o Espírito Santo (At 19.6,9); e, provavelmente, entre os crentes samaritanos quando da estada de Pedro e João em Sama- ria: At 8.17-19. Em todos esses casos, as línguas (glossolalia) foram manifestas como evidência do batismo com o Espírito Santo. Depois ainda lemos na primeira epístola de Paulo aos Coríntios um capítulo inteiro (14) sobre línguas, já não como evi­dência do batismo com o Espírito Santo, mas como um dom do Espírito Santo.


Em 1 Coríntios 12.8-10 lemos:


“Porque a um pelo Espírito é dado a palavra da sabedoria; e a outro pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profe­cia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a ou­tro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. ”


Na opinião do antipentecostal Robert G. Gromacki. no seu livro “Movimento Moderno de Línguas”, o dom de línguas e o de interpretação de­las são os dois menores dos dons do Espírito, em ra­zão de o apóstolo Paulo havê-los citado no final da lista dos dons, no capítulo 12 de 1 Coríntios. Esta opinião cai por terra quando a lista dos dons de 1 Coríntios 12.8-10 é comparada com as palavras do versículo 28 do mesmo capítulo, que provam que Paulo não usou um critério de proporcionalidade e grandeza quanto à colocação dos dons na ordem dos seus valores. Por exemplo: nota-se que quando Paulo aconselha os crentes a buscar os melhores dons, disse que eles os buscassem com diligência, mas principalmente o de profecia. Observa-se que se Paulo houvesse feito a listagem dos dons na or­dem dos seus valores, ele teria aconselhado os cren­tes a buscarem “a palavra da sabedoria” (o primei­ro dom da lista) e não o de profecia (o sexto na or­dem dos nove).


O apóstolo Paulo, ainda no capítulo 12, versos 22 e 23 de 1 Coríntios, querendo ensinar sobre a harmonia dos dons do Espírito, comparou-os aos membros do corpo que, juntos, cooperam para o bem comum do mesmo corpo:


“Os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; e os que reputamos ser me­nos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra”.


Os dons são diferentes entre si como diferentes são os membros do corpo, mas não existem dons inúteis à edificação do corpo de Cristo, sejam quais forem.


LÍNGUAS COMO SINAL

Vale notar que as línguas estranhas têm duas funções na Bíblia. Primeira: elas são apresentadas como sinal, ou evidência de que alguém foi batiza­do com o Espírito Santo. Isso é o que vemos em pelo menos três das cinco ocasiões históricas do derra­mamento do Espírito Santo nos dias do Novo Tes­tamento.


As línguas estranhas neste aspecto manifestam- se uma única vez, isto é, no momento em que o crente recebe o batismo com o Espírito Santo. Se a partir daí o crente continua falando em línguas, essas línguas já passam para a segunda esfera, que é o dom de línguas propriamente dito, o qual se pode manifestar de duas maneiras: línguas congregacionais (interpretáveis); e línguas devocionais (não- interpretáveis).


Aqueles que combatem a doutrina bíblica do batismo com o Espírito Santo intrigam-se com a ênfase que damos quanto à necessidade de se falar línguas estranhas como evidência da recepção des­se batismo, achando ser possível dar-se outra prova em detrimento desta para afirmar que o crente foi batizado com o Espírito Santo. Contudo, o que na prática tenho observado é que aqueles que dizem ter sido batizados com o Espírito mas que não fala­ram línguas, não estão tão seguros de que o foram quanto aqueles que falaram novas línguas.


O QUE É DOM DE LÍNGUAS?

O dom de línguas é o meio sobrenatural através do qual o Espírito Santo leva o crente a falar uma ou mais línguas nunca antes estudada, portanto, estranhas àquele que a fala. Este dom nada tem a ver com a habilidade natural de se falar diferentes idiomas. Falar em línguas pela unção do Espírito Santo é “glossolalia” e não “poliglotismo”. O dom de línguas está na esfera do sobrenatural.


Muitos estudiosos desse assunto, com frequência, citam casos de missionários que, após longos anos tentando aprender a língua do povo ou da tri­bo com que trabalham, de momento começam a fa­lar aquela língua com uma fluência invejável, dis­pensando a ajuda de intérprete. E confundem, as­sim, esse fenômeno com o dom de línguas, quando o que aconteceu na verdade foi a manifestação do dom de milagres ou maravilhas.


Quando Paulo escreveu aos Coríntios:


            “Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos” (1 Co 14.18), não estava com isso dizendo que falava mais idiomas estran­geiros do que os crentes da igreja em Corinto. Se as­sim fosse o que Paulo estaria fazendo era demons­trar pura vaidade. Ele fazia alusão à glossolalia, ou seja, à habilidade sobrenatural de falar em línguas nunca antes estudadas.


QUAL A UTILIDADE DO DOM DE LÍNGUAS?

Grande é a utilidade do dom de línguas quando exercitado humildemente e com orientação do Es­pírito Santo. À luz de 1 Coríntios 14, o exercício do dom de línguas é útil para:


falar mistérios com Deus. “… quem fala em outra língua, não fala a homens, senão a Deus, vis­to que ninguém o entende, e em espírito fala misté­rios” (v.2);


edificação individual. “0 que fala em outra língua a si mesmo se edifica…” (v.4);


orar bem. “Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato…” (v.14);


complemento do culto. “Que fazer, pois, ir­mãos1? Quando vos reunis, um tem salmo, outro doutrina; este traz revelação, aquele outro língua, e ainda outro interpretação”, v.26.


Falar de mistérios com Deus é um grande privi­légio. Aquele que fala em línguas estranhas tem consciência de que está orando a Deus, louvando-o ou rogando algo a Ele, não obstante desconheça o significado daquilo que ora. Fala de acordo com o momento, e com uma força a jorrar dentro de si; mesmo assim, tem consciência de que é ele quem fala, e tem controle para começar ou terminar à hora que quiser. A pessoa fica perfeitamente calma e em pleno uso de suas faculdades mentais, cons­ciente do que está fazendo e do que está acontecen­do em tomo dela. Frequentemente está absorvida por uma conversa racional, e normal, imediata­mente antes e depois de falar em línguas.


Não há nenhum pecado em o crente buscar edi­ficação espiritual ou individual através de uma identificação mais íntima com Deus. John F. Mac- Arthur diz no seu livro “Os Carismáticos” que o falar em línguas é um individualismo condenado por Paulo e que o individualismo deve ser evitado pelo cristão. Essa assertiva não tem apoio nas Es­crituras. Veja, por exemplo: se o falar em línguas mostra individualismo, e se o individualismo não edifica ninguém, como iria Paulo dizer que “o que fala em outras línguas a si mesmo se edifica”? 1 Co 14.4.


Há uma grande incoerência entre a afirmação de John F. MacArthur e o pensamento de Paulo, que está mais claro no versículo 39 de 1 Coríntios 14: “…não proibais falar línguas”. Se a edificação pes­soal fosse individualismo e egoísmo, Paulo jamais teria escrito a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo…” 1 Tm 4.16. Noutro lugar escreveu Judas: “Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé…”, Jd 20.


Uma igreja sólida ergue-se com o respaldo da edificação individual de cada um de seus membros.


Falar a Deus em outras línguas é orar com o espírito e no espírito; fazer assim é orar bem. Atra­vés das línguas estranhas, o crente fala e o Espírito Santo comunica a ele a alegria (ou a angústia) que lhe vai no coração, o que, de outro modo, ao crente não seria revelado. Isto é o que ensina Paulo em Ro­manos 8.26:


“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que ha­vemos de pedir como convém, mas o Espírito inter­cede por nós com gemidos inexprimíveis”.


Através das línguas estranhas, podemos elevar a Deus o mais puro louvor que as nossas tribulações e tentações impedem que façamos em nossa pró­pria língua.


QUEM NÃO FALOU EM OUTRAS LÍNGUAS?

Robert G. Gromacki, no seu livro “Movimento Moderno de Línguas”, escreve:


“Tem havido, e ainda há, muitos homens piedo­sos que não falaram línguas: Calvino, Knox, Wesley, Carey, Judson, Moody, Spurgeon, Torrey, Sundey e Billy Graham (…) Certamente eles têm manifestado mais santidade e têm testemunhado mais efetivamente em prol de Cristo do que muitos que pretendem ter falado línguas”.


Este argumento de Gromacki baseia-se em ho­mens, antes que nas Escrituras. O fato de não se ler que esses homens falaram em línguas estranhas, implica deveras em que eles não as tenham falado? Pode-se usar o silêncio deles sobre o assunto para formar uma doutrina de negação daquilo que a Bíblia ensina com clareza meridiana? E se eles não falaram línguas, isto invalidará a promessa divina? – De maneira nenhuma!


Se o fato de alguns cristãos nobres não terem fa­lado em línguas anula a promessa de Deus, ou se o dom de línguas é inautêntico só porque os pentecostais “pretensamente” dizem ter falado em línguas, dar-se-ia o caso que a autenticidade ou a inautenticidade de qualquer dom divino pode ser evidencia­da pela aceitação ou pela rejeição parcial ou total desses dons. Partindo dessa premissa, atrevo-me a mostrar um número muito maior de crentes céle­bres que falaram e falam outras línguas do que a- quele que os antipentecostais apontam como não tendo falado línguas.


Vem o caso de fazer aqui a indagação de Paulo, feita em 1 Coríntios 3.5: ‘‘Quem é Apolo? e quem é Paulo?…”. Quem foi Calvino, Knox, Wesley, Carey, Judson, Moody, Spurgeon, Torrey, Sundey? e quem é Billy Graham senão “servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um”. Deve-se porventura evocar a vida piedo­sa de qualquer um desses homens de Deus com o propósito de se anular algum dom do Espírito San­to, mesmo que seja o de língua? – Evidentemente não.


QUAL O COMPORTAMENTO MAIS SENSA­TO QUANTO AO DOM DE LÍNGUAS?

Evidentemente, o melhor comportamento quan­to ao dom de línguas é o que foi demonstrado pelo apóstolo Paulo, ainda no capítulo 14 de 1 Coríntios:


a) – “Eu quero que todos vós faleis línguas es­tranhas”, v.5


b) – “…pelo que, o que fala línguas estranhas, ore para que possa interpretar”, v.13.


c) – “Não proibais falar línguas”, v.39.


Á igreja de Corinto não faltava dom algum (1 Co 1.7), o que faltava era o ensino quanto ao uso desses dons, haja vista o abuso que se fazia deles, principalmente do dom de línguas. Diante dessa necessidade, que fez Paulo? a) Disse que todos os crentes na igreja poderiam falar em línguas, desde que o fizessem de forma ordeira e dirigida, b) Orientou no sentido de que aqueles que falavam línguas orassem para que recebessem do Espírito Santo a capacidade de interpretá-las, a fim de que a igreja fosse edificada. Paulo poderia ter escrito: “Pelo que, o que fala línguas estranhas e não pode interpretar [deixe de falar]”, mas não foi assim que fez. O objetivo da observação do apóstolo, visava a dimensionar o uso correto desse dom. c) Exortou en­tão aqueles que, por não possuírem sabedoria, que­riam proibir o dom de línguas, a que dessem livre curso a esse dom.


Não há dons imperfeitos ou desnecessários, o que há é imperfeição ou omissão quanto ao uso dos dons por parte de alguns crentes.


Se alguém tem um dos membros afetado por uma enfermidade, o que deve fazer para extirpar a enfermidade desse membro? – Cortar o membro doente? Não, de modo nenhum! O que deve é tra­tar do membro enfermo até que este possa voltar a exercer a sua função insubstituível, para o bem de todo o corpo.


Billy Graham é de opinião que existe um dom de línguas real, em contraste com uma imitação, e que muitos dos que receberam esse dom foram transformados espiritualmente – alguns por pouco tempo e outros permanentemente.


NORMAS QUANTO AO USO DO DOM DE LÍNGUAS

Quanto ao exercício do dom de línguas, o após­tolo Paulo não só ratifica a liberdade que o crente tem de exercitar o dom, mas também estabelece um princípio normativo para esse exercício, prin­cipalmente no culto público, onde pessoas não- crentes tenham acesso.


Segundo Paulo, aquele que possui o dom de línguas deve observar o seguinte:


– “Pelo que, o que fala em outra língua, ore para que a possa interpretar”, 1 Co 14.13.

Paulo diz que se alguém fala em línguas e as in­terpreta está contribuindo para a edificação da igreja, como também o faz aquele que profetiza. Assim, aquele que fala em outra língua deve ter o cuidado de não fazer do culto público um espetácu­lo de glossolalia, a não ser que possa interpretar a língua que fala.


– “No caso de alguém falar em outra língua, que não seja mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete. Mas não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus”, 1 Co 14.27,28.

O culto público nunca deve ser transformado num festival de línguas estranhas; tampouco a mensagem evangelística ou de doutrina deve ser in­terrompida pelo falar em língua estranha. Pergunta o apóstolo Paulo:


“Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lu­gar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não di­rão porventura, que estais loucos?” 1 Co 14.13.


No caso de manifestar-se o dom de línguas em culto público, que somente dois, ou quando muito três, falem em línguas; não os dois ou os três de uma só vez, mas um após o outro, e com a condição de haver quem interprete; do contrário, que “fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus”, ou seja, que não perturbe a boa ordem do culto atraindo para si as atenções dos presentes, em detrimento da pregação e do louvor.


“FAÇA-SE TUDO DECENTEMENTE E COM ORDEM”, 1 Co 14.40

Os pentecostais, em geral, são tachados de ba­rulhentos, emocionais e, às vezes, de desordeiros. Para aqueles que se lhes opõem, “faça-se tudo de­centemente e com ordem” é o versículo preferido. Para esses (os antipentecostais) “decência e or­dem” é o mesmo que silêncio. Um cemitério, por exemplo, retrata muito bem a decência e ordem que eles gostariam de ver entre os pentecostais. Os que habitam os cemitérios não perturbam ninguém, eles têm perfeita ordem; mas eu conheço milhares de pessoas que preferem mil vezes a “desordem” dos vivos à decência e ordem dos mortos. Vem ao caso lembrar as palavras do Dr. John Alexander Mackay, presidente emérito do Seminário Princeton:


“Se eu tivesse de fazer uma escolha entre a vida inculta dos pentecostais e a morte estática das igre­jas mais antigas, pessoalmente, preferiria essa vida inculta”. Noutra oportunidade disse ainda o Dr. Mackay: “Alguma coisa está errada quando a emo­ção se toma legítima em tudo, exceto na religião”.


Um certo pregador disse:


“Hoje em dia, vai-se ao futebol para torcer; ao cinema para chorar, e à igreja para gelar”. E, pros­seguindo, disse como testar a realidade da emoção em qualquer experiência espiritual, usando esta re­gra: “Não me importa seus pulos e gritos em meio à emoção, desde que, passando aquele momento, vo­cê tenha vida equilibrada”.


O medo dos “erros” dos pentecostais, manifes­tos por excesso de emoção, tem impedido que mui­tos crentes sinceros gozem um Cristianismo vivo e dotado do genuíno frescor espiritual. Eles são pes­soas incapazes de acertar, porque são dominados pelo medo de errar, pelo que jamais farão coisa al­guma. Conheço muitos crentes que estão acuados entre o profundamente humano e aquilo que po­dem experimentar pela operação do Espírito Santo, só porque os seus líderes os ensinaram a pensar e a agir assim. Lembra-me a história do pescador que, ao apanhar um peixe, o media, e, se o pescado me­disse mais de 25 centímetros de comprimento, ele o devolvia à água. Naquele instante aproximou-se um turista que, curioso com o que via, perguntou porque o pescador agia assim, ao que ele respon­deu: “É que minha frigideira só tem vinte e cinco centímetros de diâmetro, e não adianta levar para casa um peixe maior do que a medida que ela com­porta”. Infelizmente, muitos crentes são como esse pescador: incapazes de buscar e reter consigo uma experiência que vá além dos limites estabelecidos pelos seus teólogos e líderes.


João Wesley, o grande avivalista inglês, acerca dos gritos, convulsões, danças, visões e coisas teste­munhadas nos seus dias, disse:


“O perigo consiste em dar-lhes um pouco de va­lor, em condená-las abertamente, em imaginar que não provenham da parte de Deus; e isso serve de obstáculo ao trabalho do Espírito, pois a verdade é que:


“a. Deus tem convencido, forte e subitamente, a muitos de que são pecadores perdidos, e as consequências naturais disso têm sido clamores súbitos e violentas convulsões corporais;


“b. para fortalecer e encorajar os que creem, e para tomar a sua obra mais evidente, o Senhor fa­voreceu a alguns deles com sonhos divinos, e a ou­tros com êxtases e visões;


“c. em algumas dessas instâncias, após algum tempo, a natureza humana mescla-se com a graça;


“d. o próprio Satanás imita essa parte da obra de Deus, a fim de lançar no descrédito toda a obra; no entanto, não é mais sábio desistir dessa porção do que desistir do todo. A princípio, sem dúvida al­guma, tudo se originava inteiramente em Deus. E, parcialmente, continua assim, até os nossos pró­prios dias; e Ele nos capacitará a discernir até que ponto, em cada caso, a situação é pura, bem como onde se mescla com coisas estranhas e se degenera. A sombra não é motivo para desprezarmos a subs­tância, nem o diamante falso para recusarmos o autêntico”.


Outro depoimento digno de observação quanto a esse assunto, é do Dr. T.B.Barratt, de Oslo, No­ruega:


“Os sinais sobrenaturais, os dons do Espírito, as demonstrações do corpo, tudo é uma parte apenas desse Movimento Pentecostal, mas a grande in­fluência moral desse avivamento, o poderoso ímpe­to espiritual que ele nos traz é de monta muito maior”.


Os antipentecostais, preocupados em denunciar as exceções, pisoteiam as regras. Ao tentarem ex­purgar os pentecostais do seio da Igreja, estão de­nunciando a esterilidade de suas próprias igrejas. Isso lembra o que disse o teólogo suíço, Karl Barth:


“Ao jogarem fora a água em que banharam a criança, jogaram também a criança. Ao tentarem tomar o cristianismo plausível para os céticos, o que conseguiram foi tomá-lo destituído de senti­do”.


O capítulo 6 de 2 Samuel relata a volta da arca do Senhor à cidade de Jerusalém. A alegria de Davi pelo evento era tal, que “saltava com todas as suas forças diante do Senhor’’.


Mas “sucedeu que, entrando a arca dó Senhor na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela; e, vendo o rei Davi, que ia bai­lando e saltando diante do Senhor, o desprezou no seu coração”.


No final da festa, “embriagado” pela alegria do Senhor, Davi volta para casa, e Mical, sua mulher, sai-lhe ao encontro e lhe censura o comportamento, dizendo:


“Quanto honrado foi o rei de Israel, descobriido-se hoje aos olhos das servas de seus servos, como sem pejo se descobre qualquer vadio. “Disse, porém, Davi a Mical: Perante o Senhor, que me escolheu a mim antes do que a teu pai, e a toda a sua casa, mandando-me que fosse chefe sobre o povo do Se­nhor, sobre Israel, perante o Senhor me tenho ale­grado. E ainda mais do que isto me envilecerei, e me humilharei aos seus olhos; e das servas, de quem me falaste, delas serei honrado”, vv.20-22.


Para Mical, indiferente ao significado da volta da arca do Senhor à cidade de Jerusalém, era fácil, através da janela do palácio real, fazer mau juízo de Davi, que, feliz, em meio ao povo, dançava de alegria na presença do Senhor. Para Mical impor­tava a “etiqueta”, como para os antipentecostais importa hoje a “decência e ordem” cemiterial.


Na cristandade de hoje acontece o mesmo: ser pentecostal é para muitos um agravo ao pudor evangélico. Alguém pode escrever ou dizer porque não é pentecostal, e o seu testemunho é como um grande serviço prestado a Deus; mas, se alguém es­creve porque é pentecostal, isso parece uma idioti­ce: é como Davi tentando convencer a Mical porque dançava nas ruas de Jerusalém no meio da plebe.


O último versículo do capítulo 6 de 2 Samuel diz:


“E Mical, a filha de Saul, não teve filhos, até ao dia da sua morte”.


O contexto deste versículo mostra que a esterili­dade de Mical era devida à censura feita por ela ao rei Davi. Esta, sem dúvida, tem sido a inevitável sentença sob a qual têm estado grande parte das denominações cujos líderes têm feito do antipentecostalismo o seu apostolado.


Apesar disso, o número de pentecostais conti­nua crescendo, e sabe-se que há hoje em todo o mundo nada menos de cinquenta milhões de cren­tes que têm experimentado a promessa pentecostal do batismo com o Espírito Santo, acompanhada do falar em outras línguas.


A HISTORICIDADE DO DOM DE LÍNGUAS

A história mostra que a experiência pentecostal de falar línguas estranhas constitui-se num círculo ininterrupto desde o dia de Pentecoste até os nossos dias, e continuará até que Cristo volte.


Agostinho escreveu no IV século:


“É de esperar-se que os novos convertidos falem em novas línguas”.


Irineu, discípulo de Justino discípulo do apósto­lo João, escreveu:


“Temos em nossas igrejas irmãos que possuem dons proféticos e, pelo Espírito Santo, falam toda classe de idiomas”.


João Crisóstomo, no V século escreveu:


“Qualquer pessoa que fosse batizada nos dias apostólicos, imediatamente falava em línguas”.


Tertuliano inseriu nos seus escritos manifesta­ção dos dons do Espírito Santo, entre os quais o dom de línguas, no meio dos montanistas, movi­mento ao qual ele pertencia.


O decano Farrar, em seu livro “Das Trevas à Aurora”, refere-se aos cristãos perseguidos em Ro­ma, cantando hinos e falando em línguas desconhe­cidas.


Na História da Igreja Alemã, lemos o seguinte:


“O Dr. Martinho Luterofoi um profeta, evange­lista, falador em línguas e intérprete, tudo em uma só pessoa, dotado de todos os dons do Espírito”.


Na História da Igreja Cristã, escrita por Filipe Schaff, edição de 1882, ele escreve que o fenômeno de falar em línguas tem reaparecido de quando em quando nos avivamentos dos Camisards e dos Cevennes, na França e entre os primitivos Quakers e Metodistas, seguidores de Lasare da Suécia em 1841-1843, e entre os irlandeses em 1859, e final­mente, até os nossos dias.


Na história dos avivamentos de Finney, Wesley, Moody e outros, houve demonstração do poder do Espírito Santo no dom de falar línguas com pros­trações físicas e estremecimento debaixo do poder de Deus. Charles G. Finney assegura em sua auto­biografia que o Senhor se manifestou aos seus discí­pulos nesta geração, assim como fez nos tempos apostólicos.


James Gilchrist Lawson, em seu livro “Profun­das Experiências de Cristãos Famosos”, escreve:


“Em algumas ocasiões o poder de Deus se mani­festava em tal grau nas reuniões de Finney, que quase todos os presentes caíam de joelhos em ora­ção, ou melhor, oravam com lamentos e queixumes inenarráveis pelo derramento do Espírito de Deus”.


O Rev. R. Boyd, batista, amigo íntimo de Dwight L. Moody, relata no seu livro “Provas e Triunfos da Fé”, edição de 1875:


“Quando cheguei ao Vitória Hall, Londres, en­contrei a assembléia ardendo. Os jovens estavam falando em línguas e profetizando. Qual seria a ex­plicação de tão estranho acontecimento? Somente que Moody os estava dirigindo naquela tarde”.


Stanley Frodsham, em seu livro ”Estes Sinais Seguirão”, dá detalhes do poderoso derramamento do Espírito Santo em 1906, em Los Àngeles, Cali­fórnia:


“Centenas de leigos e ministros, todos por igual, de todo os Estados Unidos – metodistas, episco­pais, batistas, presbiterianos, e os denominados se­guidores da doutrina da Santidade – de diferentes nacionalidades, foram batizados com o Espírito Santo e falavam em outras línguas, seguindo-se os sinais”.


No seu livro “Demonstração do Espírito San­to”, H.H. Ness escreveu:


“Quando o fogo pentecostal brotou com ímpeto entre os cristãos das igrejas da Aliança Missionária Cristã nos estados de Ohio, Pensilvânia, Nova Ior­que e outros estados do Noroeste dos Estados Uni­dos, faz alguns anos, em muitos deles houve de­monstração do poder do Espírito Santo, o que foi visto, sentido e ouvido. Resultaram notáveis mila­gres de cura divina – recuperação de saúde de ce­gos, surdos, mancos e outros afligidos – pela oração da fé. Mais ainda, não houve ali somente prostra­ções e línguas desconhecidas, mas houve também surpreendentes casos em que pessoas foram levan­tadas do solo pelo poder de Deus”.


Nestes últimos anos tem-se tornado comum ler em jornais, revistas e livros, a respeito da experiên­cia de falar línguas estranhas entre evangélicos de denominações até então invulneráveis à ação sobre­natural do Espírito Santo.


O jornal episcopal “The Living Church”, há al­guns anos, trouxe o seguinte sobre o fenômeno de falar línguas estranhas:


“O falar em línguas não é mais um fenômeno de alguma seita estranha do outro lado da rua. Está em nosso meio, e vem sendo praticado pelo clero e pelos leigos, homens de nomeada e boa reputação na igreja. Sua introdução generalizada se chocaria contra nosso senso estético e contra algumas de nossas mais entrincheiradas ideias preconcebidas. Mas sabemos que somos membros de uma igreja que de toda sorte precisa de um choque – se Deus tem escolhido este tempo para dinamitar o que o bispo Sterling, de Montana, designou de ‘respeita­bilidade episcopal’, não conhecemos explosivo de efeito mais terrivelmente eficaz”.


No “The Episcopalian” de 15/05/1968, disse o Rev. Samuel M. Shoemaker:


“Sem importar o que significa o antigo-novo fe­nômeno do ‘falar línguas’, o mais admirável é que se declara, não apenas no seio dos grupos pentecostais, mas também entre os episcopais, os luteranos e os presbiterianos. Eu mesmo não passei por essa experiência, mas tenho visto pessoas que a têm re­cebido, e isso as tem abençoado e dado um poder que não possuíam antes. Não pretendo entender esse fenômeno, mas estou razoavelmente certo de que indica a presença do Espírito Santo, assim como a fumaça que sai de uma chaminé indica a presença de fogo por baixo. E sei com certeza que isso significa que Deus quer entrar na igreja anti­quada e autocentralizada como geralmente ocorre, para que lhe outorgue uma modalidade de poder que a torne radiante, excitante e altruísta. Deveríamos procurar compreender e ser reverentes para com esse fenômeno, ao invés de desprezá-lo ou zombar dele”.


CESSOU O DOM DE LÍNGUAS?

No seu livro “Os Carismáticos”, John F. MacArthur escreve o seguinte:


“Primeiro Coríntios 13.8 declara claramente que ‘as línguas cessarão’. Quanto a esse ‘cessar’, o verbo grego não se encontra na voz passiva mas na voz reflexiva, que sempre enfatiza o sujeito que faz a ação. O que essa frase no versículo 8 está dizendo é que ‘as línguas cessarão por si mesmas’.


“Se as línguas cessarão por si, a questão é quan­do ? Depois de diversos anos de estudo, em que li to­dos os lados da questão e discuti com carismáticos como também com pessoas não-carismáticas, estou convencido, sem dúvida alguma, de que as línguas cessaram na era apostólica, e que, quando cessa­ram, foi uma coisa permanente”.


É evidente que este raciocínio do antipentecostal John F. MacArthur é falho e não honra as Escri­turas, nem se harmoniza com a historicidade da glossolalia que se tem tomado um círculo ininter­rupto desde o dia de Pentecoste até os nossos dias. O dom de línguas é um dom atualíssimo.


Para melhor compreensão do assunto, é impor­tante citar não só o versículo 8 de 1 Coríntios 13, mas também os versículos 9 e 10:


“A caridade nunca falha; mas havendo profe­cias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciências desaparecerá; porque em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado”.


MacArthur assegura que as línguas cessaram na era apostólica, porém, como os demais antipentecostais, é de opinião de que “profecia” e “ciência” são dons ainda operantes na igreja de hoje. É sim­plesmente inconcebível que as línguas tenham ces­sado, e “profecia” e “ciência” que estão sujeitas ao mesmo espaço de vigência, ainda continuem.


A alusão de Paulo às línguas, profecia e ciência, é feita em termos de comparação com a caridade. É evidente que há circunstância em que o próprio amor chega a faltar, mas isto não é regra, mas uma exceção.


John F. MacArthur tem dificuldade em fixar com exatidão bíblica, quando o dom de línguas ces­saria. A maioria dos antipentecostais, cujas obras tenho consultado, são de opinião de que 1 Coríntios 13.10 – “…mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado” – significa que quando fosse encerrado o cânon divino (segundo eles) o que Paulo se refere como “o que é perfeito”, então o que é perfeito em parte (segundo eles, refe­rente ao dom de línguas e aos demais dons), será aniquilado.


Se as Escrituras não dizem o que dizem os seus escritos, como dirão aquilo que dizem os antipentecostais? Ao escrever sobre uma aparente transitoriedade do dom de línguas, o apóstolo Paulo se refe­ria simplesmente às limitações às quais estamos su­jeitos até que aquele que é perfeito (Jesus Cristo) apareça na plenitude da sua glória, quando então seremos semelhantes a Ele: Jó 19.25-27; SI 17.15; 1 Jo 3.2.


“De igual modo, agora só podemos ver e com­preender um pouquinho a respeito de Deus, como se estivéssemos observando seu reflexo num espe­lho muito ruim; mas o dia chegará quando o vere­mos integralmente, face a face. Tudo quanto sei agora é obscuro e confuso, mas depois verei tudo com clareza, tão claramente como Deus está vendo agora mesmo o interior do meu coração”, 1 Co 13.12 (O Novo Testamento Vivo).


MAIS EVIDÊNCIAS DA ATUALIDADE DO DOM DE LÍNGUAS

Sabe-se que, hoje, nada menos de cinquenta mi­lhões de cristãos, espalhados por todas as partes do mundo, em diferentes denominações, falam em línguas. São crianças, jovens, e adultos que gozam do glorioso privilégio de adorar a Deus em novas línguas. Sabe-se que até irmãos mudos-surdos têm sido tomado pelo Espírito Santo e inspirados a falar em línguas como acontece a qualquer pessoa nor­mal. Mesmo igrejas até há pouco invulneráveis à operação do Espírito Santo, têm levantado a sua voz, num vibrante testemunho quanto à atualidade dos dons do Espírito Santo.


Sob o patrocínio do Rev. Silvio Ribeiro Ladeira, pastor da Igreja Presbiteriana Independente de Carapicuíba, São Paulo, foi publicado recentemente o livro “O Movimento Carismático e a Teologia Re­formada”, de autoria do Dr. J. Rodman Williams, que traz a opinião de ilustres teólogos e de famosas igrejas quanto à atualidade do dom de línguas.


A. Hoekema, teólogo reformado conservador, escreve:

“… não podemos certamente limitar o Espírito Santo, sugerindo que seria impossível para Ele con­ceder o dom de línguas hoje.”


A “Dutch Reformed Church” da Holanda, em sua carta pastoral de 1960, sobre a Igreja e os Gru­pos Pentecostais, diz:


“Achamos presunçoso afirmar que o falar em línguas foi algo somente para o início do Cristia­nismo. A evidência bíblica em Atos e 1 Coríntios 12 a 14 é demasiado explícita para isso. O fato de falar em línguas ter também um significado em nossos dias, não pode ser, portanto, posto de lado.”


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LIVRO: A DOUTRINA PENTECOSTAL HOJE – CPAD, RAIMUNDO F. DE OLIVEIRA.



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