Apocalipse
(Breves comentários feitos por Marcelo Ribeiro Martins Ramos. Será uma análise básica e essencial do texto em Português, com intenção de aperfeiçoamento na medida do possível, de acordo com a disponibilidade de tempo. A intenção é tentar analisar o livro de acordo com o seu contexto e verificar as possibilidades de interpretação, antes de verificar o cumprimento no decorrer da História, por exemplo. Vamos usar, basicamente a versão ACF – Almeida Corrigida Fiel. Não é intenção atacar desrespeitosamente a crença tradicional adventista, mas apresentar, de forma mais positiva possível, uma opção baseada no que o texto nos oferece como base, apontando algumas divergências, mas na intenção de entendermos cada vez mais o livro. Após essa fase, a intenção é verificar os diversos argumentos que temos em alguns materiais, para aperfeiçoar a busca pelos significados do Apocalipse. Que o DEUS ETERNO esteja à frente.)
Revelação de
Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas
que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a
João seu servo; Apocalipse 1:1
O perigo ou erro ao
definir o nível do conteúdo de um livro baseado em apenas uma palavra, como a
inicial (Revelação). Creio que o mais indicado para definir se o conteúdo do
livro é fácil ou difícil, e para trabalhar nas interpretações, seja conhece-lo
como um todo e, partindo das estruturas do texto, verificar suas dificuldades,
se os eventos se repetem ou não, como interpretar os símbolos, o que seria
literal e o que seria simbólico, quais os símbolos com significados
esclarecidos (ou auxiliados) pelo próprio livro...
Há coisas no livro que
aconteceriam em breve. Quão breve?
João, às sete igrejas que
estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte [1] daquele que é, e que era, e que há de vir, e da [2] dos sete espíritos que
estão diante do seu trono;
[3] E da
parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito
dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e
em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, Apocalipse 1:4,5
A função inicial da
Revelação é informar e auxiliar as sete igrejas que estão/estavam na Ásia, o que não
significa que seu conteúdo se refira a eventos que ocorram somente ali, ou que
apenas as sete igrejas poderiam se beneficiar de seu conteúdo.
Há 03 identificações:
1 - aquele que é, e que era, e que há de vir;( Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que
é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.)
Apocalipse 1:8
2 - os sete espíritos que estão
diante do seu trono;
3 - Jesus Cristo,
que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o
príncipe dos reis da terra; (E eu, quando o vi, caí a seus pés como
morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o
primeiro e o último;
E o que
vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E
tenho as chaves da morte e do inferno.
Apocalipse 1:17,18)
E nos fez reis e sacerdotes
para Deus e seu Pai
Apocalipse 1:6
Os servos de Deus são
vistos como reis e sacerdotes. Isto pode auxiliar em outras passagens.
Eis que vem com as nuvens, e
todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se
lamentarão sobre ele. Sim. Amém.
Apocalipse 1:7
Enfatiza o retorno divino
(indicando o retorno do reino da Justiça), e que haverá, inclusive, o
reconhecimento do erro que conduzirá à lamentação (não necessariamente
arrependimento que leva à conversão).
o que vês, escreve-o num
livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a [1] Éfeso, e a [2] Esmirna, e a [3] Pérgamo, e a [4] Tiatira, e a [5] Sardes, e a [6] Filadélfia, e a [7] Laodicéia.
Apocalipse 1:11
João deveria escrever tudo,
desde o começo da visão. As sete igrejas que seriam as destinatárias iniciais
do livro são identificadas.
Escreve as coisas:
que tens visto (o
que fora revelado até o momento);
e as que são
(revelações envolvendo o presente e um futuro próximo, como, por exemplo, a
entrega próxima dos escritos às sete igrejas, para que tomem conhecimento e se
decidam sobre o que farão a partir do momento em questão);
e as que depois destas [1] hão de acontecer
(revelações envolvendo eventos futuros, posteriores aos relatados no conjunto
de eventos denominados “as [coisas] que são”, e que teriam relação, por
exemplo, com o verso 4:1 em diante);
Apocalipse 1:19
Este verso mostra que houve
sequências cronológicas, ou seja, eventos do presente e do futuro revelados,
numa linha do tempo. A identificação dessa sequência é um dos pontos para
entender o livro.
O mistério das sete estrelas,
que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro.
As sete estrelas são os anjos
das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas. Apocalipse 1:20
Há símbolos cujos
significados são revelados no próprio livro. Devemos, portanto, prestar atenção
às explicações que nos mostrem determinados significados, para não tornar
simbólico algo que já esteja literalmente identificado, por exemplo.
Nas cartas às sete
igrejas, temos:
1 – A identificação de
quem escreve:
Escreve ao anjo da igreja de
Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas [os sete anjos],
que anda no meio dos sete castiçais de ouro [as sete igrejas]:
Apocalipse 2:1
E ao anjo da igreja em
Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu:
Apocalipse 2:8
E ao anjo da igreja que está
em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios:
Apocalipse 2:12
E ao anjo da igreja de Tiatira
escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e
os pés semelhantes ao latão reluzente:
Apocalipse 2:18
E ao anjo da igreja que está
em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete
estrelas
Apocalipse 3:1
E ao anjo da igreja que está em
Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a
chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre: Apocalipse
3:7
E ao anjo da igreja de
Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o
princípio da criação de Deus:
Apocalipse 3:14
Se entendemos que o livro como
um todo deveria ser escrito, copiado e distribuído às sete igrejas, percebemos
também que as cartas às sete igrejas deveriam ser lidas, todas, pelas sete
igrejas. A cada uma, quem fala se identifica de um modo diferente, mas não
exclusivo, ou seja, juntando todas as cartas temos um conjunto de
identificações de quem fala e que, ainda que cada identificação específica
visasse ensinar algo a uma igreja específica, fica evidente que a identificação
não se restringe a uma igreja, e que a leitura por todas as igrejas mostraria o
conjunto de elementos sobre o quem às alertou com aquelas palavras.
2 – Os conselhos e
advertências (com algumas promessas em meio a isso):
Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua
paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os
que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.
E sofreste,
e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.
Tenho,
porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
Lembra-te,
pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as
primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o
teu castiçal, se não te arrependeres.
Tens,
porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também
odeio.
Apocalipse 2:2-6
Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza
(mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são,
mas são a sinagoga de Satanás.
Nada temas
das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão,
para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Apocalipse 2:9,10
Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é
onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé,
ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós,
onde Satanás habita.
Mas
algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina
de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de
Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e fornicassem.
Assim tens
também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio.
Arrepende-te, pois, quando
não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.
Apocalipse 2:13-16
Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e
o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as
tuas últimas obras são mais do que as primeiras.
Mas
algumas poucas coisas tenho contra ti que deixas Jezabel, mulher que se
diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que forniquem e comam dos
sacrifícios da idolatria.
E
dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua fornicação; e não se arrependeu.
Eis que a
porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se
não se arrependerem das suas obras.
E ferirei
de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda
os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.
Mas eu
vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não
conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não
porei.
Mas o que
tendes, retende-o até que eu venha.
Apocalipse 2:19-25
Conheço as tuas obras, que tens nome de que
vives, e estás morto.
Sê
vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei
as tuas obras perfeitas diante de Deus.
Lembra-te,
pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não
vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti
virei.
Mas também
tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes,
e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.
Apocalipse 3:1-4
Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma
porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha
palavra, e não negaste o meu nome.
Eis que eu
farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas
mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam
que eu te amo.
Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o
mundo, para tentar os que habitam na terra.
Eis que
venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
Apocalipse 3:8-11
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem
quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim,
porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Como dizes:
Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um
desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
Aconselho-te
que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas
brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas
os teus olhos com colírio, para que vejas.
Eu
repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.
Eis que estou
à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei
em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
Apocalipse 3:15-20
Algumas coisas ficam
bastante evidentes nestas cartas:
1 – Deus conhece
nossas obras, repreende-nos em relação as más e nos fortalece nas boas,
para que se mantenham;
2 – Ele nos dá condições
e tempo para nos arrepender;
3 – Ele permite/aplica consequências
para que percebamos nossos erros e nos arrependamos;
4 – Não há fé
verdadeira sem arrependimento que leva a uma luta contra o pecado;
5 – O amor está
objetivamente associado às obras: ao trabalho, à fé, à paciência, à
resistência às falsas doutrinas, ao reconhecimento dos erros e busca pelas
condições de melhora (ouro provado no fogo, roupas brancas, colírio), ouvir os
conselhos de Deus e abrir as portas (permitir que Deus entre em nossa vida e
mude nossos pensamentos, palavras, ações);
6 – Há perseguições ao
povo de Deus, mas Ele livra Seu povo, e dá forças para resistir às
perseguições, provações, tentações;
7 – O conteúdo das
cartas não se aplica exclusivamente à igreja a quem é dirigida: o conteúdo
de Éfeso pode ser, tanto nos elogios quanto nas advertências, aplicável a
qualquer outra igreja que estivesse/esteja/estará em condições semelhantes. O
mesmo vale para as outras igrejas. Percebemos que o conteúdo de uma carta a uma
igreja (como aos Romanos, Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses,
Tessalonicenses, Hebreus) é aplicável a contextos semelhantes, em qualquer
tempo. O arrependimento é necessidade que Deus confirma a todos, e isso
envolve, conforme o próprio texto mostra, mudar no que diz respeito às obras e
doutrinas contrárias à vontade de Deus, manter-se firme nas obras e doutrinas
de acordo com Sua vontade, fortalecer a quem tiver caído ou estiver a ponto de
cair, e também aos que estejam firmes.
3 – Promessas:
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao
que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do
paraíso de Deus.
Apocalipse 2:7
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O
que vencer não receberá o dano da segunda morte.
Apocalipse 2:11
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao
que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra
branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele
que o recebe.
Apocalipse 2:17
E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas
obras, eu lhe darei poder sobre as nações,
E com vara
de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi
de meu Pai.
E
dar-lhe-ei a estrela da manhã.
Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 2:26-29
O que vencer
será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro
da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 3:5,6
A quem vencer, eu
o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre
ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que
desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.
Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 3:12,13
Ao que vencer lhe
concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me
assentei com meu Pai no seu trono.
Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 3:21,22
Pontos importantes nas
promessas:
A - Elas são
complementares, e não exclusivas, ou seja, todo o povo de Deus:
1 - poderá ter acesso à
árvore da vida;
2 - não receberá o dano
da segunda morte;
3 - comerá do maná
escondido e receberá um nome inscrito numa pedra branca;
4 - terá poder sobre as
nações, será vestido de vestes brancas;
5 - não será riscado do
livro da vida;
6 - terá seu nome
confessado diante do Pai e dos anjos;
7 - será coluna no templo
de Deus, e dele nunca sairá;
8 – terá o nome De Deus e
da nova Jerusalém;
9 – se assentará com
Cristo no Seu trono.
B – Nelas está contida a
advertência: “Quem
tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”, mostrando que o conteúdo das cartas é para todos, e não apenas
para a igreja a quem está endereçada.
C – As promessas são
condicionais: “A(o) que(m) vencer”, e temos claramente no texto que
vencer significa manter-se leal, em obediência à vontade de Deus, lutando
contra o pecado, praticando boas obras movidos(as) pelo amor e fé,
arrependendo-se das más obras, confessando os pecados...Logo, a graça é
oferecida e mantida a quem, pela fé, permite que Deus aja em sua vida,
transformando-a de uma vida que não se importa com os erros em uma vida em que
a luta contra os ensinos e práticas contrárias à vontade de Deus são, por amor,
o foco.
Depois destas coisas [2], olhei,
e eis que estava uma porta aberta no céu;
e a primeira voz,
que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e
mostrar-te-ei as coisas que depois destas [3] devem acontecer.
Apocalipse 4:1
Aqui, temos um ponto
importante: João diz que, depois do que lhe fora revelado sobre as falas de
Jesus, que deveriam ser escritas e mostradas às sete igrejas da Ásia, ele vê
uma porta aberta no céu, e alguém que já havia falado com ele, a “primeira
voz”, diz que iria mostrar a ele o que deveria acontecer “depois destas
coisas”, ou seja, os eventos que ocorreriam após as instruções e/ou eventos
relacionados às sete igrejas.
Temos as opções seguintes
(dentre outras, talvez):
1 – O relato às sete
igrejas é simbólico: elas representariam, por exemplo, sete períodos na História
da igreja a partir da época de João até nossos dias, e os eventos relatados em
algum momento a partir do capítulo 4, verso 1, são posteriores a isso;
2 – O relato às sete
igrejas é literal: após o conteúdo dos capítulos 2 e 3 ser esclarecido às
sete igrejas literais, e talvez após os eventos ali relatados ocorrerem, outros
relatados em algum intervalo a partir de 4:1 aconteceriam;
3 – O relato às sete
igrejas é misto (literal e simbólico): haveria conteúdo literal
das 7 igrejas a se cumprir, por exemplo, na época de João, mas também haveria
conteúdo a se cumprir no decorrer da História.
De qualquer modo,
Apocalipse 4:1 fala que uma série de eventos ocorreria “depois destas coisas”,
ou seja, existe um intervalo entre Apocalipse 4:1 e alguma outra passagem do
livro que revela eventos posteriores ao conteúdo das sete cartas.
Igreja 1 – Éfeso
Isto diz aquele que tem na sua
destra as sete estrelas [anjos/mensageiros], que anda no meio dos sete
castiçais de ouro [igrejas]: Apocalipse
2:1
e tirarei do seu lugar o teu
castiçal [algo
faria com que deixasse de ser igreja de Deus], se não te arrependeres.
Apocalipse 2:5
As sete estrelas são os anjos
das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas. Apocalipse 1:20
odeias as obras dos nicolaítas
Apocalipse 2:6 [algo fora do livro para
nos auxiliar a saber quem seriam os nicolaítas]
Para essa igreja, Jesus
usa os símbolos já conhecidos estrelas e castiçais, cujo significado já havia
esclarecido anteriormente.
Igreja 2 – Esmirna
os que se dizem judeus, e não o são,
mas são a sinagoga de Satanás.
Apocalipse 2:9
Não há indicação no
livro, até este momento do relato, para estabelecer se literal ou simbólico,
mas a princípio, não havendo elementos para determinar que seja simbólico no
livro ou em outro livro da Bíblia, seria considerado literal.
tereis uma tribulação de dez dias
Apocalipse 2:10
A princípio, não haveria
elementos para estabelecer o texto como simbólico. Logo, ou há em outra parte
dele ou em outro livro alguma informação (como, no caso, Daniel, indicando
profecias longas em que os dias seriam anos), ou seria literal, tendo como base
a estrutura do texto como a lemos.
Igreja 3 – Pérgamo
onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e
reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel
testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
Apocalipse 2:13
O trono de Satanás pode ser uma fala literal, tendo em vista que
o trono de Satanás pode ser todo local físico em que as vontades que ele
imponha permaneçam nos que o frequentem.
Antipas:
pode ser literal ou simbólico, a princípio, mas não há elementos no texto para
determinar ser a fala à 3ª igreja simbólico, ao meu ver.
tens lá os que seguem a doutrina de
Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel,
para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e fornicassem.
Assim tens
também os que seguem a
doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio.
Apocalipse 2:14,15
Como o texto fala em doutrinas
de Balaão e dos nicolaítas, não há elementos que indiquem simbolismo pelo fato
de se referir a pessoas do passado, pois uma doutrina, seja verdadeira ou
falsa, pode permanecer indefinidamente nas gerações posteriores.
Igreja 4 – Tiatira
tenho contra ti que deixas Jezabel, mulher que se diz
profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que
forniquem e comam dos sacrifícios da idolatria.
Apocalipse 2:20
Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com
ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras.
Apocalipse 2:22
Mas eu vos digo a vós, e aos
restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e
não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não
porei.
Apocalipse 2:24
Aqui não se usa o termo direto
doutrina de Jezabel, mas fala que a própria Jezabel enganaria os servos, ou
seja, teríamos um simbolismo para falar de alguém que age como Jezabel agia ao
enganar e prejudicar o povo de Deus, o que é confirmado ao separar “a todos
quantos não têm esta doutrina”. Logo, o simbolismo mostra outra pessoa como
Jezabel, ou seja, ensinando as doutrinas desta ao povo. O próprio texto, no
entanto, fala nos que não seguem esta doutrina, o que indica a possibilidade do
termo Jezabel ser apenas uma alternativa de fala semelhante ao da terceira
igreja (em Pérgamo, se utilizaria o termo “doutrina de Balaão diretamente”, e
em Tiatira o termo “que deixas Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar” teria o
sentido de deixar alguém/alguns/algumas pessoas ensinarem a doutrina de
Jezabel, apenas colocado de forma indireta, tendo em mente que o verso 24 fala
nos que “não têm esta doutrina”, referindo-se à doutrina de Jezabel. O texto
personificaria aqueles que ensinam tal doutrina como a própria Jezabel
ensinando e enganando, mas sem adquirir caráter simbólico de cumprimento no
tempo, mas apenas oferecendo uma forma diferente de dizer “doutrina de
Jezabel”, como na igreja anterior, em que se diz “doutrina de Balaão”.
Igreja 5 – Sardes
Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás
morto.
Apocalipse 3:1
Temos claro aqui não a vida no
sentido físico, mas espiritual (tanto que a igreja ouvirá o conteúdo da carta
por causa disso). Uma igreja que tem nome de que vive (nome que indicaria
comunhão com Deus e vitalidade espiritual), mas está morta espiritualmente.
tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram
suas vestes
Apocalipse 3:4
Considerando que o texto
fala em guardar o que recebeu e ouviu, em arrependimento, em vigiar para não
ser surpreendido pela vinda de Jesus, percebemos que as pessoas que não
contaminaram suas vestes foram as que não permitiram que seus pensamentos,
palavras e ações fossem contaminados por falsos ensinos/doutrinas, e que não se
entregaram aos instintos, às vontades, à “carne”. O simbolismo fica esclarecido
pelo próprio contexto.
Igreja 6 – Filadélfia
eis que diante de ti pus uma
porta aberta, e ninguém a pode fechar
Apocalipse 3:8
Eis que eu farei aos da
sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas
mentem... Apocalipse 3:9
...também eu te guardarei
da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que
habitam na terra.
Apocalipse 3:10
A porta aberta percebemos que
se refere a livramentos, a intervenções divinas que não poderão ser impedidas,
a oportunidades, poder para vencer...
Como em Esmirna, fala-se na
sinagoga de Satanás, e na atuação de Deus contra eles, e também no livramento
diante da tentação mundial. No entanto, não haveria, a princípio, elementos no
texto que permitiriam interpreta-lo como simbólico, referindo-se a um período
específico da igreja no tempo entre João e a volta de Jesus.
Igreja 7 – Laodiceia
Conheço as tuas obras, que nem
és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque
és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Apocalipse 3:15,16
Esta fala deixa claro que
o que caracteriza a igreja de Laodiceia é uma falsa comunhão, uma comunhão pela
metade, uma obediência aparente, visto que a mornidão está associada
diretamente às obras.
Aconselha-se a busca a
Deus e aos Seus recursos para que a situação de desgraça, miséria, pobreza,
cegueira e nudez sejam revertidas pelo ouro que enriquece, as roupas brancas
para vestimenta (que o contexto da própria igreja e de Sardes mostram ser a
obediência, a comunhão com Deus) e o colírio para enxergar.
O contexto das sete igrejas
vem logo após o esclarecimento dos símbolos que João vira (Apocalipse 1:20). Os
conselhos são dados de forma compatível com a literal, ainda que se valendo de
alguns personagens antigos, como Balaão, Balaque, Jezabel (de forma simbólica,
personificada para retratar alguém que age e ensina com doutrinas semelhantes).
A princípio, o contexto não forneceria elementos para considerar as sete
igrejas como algo além da representação das advertências de Deus a todos os
seus servos no mundo (não seriam, por exemplo, cada igreja representando um
período da História humana, mas, assim como as outras cartas às outras igrejas,
todas aplicáveis a qualquer povo em qualquer época, em contextos semelhantes).
A promessa de Apocalipse 3:10,
por exemplo, dado o contexto das promessas às sete igrejas, não ficaria restrita
a ela, assim como as advertências a uma igreja se estendem às outras.
As características do que
transmitiu a mensagem, quando reunidas, revelam Aquele que se identificou no
capítulo 1, não possuindo, portanto, intenção de identificar as igrejas como
sete períodos mundiais da igreja desde João até a volta de Cristo. No entanto,
haveria, de certa forma subjetivamente, esta possibilidade (ao reunirmos o
conteúdo das sete igrejas, temos o quadro completo com as característica de
Quem falou, e também dos conselhos, elogios e advertências aos quais estariam
sujeitas as igrejas no mundo inteiro e durante todo o período até a volta de
Jesus e, neste sentido, poderíamos especular que poderia ser um indício de que
tal construção queria mostrar sete períodos na História que, ao serem reunidos,
revelariam a totalidade do período de João à volta de Jesus). No entanto, o
conteúdo da mensagem não apresenta simbolismos que permitiriam fazer isso, ou
seja, a princípio, seria frágil o argumento defendendo tal interpretação.
Apesar disso, caso se
considere cada igreja como um período na História, uma parte dos eventos a
partir do capítulo 4 e até um ponto a ser ainda definido, apenas ocorreriam,
tendo isso em mente, após a existência e advertência de Deus à igreja do último
período da terra, ao reconhecermos a linguagem que, a mim, parece ser clara em
Apocalipse 4:1, no sentido de mostrar que os eventos relatados ocorrem após a
sequência de Apocalipse 2 e 3. A questão seria identificar até que ponto o
relato a partir do capítulo 4 ocorre após isso, e a partir de quando ele poderia
ter voltado a relatar os eventos passados, enfatizando eventos diferentes.
A expressão “Escreve as coisas
que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de
acontecer; Apocalipse 1:19” revela claramente uma ordem de eventos. O
mesmo percebemos em 4:1 ((Depois destas coisas (possível interpretar como a ótica de João ao visualizar os eventos, ou
seja, o que lhe foi mostrado depois, sem necessariamente ser o que ocorre
depois no decorrer da História), olhei, e eis que estava uma porta aberta no
céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe
aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer (aqui,
não cabe analisar como a ótica de João, pois o mensageiro fala clara e
literalmente que se referem a eventos que irão ocorrer após os já
relatados).
Apocalipse 4:1)) em que a primeira
expressão até poderia se referir à ótica de João no decorrer da profecia, mas a
segunda é claramente literal e mostra que os eventos seriam posteriores ao que
já havia sido revelado, pois são a fala do próprio revelador dizendo que
mostraria o que correria depois. No decorrer do livro, a expressão “depois
destas coisas” também aparece, e vamos tentar verificar o contexto.
A partir daqui o desafio
é, além de outros, estabelecer se o livro é todo contínuo ou se as profecias
ocorrem de forma paralela (exemplo: 7 selos em paralelo às 7 trombetas).
Em Apocalipse 4:3-11, temos a
descrição de Alguém assentado em um trono, dos 24 anciãos e seus tronos, do “mar
de vidro”, dos 04 animais e das honras que eles, com os 24 anciãos, dão ao que
está assentado no trono. Considerando que as honras se referem a aspectos
gerais (Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que
é, e que há de vir.
Apocalipse 4:8; Digno és,
Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas,
e por tua vontade são e foram criadas.
Apocalipse 4:11), podemos entender como
uma cena que pode preceder, ocorrer antes, de vários eventos, inclusive os que
antecedem o que o mensageiro esclareceu como o que iria acontecer depois das
cartas às 07 igrejas. O capítulo 4, portanto, seria a descrição do ambiente
onde ocorrem os eventos do capítulo 5, cujos eventos ocorreriam após os das 07
igrejas.
No capítulo 5, temos as
cenas de preparo para abertura dos 07 selos, que também ocorrem, portanto, após
os eventos relacionados às 07 igrejas, independente da abordagem simbólica,
visto que em Apocalipse 4:1 o texto afirmaria isso expressamente.
As falas mostram que era
João que estava sendo preparado para visualizar os eventos, pois em Apocalipse
5:5, após a pergunta sobre quem seria digno de abrir o livro com os 07 selos,
temos:
E disse-me um dos anciãos: Não
chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para [2] abrir
o livro e [1] desatar os seus sete selos.
Apocalipse 5:5
Aquele que também era
conhecido como “o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi
Apocalipse 5:5” aparece como um
Cordeiro, e recebe honrarias (versos 8-14). As expressões leão e raiz mostram
que os símbolos que podem ser aplicados a Este Ser são múltiplos e, portanto,
não causaria espanto vê-lo como Cordeiro, principalmente tendo em mente que
João o reconheceria como o Messias que foi morto. Apocalipse 5:7-10 deixa claro
que o preparo para a abertura dos selos e, posteriormente, a abertura do livro,
estava concluído e, após a adoração e louvores dos versos 11-14, é o que
efetivamente se inicia no capítulo 6.
O capítulo 6 fala dos 6
primeiros selos, numa sequência de eventos que se inicia no capítulo 4, ou
seja, toda a descrição do capítulo 4 seria para mostrar a João o ambiente em
que o capítulo 5 se desenrola, desde a pergunta sobre quem seria digno para
abrir o selo, a ausência inicial de alguém, o choro de João, a resposta de um
dos anciãos, o cordeiro tomando o livro e sendo honrado/louvado, e então o
capítulo 6, em que o Cordeiro começa o processo de abertura dos selos para ter
acesso ao conteúdo do livro. A cada selo, uma série de eventos ocorre.
A descrição de cavalos
com seus cavaleiros, com arco e coroa, espada, balança, almas debaixo do altar
clamando por julgamento e vingança (e roupas brancas dadas após o clamor, para
repouso até completar o número de mortos), tremor da terra tornando o sol
negro, a lua como sangue e causando a queda de estrelas, e abertura do céu por
causa do tremor, nos mostram um contexto simbólico. Precisamos, nestes pontos,
de uma posterior consulta aos livros bíblicos e aos eventos históricos para
buscar entender cada selo e seu respectivo cumprimento, mas estamos verificando
primeiro a estrutura do texto para entender a sequência dos eventos, e ao menos
aparentemente conseguimos identificar a ordem: após os eventos dos capítulos 2
e 3, temos os dos capítulos 4, 5, 6.
A partir do capítulo 7, parece
iniciar-se um conjunto de desafios à interpretação no que diz respeito a
identificar se temos “parênteses” nos relatos, ou seja, relatos que mostrem um
momento posterior ao que vais ser relatado depois.
“E depois destas coisas [4] vi quatro anjos que
estavam sobre os quatro cantos da terra [quatro animais iniciam os
selos, quatro anjos retêm os ventos],
retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a
terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.
E vi outro anjo subir do lado do sol
nascente, e que tinha o selo do
Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora
dado o poder de danificar a terra e o mar,
Dizendo: Não
danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos selado nas suas testas os
servos do nosso Deus.
E ouvi o número dos selados, e eram cento
e quarenta e quatro mil selados, de todas as tribos dos filhos de Israel.
Da tribo de
Judá, havia doze mil selados; da tribo de Rúbem, doze mil selados; da tribo de
Gade, doze mil selados;
Da tribo de
Aser, doze mil selados; da tribo de Naftali, doze mil selados; da tribo de
Manassés, doze mil selados;
Da tribo de
Simeão, doze mil selados; da tribo de Levi, doze mil selados; da tribo de
Issacar, doze mil selados;
Da tribo de
Zebulom, doze mil selados; da tribo de José, doze mil selados; da tribo de
Benjamim, doze mil selados.
Apocalipse 7:1-8”.
Até aqui, o texto teria
mostrado os eventos que ocorrem após o 6º selo, ou seja, após este, há um
preparo, um selamento dos servos de Deus, antes das ações de dano dos quatro
anjos a quem fora dado o poder de danificar a terra. João ouve o número de
144.000 selados. Porém, durante o 6º selo, Apocalipse 6:15-17 nos mostra todo o
planeta se escondendo e pedindo para que sejam escondidos “do rosto daquele que
está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
Apocalipse 6:16”, “Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
Apocalipse 6:17”, e o verso 14 fala do
céu aberto, após ser retirado como um livro que se desenrola. A expressão “é vindo o grande dia da sua ira” indica que os ímpios sabem que, em
algum momento, Jesus voltará, ou que Ele já voltou (a tradução interlinear diz
“chegou o grande dia deles”).
Considerando que ainda há o
sétimo selo e a abertura do livro a se cumprirem, creio haver aqui uma impressão aos ímpios de que
os eventos do sexto selo já seriam a chegada de Jesus, Sua volta,
mas que esta ainda não ocorrera e ainda não iria ocorrer antes do desenrolar de
outros eventos. Temos isso em mente porque os eventos
de cada grupo até agora (7 igrejas e 6 selos, ocorreram em sequência, ou seja,
uma igreja após a outra na sequência do tempo, um selo após o outro). Ainda
precisamos ver o 7º selo e outros eventos, mas o que temos até o momento não
permitiria enxergar a volta de Jesus durante o 6º selo, mas apenas uma confusão
dos ímpios imaginando que isso já estivesse ocorrendo (já estavam se
escondendo).
“Depois destas coisas [5]
olhei, e eis aqui uma
multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos,
e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com
palmas nas suas mãos;
E clamavam
com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e
ao Cordeiro.
E todos os
anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e
prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus,
Dizendo:
Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e
força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.
E um dos anciãos
me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e
de onde vieram?
E eu
disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as
suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Por isso
estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e
aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra.
Nunca mais
terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles.
Porque o
Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para
as fontes vivas das águas; e Deus
limpará de seus olhos toda a lágrima.
Apocalipse 7:9-17”.
Aqui, temos ao menos duas
alternativas: ou existem seres humanos que morreram e estão imateriais no céu
(o que carece de base bíblica, ao entendermos que os escritos de Gênesis a
Malaquias não ensinam isso, e que a Bíblia entre Mateus e Apocalipse fala da
esperança na vida eterna por ocasião da volta de Jesus, e não algo anterior a
isso como regra para estar na vida eterna), ou foram revelados a João os
eventos desde o selamento até a volta de Jesus, com os justos subindo ao céu (1
Tessalonicenses 4:13-18) e reinando com o Cordeiro. A expressão “e Deus limpará
de seus olhos toda a lágrima” pode nos ajudar a enxergar a segunda opção. Se
considerarmos que o selamento não consiste em retirar os salvos do planeta
antes dos danos dos 04 anjos, isto fica ainda mais claro (se o Apocalipse ainda
falar do povo remanescente no decorrer dos capítulos, mostrará que a retirada
dos salvos não ocorre antes dos danos dos 04 anjos).
Tendo em mente que a grande
tribulação do povo de Deus como um todo não foi relatada no livro, temos mais
uma evidência de que ainda não ocorreu e que os eventos do capítulo 7:9-17 são
parênteses no relato sequencial, em que já se revela o resultado final de tudo,
com a volta de Jesus, a ascensão dos justos, e a vida eterna nos céus. Teríamos
aqui, portanto, o primeiro ponto em que se revela um evento ou uma sequência de
eventos que só ocorrerá depois (Apocalipse 7:9-17 só ocorrerá depois do 7º selo
e de outros eventos relatados nos capítulos posteriores).
Percebam que o padrão “depois
destas coisas” indicando algo realmente posterior não é quebrado: os eventos do
capítulo 7:1-8 poderiam efetivamente ocorrer após os eventos do capítulo 6
(após o 6º selo, especificamente) e os eventos de 7:9-17 seriam realmente
posteriores a 7:1-8, mas o conteúdo de Apocalipse 8 seria anterior a ele e, por
isso, talvez, não haveria a expressão depois destas coisas no capítulo 8. De
qualquer forma, temos em mente, a princípio, que os eventos do capítulo 8 são
anteriores aos do capítulo 7:9-17.
“E, havendo aberto o sétimo
selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.
E vi os
sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas.
E veio
outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe
dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar
de ouro, que está diante do trono.
E a fumaça
do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de
Deus.
E o anjo
tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e
houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos.
E os sete
anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las.
Apocalipse 8:1-6”
Considerando que Apocalipse
5:5 fala em abrir o livro e desatar os 7 selos, mas os selos precisam ser
desatados para que se possa abrir o livro, temos:
Precisamos descobrir se o
sétimo selo envolve apenas Apocalipse 8:1 (e os versos 2-6 são um “prelúdio”,
um preparo independente, para as sete trombetas) ou se envolve os versos 1-6
(ou seja, ou o sétimo selo é apenas o silêncio no céu por cerca de meia hora,
ou é isso e mais todos os eventos dos versos 2-6: o incenso com as orações dos
santos sendo laçado à terra e as vozes, trovões, relâmpagos e terremotos).
Vamos verificar o que temos
até aqui:
Capítulo 1:
1 - Descrição do objetivo do
livro, bem-aventuranças, cumprimento às sete igrejas da Ásia, reforço da
promessa de 2ª vinda, relato de João sobre momento e local do início das
visões, identificação e descrição de Quem fala com João;
2 – Ordem para escrever o
livro e identificação dos primeiros símbolos vistos: sete estrelas e sete
castiçais;
Isto pode ser entendido não
apenas como a apresentação do livro, do autor e de Deus que o orientou, mas a
apresentação/o preparo para as visões das sete igrejas.
Capítulos 2 e 3: As cartas às
sete igrejas.
Capítulos 4 e 5: Revela-se a
João o ambiente e as circunstâncias em que se esclareceu que o Cordeiro seria
digno de abrir o livro selado, com os louvores ao Que estava assentado no trono
e, posteriormente, a Ele e ao Cordeiro que tomou o livro para desatar seus selos
e abri-lo.
Capítulo 6: Os seis primeiros
selos.
Capítulo 7: Um paralelo de
eventos relatados / intervalo entre o 6º e 7º selos (em que, ao menos os versos
9-17 ocorreriam após o 7º selo).
Capítulo 8:
1 – 8:1 ou 8:1-6: 7º selo ou
este selo e o preparo posterior para as 7 trombetas;
2 – 8:2 ou 8:7 em diante: as
sete trombetas.
O capítulo 1 apresenta a cena
em que se veem os elementos que farão parte dos capítulos 2 e 3. Os capítulos 4
e 5 mostram elementos que farão parte do capítulo 7 e início do capítulo 8.
Parece uma boa opção que Apocalipse 8:2-6 seja a apresentação dos elementos que
preparam o ambiente e compõem as 7 trombetas, e que o sétimo selo seja apenas o
conteúdo de 8:1.
Mas temos um outro padrão:
E, havendo o Cordeiro aberto
um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais,
que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê.
E olhei [e vi], e eis um cavalo
branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma
coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.
Apocalipse 6:1,2
E, havendo aberto o segundo
selo, ouvi o
segundo animal, dizendo: Vem, e vê.
[João viu]: E saiu outro
cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a
paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande
espada. Apocalipse 6:3,4
E, havendo aberto o terceiro
selo, ouvi dizer
o terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, [João viu] e eis um cavalo
preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança em sua mão.
E ouvi uma voz no meio
dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três
medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.
Apocalipse 6:5,6
E, havendo aberto o quarto
selo, ouvi a
voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê.
E olhei, e
eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte;
e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra,
com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.
Apocalipse 6:7,8
E, havendo aberto o quinto
selo, vi [não
se fala mais dos 04 animais] debaixo do altar as almas dos
que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que
deram.
E clamavam com grande voz, dizendo [João ouviu]: Até quando, ó
verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que
habitam sobre a terra?
E foram
dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda
um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e
seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram.
Apocalipse 6:9-11
E, havendo aberto o sexto
selo, olhei, [João viu e possivelmente ouviu] e
eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de
cilício, e a lua tornou-se como sangue;
E as
estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os
seus figos verdes, abalada por um vento forte.
E o céu
retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram
removidos dos seus lugares.
E os reis
da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o
servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
E diziam
aos montes e aos rochedos: [João ouviu] Caí sobre nós, e
escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do
Cordeiro;
Porque é
vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
Apocalipse 6:12-17
Nestes seis
selos, João vê e ouve eventos que fazem parte dos mesmos.
O capítulo 7 revela uma
quebra de padrão (se considerarmos que não faz parte do sexto selo, e que a
expressão “depois destas coisas” poderia ter sido usada para mostrar esta
quebra, pois o conteúdo das 7 igrejas foi revelado de forma ininterrupta, e o
conteúdo do sétimo selo não o foi). Em Apocalipse 1:19, a expressão “as que hão
de acontecer depois destas” vem acompanhada do esclarecimento sobre dois
símbolos e logo se inicia o conteúdo das 7 igrejas. Em Apocalipse 4:1, a
expressão “depois destas coisas” mostra eventos que iniciam um novo ciclo após
as 7 igrejas. Em 7:1, teria iniciado outro ciclo de eventos após os seis
primeiros selos, e em 7:9 um ciclo após o selamento. Esta interpretação me
parece preferível a considerar o capítulo 7 como continuação do sexto selo,
porque a expressão “depois disto” ou “depois destas coisas” não aparece em
nenhum dos seis selos para indicar mudança de evento e, até o momento, só
apareceu inicialmente no em uma frase no capítulo 4, para indicar o fim dos
relatos às 7 igrejas e início da fase preparatória para os sete selos. Apocalipse
7:1-8 poderia ser o preparo para o sétimo selo, mas 7:9-17 já nos aponta para
cenas da Nova Terra.
Revendo Apocalipse 8:1-6
E, havendo aberto o sétimo
selo, fez-se silêncio no céu quase
por meia hora [João consegue ver as cenas, mas não ouve nada até o verso 5, quando,
após o lançamento do incensário sobre a terra, ocorrem vozes, trovões,
relâmpagos e terremotos, ou o céu fica sem atividade por cerca de meia hora e,
após isso, as atividades reiniciam?].
E vi os sete anjos, que estavam diante de
Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas.
E veio
outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe
dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar
de ouro, que está diante do trono.
E a fumaça
do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de
Deus.
E o anjo
tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e
relâmpagos e terremotos [João ouve].
E os
sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las.
Apocalipse 8:1-6
João sempre vê e ouve algo em
cada selo, ainda que nos selos 1, 2 e 4 apenas ouça um animal o chamando para
ver algo. No terceiro selo, assim como nos selos 5 e 6, ele vê e ouve algo que
faz parte do próprio selo. Nos quinto e sexto selos, já não mais se chama João
para vir e ver algo. Ele primeiro vê e depois ouve algo. No intervalo acima,
acontece o mesmo. Como nos selos 5 e 6, não mais há o anúncio “vem e vê”, e
vemos o mesmo padrão de ver e depois ouvir algo. Realmente o relato do silêncio
no céu precisa ter um significado, e realmente diferencia o sétimo selo, mas o
padrão ver/ouvir dos selos pode perfeitamente ser aplicável ao sétimo. Se o
sétimo selo se limitar ao verso 1, então há possibilidade de interpretar as
trombetas e os selos ocorrendo paralelamente. Se o mais provável for que o
sétimo selo envolva os eventos dos versos 1-6, então as trombetas ocorrem após
os selos. Por enquanto, o que temos são estas duas possibilidades.
“E o primeiro anjo tocou a
sua trombeta, e:
1 - houve saraiva e fogo
misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte;
2 - queimou-se a terça parte das
árvores,
3 - e toda a
erva verde foi queimada.
E o segundo anjo tocou a
trombeta; e
1 - foi lançada no mar uma
coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do
mar.
2 - E
morreu a terça parte das criaturas
que tinham vida no mar;
3 - e perdeu-se a terça parte das
naus.
E o terceiro anjo tocou a sua
trombeta,
1 - e caiu do céu uma grande
estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e
sobre as fontes das águas.
E o nome da
estrela era Absinto,
2 - e a terça parte das águas
tornou-se em absinto,
3 - e muitos homens
morreram das águas, porque se tornaram amargas.
E o quarto anjo tocou a sua
trombeta,
1 - e foi ferida a terça parte do
sol,
2 - e a terça parte da lua,
3 - e a terça parte das estrelas;
para que a terça
parte deles
se escurecesse, e a terça parte do
dia não brilhasse, e semelhantemente a noite.
E olhei,
e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz: Ai! ai! ai! dos que habitam
sobre a terra! por causa das
outras vozes das trombetas dos
três anjos que hão de ainda tocar.
Apocalipse 8:7-13”
“E o quinto anjo tocou a sua
trombeta,
1 - e vi uma estrela que do
céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo.
E abriu
o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande
fornalha,
2 - e com a fumaça do poço
escureceu-se o sol e o ar.
3 - E da
fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o
poder que têm os escorpiões da terra.
E
foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra,
nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o selo de
Deus.
E foi-lhes
permitido, não que os
matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu
tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem.
E
naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão
morrer, e a morte fugirá deles.
E o parecer dos gafanhotos era semelhante ao de
cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia umas como
coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens.
E tinham
cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como de leões.
E tinham
couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de
carros, quando muitos cavalos correm ao combate.
E tinham
caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu
poder era para danificar os homens por cinco meses.
E tinham
sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego
Apoliom.
Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais.
E tocou o sexto anjo a sua trombeta,
1 - e ouvi uma voz que
vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus, A
qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos,
que estão presos junto ao grande rio Eufrates.
2 - E foram
soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e
ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.
3 - E o
número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões; e ouvi o número
deles. E assim vi os cavalos nesta visão; e os que sobre eles cavalgavam
tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos
cavalos eram como cabeças de leões; e de suas bocas saía fogo e fumaça e
enxofre.
Por
estes três foi morta a terça parte dos homens, isto é pelo fogo, pela fumaça, e
pelo enxofre, que saíam das suas bocas.
Porque o
poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas. Porquanto as
suas caudas são semelhantes a serpentes, e têm cabeças, e com elas
danificam.
4 - E os outros homens, que não foram mortos por
estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não
adorarem os demônios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra,
e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar.
E não se
arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua
fornicação, nem dos seus furtos.
Apocalipse 9:1-21”
O primeiro ponto que me parece
importante salientar é que as trombetas são tocadas realmente após o selamento
referido no capítulo 7:
E vi outro anjo subir do lado
do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos
quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,
Dizendo: Não
danifiqueis
1 - a terra,
2 - nem o mar,
3 - nem as árvores,
até que hajamos selado nas suas
testas os servos do nosso Deus.
Apocalipse 7:2,3
Na primeira trombeta, a
terça parte da terra, das árvores, e toda a erva verde, são queimadas;
Na segunda trombeta, a
terça parte do mar e a terça parte de suas criaturas e das naus são atingidas;
Na terceira trombeta, temos
atingidos a terça parte dos rios e as fontes
das águas atingidas, e já se fala na morte de homens;
Na quarta, são atingidos
o sol, a lua e as estrelas, todos na sua terça parte.
Temos a terça parte para:
terra, árvores, mar, criaturas do mar, naus, rios-águas, sol, lua e estrelas.
Temos a totalidade para:
erva verde, fontes das águas (pois não consta a terça parte nelas).
Temos uma quantidade
grande, mas não definida: muitos homens morreram.
O verso 13 dá a entender
que que as últimas três trombetas ainda seriam piores.
Na quinta trombeta,
fala-se em: uma estrela caída do céu, recebendo a chave do poço do abismo,
escurecendo o sol e o ar e liberando gafanhotos com poder de escorpiões. Uma
estrela com consciência para agir significa um símbolo de um ser com
consciência, e Apocalipse associa estrela a anjo/mensageiro. Tendo em vista que
esta estrela caiu do céu na terra, fica subentendido que foi lançado de lá,
como que expulso. Uma fumaça que libera gafanhotos também, a princípio, revela
linguagem simbólica e, portanto, é possível que todo o restante também seja
simbólico. A terra e as árvores, atingidas na primeira trombeta, não devem
mais ser danificadas. Os não selados são atormentados por um período denominado
de “cinco meses”. Há um tormento tão grande que as pessoas procuram a
morte, ou seja, preferem morrer a permanecer nele. A morte, porém, “foge
deles”, ou seja, mesmo a morte é algo difícil de se conseguir nesse momento. Gafanhotos semelhantes a cavalos, com coroas de ouro, rostos
como de homens, cabelos como de mulheres, dentes como de leões, couraças como
de ferro, ruídos como de carros com muitos cavalos, caudas como de escorpiões,
e aguilhões nelas. A linguagem dificilmente poderia ser entendida
como literal. É evidentemente simbólica: ou cada termo tem um significado
específico verificável na Bíblia, ou precisamos visualizar o que João viu e
verificar o que, no curso da História, poderia ser descrito dessa forma, ou
temos um pouco de cada coisa. Em virtude da linguagem, o período também pode
ser simbólico, e poderemos verificar um ou mais equivalentes.
Na sexta trombeta, uma
voz que vinha das 4 pontas do altar de ouro diz ao sexto anjo que solte os 4
anjos presos junto ao rio Eufrates. Eles já estão preparados para “a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.
Apocalipse 9:15”, ou seja, após os cinco
meses de tormento, vem o período de morte. A liberação de tais anjos equivale à
liberação para a guerra de duzentos milhões de cavaleiros. Estes cavaleiros
possuem couraças de fogo, jacinto e enxofre. Seus cavalos possuem cabeças como
de leões e bocas soltando fogo e enxofre. Da boca dos cavalos saem a fumaça, o
enxofre e o fogo que mata a terça parte dos homens, e da cauda semelhante às serpentes
as cabeças que danificam. É um evento claramente simbólico: ou são símbolos
a serem verificados na Bíblia, ou armas que João tentou identificar com o
recurso linguístico que tinha à sua disposição.
Por fim, o texto informa
que os seres humanos, ainda assim, não se arrependeram de seus erros, o que não
faria sentido a menos que um dos objetivos fosse exatamente esse: leva-los à
reflexão e arrependimento.
“E vi outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por
cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os
seus pés como colunas de fogo;
E tinha na sua mão um livrinho
aberto. E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra;
E clamou
com grande voz, como quando ruge um leão; e, havendo clamado, os sete trovões
emitiram as suas vozes.
E, quando
os sete trovões acabaram de emitir as suas vozes, eu ia escrever; mas ouvi uma
voz do céu, que me dizia: Sela o que os sete trovões emitiram, e não o escrevas.
E o anjo
que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a sua mão ao céu,
E jurou
por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a
terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora
[ou tempo];
Mas nos
dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de
Deus, como anunciou aos profetas, seus servos.
E a voz
que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: Vai, e toma o
livrinho aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra.
E fui ao
anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o, e come-o, e ele fará
amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel.
E tomei
o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e,
havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo.
E ele
disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas
e reis. Apocalipse 10:1-11”
Apocalipse 5 fala de um
livro com sete selos, e o Cordeiro que tem poder e autoridade para desatar os
sete selos e abrir o livro. Considerando que não se fala em outro livro, e
que ele aparece após a menção à abertura do sétimo selo e o toque de seis
trombetas, o livro que o “anjo forte” tem aberto em Sua mão é o livro aberto pelo
Cordeiro. As características do anjo são enfatizadas, dando a entender que
é o que fora visto como Cordeiro e agora aparece como o “anjo forte”. O que os
sete trovões emitem é mantido em segredo, por ordem de uma voz do céu. Fala-se
em um segredo que será revelado por ocasião do toque da sétima trombeta,
reforçando a ideia de que a expressão “não haveria mais demora/tempo” admite
também o termo demora, ou seja, a sétima trombeta estaria relativamente próxima
na sucessão de eventos e iria revelar o segredo, ou seja, não demoraria muito
mais a ocorrer após esses eventos, e a espera estaria chegando ao fim.
João toma e come o
livrinho e, conforme esclarecido, fica doce como mel em sua
boca e amargo em seu ventre. O conteúdo é evidentemente simbólico. João é
ordenado a profetizar a muitos povos, nações, línguas e reis após comer
o livrinho, dando a entender que tal profetizar envolve falar sobre o conteúdo
do livrinho.
E foi-me dada uma cana
semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o templo de
Deus, e o altar, e os que nele adoram.
E deixa o átrio que está fora do templo, e não
o meças; porque foi dado às
nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.
E darei
poder às minhas duas
testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de
saco.
Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da
terra.
E, se
alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus
inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
Estes
têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las
em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes
quiserem.
E, quando acabarem o seu
testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os
matará.
E
jazerão os seus corpos mortos na
praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde
o nosso Senhor também foi crucificado.
E homens de
vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por
três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos
em sepulcros.
E os que
habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão
presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os
que habitam sobre a terra.
E depois
daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se
sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
E ouviram
uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em
uma nuvem; e os seus inimigos os viram.
E naquela mesma hora houve um grande
terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete
mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu.
É passado o segundo ai; eis que o
terceiro ai cedo virá.
Apocalipse 11:1-14
O texto fala sobre as
nações pisando a cidade santa por 42 meses e das duas testemunhas testemunhando
por 1260 dias. A proximidade da fala e o idêntico contexto mostram que os
períodos se equivalem (42 meses = 1260 dias). O local diferenciado é o átrio
(dado às nações). As duas testemunhas são identificadas como oliveiras e
castiçais (o Apocalipse identifica castiçais como igrejas) e diz que estão
diante do Deus da terra. Sai fogo de suas bocas, indicando um contexto
simbólico. A “besta que sobe do abismo” reforça que o conteúdo é simbólico. As
nações “trocam/enviam presentes”. As duas testemunhas ressuscitam e sobem ao
céu em uma nuvem. Os elementos que indicam simbolismo levam a uma interpretação
simbólica de todo o texto.
“E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que
diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele
reinará para todo o sempre.
E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em
seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus,
Dizendo:
Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de
vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste.
E
iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam
julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos
santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de
destruíres os que destroem a terra.
E abriu-se no céu o templo de Deus,
e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve
relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva.
Apocalipse 11:15-19”
A sétima trombeta está
associada à declaração do reino eterno de Jesus, que inclui julgamento,
galardão e destruição, e ao aparecimento da arca da aliança no céu.
O aparecimento da arca da aliança está associado a este contexto, e os eventos
que se seguem (relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e grande saraiva) mostram
um anúncio referente a algo extremamente grandioso. O lançamento do incensário
que antecedeu as sete trombetas também foram acompanhados de eventos
semelhantes (E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do
altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e
relâmpagos e terremotos.
Apocalipse 8:5). Semelhança também
quando se mostrou o ambiente do trono antes de se falar sobre o livro selado (E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete
espíritos de Deus.
Apocalipse 4:5). Considerando este
padrão, a visão da arca da aliança, acompanhada destes eventos, antecedem a
algo tão ou mais grandioso que os selos e as trombetas.
“E viu-se um
grande sinal no céu: uma mulher
vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas
sobre a sua cabeça.
E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com
ânsias de dar à luz.
E viu-se outro sinal no céu; e eis
que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e
sobre as suas cabeças sete diademas.
E a sua cauda levou após si a terça parte das
estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou
diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe
tragasse o filho.
E deu à luz um filho homem que há de reger todas as
nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu
trono.
E a
mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que
ali fosse alimentada durante mil
duzentos e sessenta dias.
Apocalipse 12:1-6”
O contexto é evidentemente
simbólico:
1 - Mulher vestida de sol, com
a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça;
2 – Dragão vermelho com sete
cabeças e dez chifres (e sete diademas sobre as cabeças);
3 – A cauda do dragão levou
1/3 das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra.
Estes elementos mostram que o
contexto é simbólico, e que tal simbolismo precisa da interpretação de cada
código. Tendo isso em mente, admite-se também a possibilidade do tempo em que
ela fica alimentada também ser simbólico. Uma outra questão é estabelecer se o
texto se refere a um período posterior ao da sétima trombeta, ou se seriam
parênteses entre as trombetas e algum evento posterior ainda não determinado,
dentre os relatados nos próximos capítulos.
“E houve batalha
no céu; Miguel e os seus anjos
batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;
Mas não
prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus.
E foi
precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele
foi precipitado na terra, e os seus anjos
foram lançados com ele.
E ouvi
uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus,
e o poder do seu Cristo; porque
já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os
acusava de dia e de noite.
E eles o venceram pelo sangue do
Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à
morte.
Por isso
alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e
no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco
tempo.
E, quando
o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o
filho homem.
E foram
dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao
seu lugar, onde é sustentada por um
tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
E a
serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela
corrente a fizesse arrebatar.
E a
terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão
lançara da sua boca.
E o dragão irou-se contra a mulher, e
foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos
de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.
Apocalipse 12:7-17”. (E o dragão se pôs em pé sobre a areia do
mar.
Apocalipse 12:18 – Nova Almeida Atualizada; Então o dragão
se pôs em pé na areia do mar.
Apocalipse 12:18 – Nova Versão Internacional; e se pôs em pé
sobre a areia do mar.
Apocalipse 12:17).
Temos elementos no texto que permitem
concluir que houve uma repetição de fatos, ou seja, que Apocalipse 12:7-12
teria sido um esclarecimento adicional sobre quem seria o Dragão e o que teria
ocorrido antes da perseguição que ele fez à mulher.
Temos o seguinte neste relato
do Apocalipse:
1 - 12:1-2 identificam a
mulher;
2 - 12:3-4 identificam
simbolicamente quem a perseguiria: Dragão, estrelas...;
3 – 12:5 identifica o filho da
mulher e o que ocorreu com Ele;
4 – 12:6 identifica o
livramento da mulher (ela consegue fugir) e o período em que ela é sustentada/protegida/alimentada
(1260 dias);
5 – Apocalipse 12:7-9
identifica o Dragão (Diabo, Satanás, a antiga serpente), as estrelas que ele
levou sobre si (seus anjos que foram lançados com ele quando foi
expulso/precipitado/jogado para a terra);
6 – Apocalipse 12:10-13
identifica o período em que Satanás e seus anjos foram lançados na terra (“porque já o
acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava
de dia e de noite.
Apocalipse 12:10”; “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra
do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.
Apocalipse 12:11”; “E, quando o dragão viu que fora lançado
na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem.
Apocalipse 12:13”); aqui, repete-se a informação do verso 5 (a mulher deu à luz um
filho...);
7 – Apocalipse 12:14 repete
alguns itens anteriores:
(verso 6a – a mulher fugiu para o
deserto; verso 14a – foram dadas à mulher asas...para que voasse para o
deserto...);
(verso 6b – mulher alimentada por
1260 dias; verso 14b – mulher sustentada por um tempo, tempos e metade de um
tempo. Indica equivalência dos tempos: 1260 dias =3,5 tempos);
8 – Apocalipse 12:15-17
acrescenta elementos ocorridos na perseguição à mulher:
a serpente/Satanás lançou água
como um rio, mas a terra tragou o rio;
irado contra a mulher, o dragão
fez guerra aos seus descendentes (não podendo destruir a mulher, ele busca
diminuir a influência dos descendentes dela na terra).
Os elementos de Apocalipse
12:10-13 descartam que essa expulsão relatada tenha sido a anterior ao pecado:
1 – o acusador dos
irmãos...acusava de dia e de noite;
2 – eles o venceram pelo sangue
do Cordeiro...pelo testemunho que deram...não amaram suas vidas até a morte;
3 – quando o dragão se viu
lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem.
Estas informações mostram que tal
expulsão ocorreu depois da mulher ter dado à luz (lembrando do contexto
simbólico do relato sobre a mulher e o dragão), possivelmente em algum momento
após o arrebatamento do Filho, e os relatos sobre acusar os irmãos que o
venceram pelo sangue do Cordeiro e suas mortes reforçam que o momento é
posterior ao pecado. Tendo isso em mente, não há motivo para crer que a luta e
expulsão relatadas tenham sido a revolta inicial de Satanás e a revelação
inicial de seus reais interesses, mas um conjunto de ações posteriores quando,
por determinado motivo, ele ainda podia permanecer no céu com seus anjos em uma
luta e acusação dos irmãos.
Um outro ponto, ao final do
capítulo, que aparece em outras versões:
“E o dragão se
pôs em pé sobre a areia do mar.
Apocalipse 12:18 – Nova Almeida Atualizada; Então o dragão
se pôs em pé na areia do mar.
Apocalipse 12:18 – Nova Versão Internacional; e se pôs em pé
sobre a areia do mar.
Apocalipse 12:17”
Este é o momento que antecede o
capítulo 13, e mostra clara ligação entre o fim do capítulo 12 e início do
capítulo 13. O Dragão se vê lançado do céu à terra, persegue a mulher e tenta
impedi-la, seus planos são frustrados nessa intenção, ele se ira contra ela e
vai guerrear contra seus (os dela) descendentes. Então, se põe em pé sobre a
areia do mar e...
“E eu [João] pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha
sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as
suas cabeças um nome de blasfêmia.
E a besta
que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua
boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e
grande poderio.
E vi uma
das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada [este relato ocorre antes da perseguição por
42 meses]; e toda a terra se maravilhou após a besta.
E
adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é
semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?
E foi-lhe
dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por
quarenta e dois meses [o relato insere o recebimento de poder e, portanto, tal perseguição,
após a cura da ferida mortal].
E abriu a
sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu
tabernáculo, e dos que habitam no céu.
E
foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder
sobre toda a tribo, e língua, e nação.
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses
cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto
desde a fundação do mundo.
Se alguém
tem ouvidos, ouça.
Se alguém
leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que
à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos.
Apocalipse 13:1-10”
Considerando a sequência que
temos nas traduções, a ordem dos eventos é a seguinte (pode haver elementos na
gramática, na estrutura que estabeleça a ordem de eventos em textos
apocalípticos no grego, mas a ordem que nos apresenta na leitura é a que
temos):
1 – O Dragão guerreia no céu
com seus anjos e é vencido e expulso;
2 – Percebendo isso, persegue
e mulher, que é protegida longe do alcance dele;
3 – Não conseguindo destruir a
mulher, ele visa impedir a influência dos descendentes dela, fazendo guerra
contra eles;
4 – O Dragão se põe em pé
sobre areia do mar;
5 – João se põe sobre a areia
do mar para observar o que ocorreria, e vê uma besta subir do mar;
6 – Esta besta tem sete
cabeças (e sobre elas um nome de blasfêmia), dez chifres (e sobre eles dez
diademas/coroas), aspecto semelhante a um leopardo, pés como de urso, boca como
de leão;
7 – A besta recebe poder,
trono e poderio do próprio Dragão;
8 – Esta besta encontra certa
resistência ao seu domínio (UMA de suas cabeças como ferida de morte), mas tal
resistência não consegue impedi-la, visto que sua chaga mortal é curada;
9 – Diante do restabelecimento
da besta em todo o seu poder, a terra se maravilha e adora a ela e ao dragão,
dizendo inclusive que não há rival contra ela (“adoraram a besta, dizendo: Quem é
semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?
Apocalipse 13:4”);
10 – Recebe uma boca para
proferir grandes coisas/amaldiçoar e blasfemar, e “poder para agir por quarenta e dois
meses.
Apocalipse 13:5” (percebemos que
ela recebe o poder para agir por 42 meses após a cura da chaga mortal,
considerando a sequência do texto);
11 – Ela profere blasfêmias
contra Deus, Seu nome, Seu tabernáculo e os que habitam no céu;
12 – Ela guerreia contra os
santos e os vence e, a partir desta vitória, recebe “poder sobre toda a tribo, e língua, e
nação.
Apocalipse 13:7” e adoração de todos os que não se submetam a
Deus;
13 – É proferida uma advertência
semelhante à de Jesus à Pedro (identificado apenas em João 18:3-12) quando
cortou a orelha do soldado/servo do sumo sacerdote (“E eis que um dos que estavam com Jesus,
estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote,
cortou-lhe uma orelha.
Então Jesus
disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da
espada, à espada morrerão.
Mateus 26:51,52”);
A expressão “por quarenta e
dois meses” é compatível com as do capítulo 12 (1260 dias e 3,5 tempos).
Logo, ou temos dois cumprimentos de tempo idênticos na profecia, ou estamos
diante do mesmo período, ou seja, a besta recebe poder para agir durante o
período em que e mulher é sustentada/protegida, mas não consegue destruir a
mulher. Considerando que Apocalipse 12 fala duas vezes do mesmo período, no
contexto da perseguição à mulher, e os 42 meses estão no contexto de
perseguição aos descendentes dela, a relação dos textos nos leva a interpretar
que se trata do mesmo período: Deus acrescentou em Apocalipse 12:13-17
informações que não estavam em 12:1-6 e em Apocalipse 13:1—10 complementa estas
informações. Percebemos que logo que a mulher é levada e Satanás não
consegue impedi-la, ele se volta aos descendentes, ou seja, nesse exato período
em que a mulher é sustentada, seus descendentes sofrem perseguição e guerra, ou
seja, estamos diante do mesmo período. Satanás consegue seu primeiro
reforço, que é a primeira besta do capítulo 13, e aumenta seu poderio, sendo
inclusive adorado com ela. A mensagem seria: Satanás persegue o povo de
Deus, mas a igreja não é destruída, apesar de seus santos serem vencidos. O
verso 10 do capítulo 13 parece, inclusive, uma advertência e revelação de que
tal perseguição não ficará impune.
“E vi subir da
terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes
aos de um cordeiro; e falava como o dragão.
E exerce todo o poder da primeira besta na sua
presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada.
E faz grandes sinais, de maneira que
até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens.
E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse
em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da
espada e vivia.
E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da
besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos
todos os que não adorassem a imagem da besta.
E faz que a
todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal
na sua mão direita, ou nas suas testas,
Para que
ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da
besta, ou o número do seu nome.
Aqui há
sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é
o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.
Apocalipse 13:11-18”
Aqui, temos uma segunda besta,
cuja função é vinculada à primeira:
1 – Fortalecer seu poder;
2 – Exigir adoração a ela;
3 – Enganar com sinais (um
deles é fazer descer fogo do céu à terra);
4 – Fazer uma imagem e dar a
esta vida para matar os que não adorassem a imagem;
5 – Impõe um sinal na mão
direita ou na testa das pessoas como condição para comprar ou vender.
Esta segunda besta tem “dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava
como o dragão”. O contraste indica divergência entre o que aparenta
ser e o que realmente é. A busca do significado auxiliará no entendimento.
Considerando que tudo o que a segunda besta faz está relacionado à primeira, o
sinal, nome e número do nome se referem à primeira besta, e o número da besta
(o número do seu nome) é “seiscentos
e sessenta e seis”.
Temos duas bestas e mais um poder, a imagem
da besta, trabalhando nesse momento, para perseguir e matar o povo de Deus, e
garantir a adoração, apoio, obediência mundial.
Percebemos da leitura de todo o capítulo
que o verso 12 do capítulo 13 não diz que a ferida fora feita ou curada após os
42 meses, mas apenas reforça a identificação da primeira besta. O verso 3
mostra uma ferida e sua cura antes dos 42 meses, e o verso 12 usa esta
informação para reforçar a identificação da primeira besta (“Exercia toda a
autoridade da primeira besta, em nome dela, e fazia a terra e seus habitantes
adorarem a primeira besta, cujo ferimento mortal havia sido curado”.
Apocalipse 13:12 – NVI – Nova Versão Internacional; “...façam
uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu” – RA – Almeida
Revista e Atualizada).
“E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte
Sião, e com ele cento e
quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de
seu Pai.
E ouvi uma
voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e
ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas.
E cantavam
um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos
anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que
foram comprados da terra.
Estes são os que não estão contaminados com mulheres;
porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá.
Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e
para o Cordeiro.
E na sua
boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.
Apocalipse 14:1-5”
Este evento se parece com o de
Apocalipse 7: estabelece-se que determinados danos não ocorrerão antes do
selamento e, em seguida, vê-se o triunfo do povo de Deus. Após os eventos
altamente agressivos contra o povo de Deus, o capítulo 14 mostra o triunfo dos
144.000, já com o Cordeiro e entoando um hino exclusivo. Tal qual o intervalo
de Apocalipse 7:9-17, Apocalipse 14:1-5 é um intervalo para mostrar que, apesar
de todos os eventos, o povo de Deus tem garantido o cumprimento das promessas
de Deus, e estarão salvos, não devendo se curvar aos poderes de satanás, mesmo
que isso custe a morte pela perseguição e afrontas. Aqui, como vimos, o
selamento já havia ocorrido (pois os danos à terra, ao mar e às árvores já
ocorrera). Sendo estes os leais a Deus, evidentemente foram os perseguidos
pelos poderes contrários à vontade divina, inclusive nos eventos do capítulo 13
que, no verso 7, poderia trazer uma angústia aos leitores. O capítulo 14:1-5
afasta esta angústia, com promessa de salvação cumprida. A volta de Jesus ainda
não ocorreu, tal como em 7:9-17 e, portanto, os textos são parênteses que
revelam a João e aos leitores e ouvintes que o final será a vitória do povo de
Deus.
“E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e
tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a
toda a nação, e tribo, e língua, e povo,
Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe
glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a
terra, e o mar, e as fontes das águas.
E outro
anjo seguiu, dizendo: Caiu,
caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua
fornicação.
E
seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e
receber o sinal na sua testa, ou na sua mão,
Também este beberá do vinho da ira de Deus, que
se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre
diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
E a fumaça do seu tormento sobe para todo o
sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua
imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome.
Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que
guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. E ouvi uma voz do céu, que me
dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor.
Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os
seguem
Apocalipse 14:6-13”
Os versos 6-13 de Apocalipse 14 nos
mostram outro ponto: a pregação mundial do evangelho eterno ao mundo. Entendemos
que não aparecem anjos literalmente pregando no céu (assim como não teriam
aparecido nos selos e nas trombetas) e, portanto, este anjo simboliza os servos
de Deus pregando esse evangelho. A visão anterior dos 144.000, portanto, serve
para identificar os que pregam este evangelho ao mundo (seguem
incondicionalmente o Cordeiro, não enganam, foram comprados como primícias).
O evangelho eterno prega o temor e
glorificação a Deus, a chegada certa de Seu juízo, a necessidade de adorá-lo (o
que, considerando todo o livro e, em especial, o capítulo 13, significa
rejeitar o poder e pressões das duas bestas e da imagem da besta). Após esta
mensagem, outra deve ser dada pelo povo de Deus, revelando um fato: a queda de
Babilônia, “aquela
grande cidade” que contaminou em todas as nações os que rejeitaram seguir
a Deus. Após esta mensagem, segue uma advertência, enfatizando a primeira: os
adoradores e seguidores da besta e de sua imagem serão condenados. O verso 12 é
uma promessa ao povo leal, os selados de Deus, confirmando que sua perseverança
e obediência pela fé e amor será recompensada, e a aparente impunidade dos
servos da besta e de sua imagem acabará. Logo, em meio a toda perseguição,
pressões, mortes contra o povo de Deus, Deus cuidaria para que a mensagem
continuasse a ser pregada e vivida por Seu povo. O verso 13 mostra que os
eventos de 14:1-6 não ocorrem antes dos eventos de 14:7-13, mas apenas mostram
o resultado positivo final, para preparar à leitura dos eventos seguintes, e
confortar após a revelação dos eventos anteriores.
“E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao
Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua
mão uma foice aguda.
E outro
anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a
nuvem: Lança a tua foice, e sega; a
hora de segar te é vinda, porque já a seara da terra está madura. E aquele que
estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada.
E saiu
do templo, que está no céu, outro
anjo,
o qual também tinha uma foice aguda.
E saiu
do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao
que tinha a foice aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha da terra, porque
já as suas uvas estão maduras.
E o anjo
lançou a sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as
no grande lagar da ira de Deus.
E o lagar
foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos,
pelo espaço de mil e seiscentos estádios [a NVI traduz como 300 quilômetros].
Apocalipse 14:14-20”.
Após as mensagens para
arrependimento, manutenção da fé, advertências, promessas, serem dadas, temos
que os servos de Deus e os de Satanás já tiveram as devidas oportunidades para
decidirem de que lado ficar. Considerando que é o lagar da ira de Deus,
significa a punição dos ímpios. A princípio, o que parece é que foram duas
ceifas: a primeira fala apenas em colher o que está na terra (“a terra foi
ceifada”), mas a segunda fala em fala do ajuntamento das uvas para lança-las “no grande lagar
da ira de Deus.
Apocalipse 14:19”, onde foram pisadas. Comparando as duas, a
impressão é de que a primeira separa o povo que seria livrado, e a segunda, o
que seria punido.
“E vi outro grande e admirável sinal no
céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.
E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e
também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do
número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de
Deus.
E cantavam
o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e
maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros
são os teus caminhos, ó Rei dos santos.
Quem te
não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por
isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos
são manifestos.
E depois disto olhei, e eis que o
templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu.
E
os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, vestidos de linho
puro e resplandecente, e cingidos com cintos de ouro pelos peitos.
E um dos quatro
animais deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive
para todo o sempre.
E o templo
encheu-se com a fumaça da glória de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar
no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos.
Apocalipse 15:1-8”
Novamente, nos versos 2-4, temos
uma cena em paralelo, um preparo para os eventos que serão relatados, a
confirmação da promessa cumprida, a comprovação da validade dos juízos divinos,
inclusive, Suas punições. No verso 5 (abertura do templo do tabernáculo do
testemunho), temos uma cena parecida com as de outros eventos anteriores:
1 – A porta aberta no céu
em Apocalipse 4:1, antecedendo:
·
o ambiente em que o Cordeiro toma o livro e
começa a abertura dos 7 selos;
·
as 7
trombetas;
·
o
livrinho aberto;
·
as duas
testemunhas;
2 – “E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da
sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e
terremotos e grande saraiva.
Apocalipse 11:19”, antecedendo:
·
a perseguição da mulher e de seus descendentes;
·
a vinda
das bestas do mar e da terra (e a imagem da besta);
·
a
pregação do evangelho eterno, incluindo confirmação da queda de Babilônia e advertência
aos ímpios;
·
ceifa dos
santos e dos ímpios;
·
o preparo
para as sete últimas pragas;
Espera-se, portanto, uma série de eventos
após a abertura deste templo, como um bloco de eventos, o que se inicia com
sete anjos com as sete pragas e sete taças com a ira de Deus. Após isso, o
texto diz que ninguém pode entrar mais no templo, que se encheu com a fumaça da
glória de Deus e do seu poder. No entanto, o impedimento é até a consumação das
sete pragas, subentendendo que a permissão volta após as sete pragas.
“E ouvi, vinda do
templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a terra
as sete taças da ira de Deus.
E foi o
primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos
homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.
E o
segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um
morto, e morreu no mar toda a alma vivente.
E o
terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se
tornaram em sangue.
E ouvi o
anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e hás
de ser, porque julgaste estas coisas.
Visto como derramaram o sangue dos
santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são
merecedores.
E ouvi
outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso,
verdadeiros e justos são os teus juízos.
E o
quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo.
E os homens
foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem
poder sobre estas pragas; e
não se arrependeram para lhe darem glória.
E o
quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas
de dor.
E por causa
das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras.
E o
sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente.
E
da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos,
semelhantes a rãs.
Porque são espíritos de demônios, que fazem
prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para
os congregar para a batalha, naquele grande
dia do Deus Todo-Poderoso.
Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e
guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.
E os congregaram no lugar que em
hebreu se chama Armagedom.
E o
sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz
do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito.
E houve
vozes, e trovões, e relâmpagos, e houve um grande terremoto, como nunca houve
desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto.
E a
grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande
babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação
da sua ira.
E toda a
ilha fugiu; e os montes não se acharam.
E sobre os
homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva; porque a sua praga
era mui grande. Apocalipse
16:1-21”
1 - A sequência dos locais das
taças com a ira/pragas:
·
Terra;
·
Mar;
·
Rios e fontes das águas;
·
Sol;
·
Trono da besta;
·
Rio Eufrates;
·
Ar.
Basicamente, estão na amplitude
do planeta (terra, mar, rios e fontes das águas, sol, ar) e em ambientes
estratégicos (trono da besta e rio Eufrates).
O não arrependimento dos ímpios
fica implícito nas três primeiras pragas, mas a partir da quarta fala-se
abertamente em blasfêmias e ausência de arrependimento, ou seja, há o interesse
em mostrar que nada que aconteça faz com que tais pessoas se arrependam,
tamanha a obstinação que possuem, ou seja, as pragas são destinadas claramente
aos ímpios, mas evidentemente causam consequências a todos no mundo. Na praga 5, atinge-se o trono da besta e, na
6, o rio Eufrates seca e prepara o caminho para “os reis do oriente”. Após
estas duas pragas, Dragão, besta e falso profeta reagem congregando reis “da
terra e de todo o mundo” para a batalha no Armagedom (local), no grande dia do
Deus Todo-Poderoso (momento).
A princípio, o fato de serem as
últimas pragas indica que não ocorrem em paralelo nem com os selos nem com as
trombetas, podendo, no máximo, ocorrer em paralelo com um deles, se levarmos em
conta o momento em que os últimos selos ou trombetas vierem a ocorrer. São as
sete taças da ira de Deus e, portanto, provêm Dele, Ele é quem decidiu agir
assim, e os relatos sobre não arrependimento, tal como em momentos anteriores,
mostra que uma das funções poderia ser dar ainda chance de arrependimento (do
contrário, a expressão não seria idêntica ou muito parecida com a de eventos
anteriores aos das sete últimas pragas, em que se diz o mesmo). A revelação de
não arrependimento ocorre em outros eventos do Apocalipse, ou seja, não é
exclusividade do momento das últimas pragas e, portanto, não pode ser usado
como indicativo de uma situação diferente das anteriores, em que as pessoas
ainda poderiam se arrepender. No caso, precisamos entender o significado de
ninguém poder entrar no templo durante as 7 pragas (Apocalipse 15:8), mas não
há, ao que parece, elementos no texto para indicar uma relação entre a ausência
de arrependimento impossibilidade dele e de perdão.
2 – As pragas contêm/consistem
em:
·
Chaga má e maligna;
·
Sangue no mar e morte dos seres dali;
·
Sangue nos rios e fontes das águas para
atingir a necessidade de beber das pessoas;
·
Grande calor abrasando as pessoas;
·
Dores e chagas aos que participam do
reino da besta e aceitam seu trono;
·
Secamento do rio Eufrates, para preparar
o caminho dos “reis do oriente”;
·
(Uma aparente reação às seis pragas
ocorridas: Reação do Dragão, da besta e do falso profeta, congregando o mundo
para a batalha no Armagedom, no dia do Deus Todo-Poderoso);
·
Voz do templo do céu, do trono, dizendo: “Está feito”; vozes, trovões e relâmpagos; terremoto
qual nunca houve, fendendo a grande cidade em três
partes e derrubando as cidades das nações; Deus se lembra de
Babilônia para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira; pedras
de um talento/trinta quilos sobre os ímpios.
A sétima praga ocorre logo após o
relato do verso 16, em que se fala dos três poderes anteriores (Dragão, besta e
falso profeta) congregando o mundo para a batalha no Armagedom. Após isso, a
grande cidade é enfraquecida e as restantes caem/são destruídas. Primeira,
terceira, quarta, quinta e sétima são feitas para atingir diretamente as
pessoas ímpias (a quinta talvez fosse um pouco mais restrita, mas atingindo
também os ímpios). A quinta e a sétima pragas mostram, claramente, que o foco
também é a destruição dos poderes constituídos por Satanás, gradativamente.
“E veio um dos sete anjos que tinham
as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação
da grande prostituta que
está assentada sobre muitas águas;
Com a qual
fornicaram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o
vinho da sua fornicação.
E
levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de
escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez
chifres.
E a mulher
estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e
pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio
das abominações e da imundícia da sua fornicação;
E na sua
testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das
prostituições e abominações da terra.
E vi que a
mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas
de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
E o anjo me disse: Por que te
admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete
cabeças e dez chifres.
A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à
perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos
no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que
era e já não é, ainda que é.
Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete
cabeças são sete montes, sobre
os quais a mulher está assentada.
E são
também sete reis; cinco já
caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure
um pouco de tempo.
E a besta que era e já não é, é ela
também o oitavo, e é
dos sete, e vai à perdição.
E os dez
chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão
poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.
Estes
têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.
Estes
combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o
Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados,
e eleitos, e fiéis.
E disse-me:
As águas que viste, onde
se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.
E os dez
chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão
desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.
Porque Deus
tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia,
e que deem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.
E a mulher que viste é a grande cidade que reina
sobre os reis da terra.
Apocalipse 17:1-18”.
As falas são de um dos sete
anjos que tinham, e despejaram, o conteúdo das sete taças. Duas delas, como
vimos, foram claramente direcionadas aos poderes ímpios constituídos (trono da
besta, grande cidade). O trono da besta e a grande cidade estavam, portanto,
enfraquecidos, e as “cidades das nações” estavam destruídas. A grande
prostituta/Babilônia, está para cair, e cai, como o texto mostra, mas ainda
resiste por um tempo após ser dividida em três partes, inclusive assentada
sobre muitas águas e sobre a besta. No entanto, em um determinado instante, a
própria besta consegue apoio de dez reis para destruir a grande
cidade/prostituta/Babilônia.
Sabemos que a besta recebe poder
e adoração mesmo antes de levar consigo a mulher que assenta sobre ela nesse
momento. Se a mulher é mãe das abominações e prostituições da terra,
embebedou seus habitantes, foi responsável pelo derramamento de sangue dos santos,
está assentada sobre povos, multidões, nações e línguas, e é a “grande cidade
que reina sobre os reis da terra”, ela evidentemente exerce domínio mundial
nos sentidos: social, político, religioso. O fato de a besta só destruir a mulher
após unir-se aos dez reis indica que ela também possui poder bélico, poder para
guerrear, ainda que indiretamente, talvez justamente pelo apoio de reis como os
dez que se voltam posteriormente contra ela.
Comparando as bestas e o dragão:
Dragão - Cap. 12 |
Besta do Mar - Cap. 13 |
Besta - Cap 17 |
Vermelho |
|
Vermelha
(escarlata) |
Sete
cabeças com sete diademas |
Sete
cabeças com um nome de blasfêmia (antes
do poder do Dragão) |
Sete
cabeças ; |
Dez
chifres |
Dez
chifres com dez diademas |
Dez
chifres |
Antiga serpente, Diabo Satanás |
Semelhante a leopardo; pés como de urso; boca como de leão; |
Mulher assentada sobre ela |
|
Recebe poder, trono e poderio do dragão |
|
|
Boca para proferir
blasfêmias contra: Deus, Seu nome, Seu tabernáculo Os que habitam no céu |
Cheia de nomes de blasfêmia |
|
Adoração total dos ímpios, que adoram também o Dragão |
|
|
Trono afetado
pela quinta praga: reino tenebroso/em trevas e servos agonizantes
(Apoc. 16:10-11). Consideramos assim pois é a besta que permanece em
evidência no cap. 14:9, 15:2, 16:2, |
Era e já não é;
há de subir do abismo |
Preso no abismo por mil anos (Apoc. 20:1-2). Lançado depois no
lago, junto com a besta (Apoc. 20:10) |
|
Lançada viva no lago de fogo e enxofre, junto com o falso profeta
(Apoc. 19:20) |
Creio que o gráfico tenha
mostrado, ao menos a princípio, que o Dragão do cap. 12 não é besta do cap. 17.
Os capítulos 13 e 17 mostram, portanto, a mesma besta / o mesmo monstro. Um
outro ponto é o de que, se há, realmente, como aparenta, relação entre as
trevas lançadas sobre a besta no capítulo 16 (quinta praga) e a afirmação de
que ela subirá do abismo (indicando que é permitido a ela se recuperar das
trevas em que é lançado seu reino, talvez com a ajuda dos dez reis, tendo em
vista que ela volta a ficar em evidência como poder perseguidor após se unir a
eles e destruir a mulher/Babilônia), então os eventos do capítulo 17, parcial
ou totalmente, ocorrem após, no mínimo, a quinta praga.
Considerando que o abismo do
capítulo 17 e as trevas do 16 estejam relacionados, temos, então, que:
1a - a besta “era e já não é, e há de subir do abismo” significaria
que obteve poder e o perdeu, e voltaria, tendo em mente a visão; |
1b – a besta já existiria nos tempos de João, havia conquistado
relevância/notoriedade/importância/poder, mas o havia perdido (ao menos, o
suficiente para não mais ser reconhecida como anteriormente) e voltaria a
restaurar poder suficiente para ser vista como uma potência; |
2a – Os sete montes sobre os quais a mulher estaria assentada se
referem a um presente relacionado à visão e, portanto, algo a ocorrer no
futuro; |
2b – Os sete montes se referem a algo já existente e sobre os quais a
mulher já estaria assentada à época de João; |
3a – Cinco reis haviam caído no momento da visão, ou seja, em algum
momento indeterminado, mas que poderia ser verificado após a quinta trombeta,
por exemplo; o sexto rei surge em algum momento também indeterminado, mas no
contexto das sete pragas (considerando que é o que antecede a visão, e que a
besta a subir do abismo seria a que foi lançada em trevas por causa da quinta
praga); |
3b – Os cinco reis já haviam caído à época de João, o sexto rei
permaneceria por um longo tempo, o sétimo duraria pouco, e a besta que
“é/procede dos sete”, se entendida como um destes sete poderes, poderia ser o
sexto rei, visto que sua queda não ficaria evidente, ou seja, ela teria
sobrevivido não como a grande besta, mas como o sexto rei/besta sujeito(a) à
mulher e, posteriormente, com o apoio dos dez reis, e destruída a mulher,
voltaria a atuar como a besta, ou seja, com poder renovado; |
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O que me parece mais claro, no
momento, é que os sete reis não são simbólicos em número (o revelador do
significado numera claramente como sete, fala em cinco que caíram, e inclui um
oitavo, ou seja, são sete reis em número específico, literal. Os montes também
são literais, visto que estão na explicação da visão, e também os reis que possuem
e os que possuíram reinos, visto que ao falar dos dez reis, fala que ainda não
receberam reino. Os reis se referem, portanto, a reinos, não por serem
simbólicos, mas porque a expressão rei e reino podem ser sinônimas, ou seja, o
sexto rei em vigor seria o sexto reino em vigor (à época da visão ou nos tempos
de João), e assim sucessivamente. A princípio, é difícil estabelecer qual das
opções considerar (a época de João ou a própria visão como ponto de referência
dos esclarecimentos dos significados).
Apocalipse 1:20 esclarece os símbolos tendo em mente a época de João,
e isso fica claro quando se refere às igrejas |
Apocalipse 4:1 tem em mente os momentos posteriores aos eventos das
sete igrejas |
Apocalipse 5:5-6 fala em alguém que venceu tomando por base a época
de João, esclarecendo quem é e que havia sido morto |
Apocalipse 7:13-17 explica à João tendo em mente o momento da visão,
e isso fica claro com a expressão “Estes são os que vieram da grande
tribulação...” |
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Apocalipse 11 esclarece pontos a João, mas usando o templo de Deus, o
altar, os que nele adoram...em uma condição aparentemente simbólica, e dando
a entender que os fatos se referiam ao momento da visão, e não o período de
João (temos neste capítulo menção à besta que sobe
do abismo vencendo as duas testemunhas, e como não havia ainda se falado nem
na do capítulo 13 nem do 17, que seriam as mesmas, e cujo abismo poderia dar a entender a vinda
do mar ou das trevas da quinta praga, temos em Apocalipse 11:1-47 fatos que
serão paralelos a outros posteriores aos do relato, ou seja, uma evidência de
fatos que ocorrem paralelamente nos relatos) |
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Os momentos em que Apocalipse retrata, ao menos
aparentemente, a mesma besta.
Apocalipse 11 |
E, quando [as
duas testemunhas] acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo
lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará. |
Apocalipse 13 |
E eu pus-me
sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e
dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um
nome de blasfêmia. E foi-lhe
permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los |
Apocalipse 14 |
E a fumaça do
seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de
noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal
do seu nome. |
Apocalipse 15 |
E vi um como
mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da
besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que
estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. |
Apocalipse 16 |
E foi o
primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e
maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem. E o quinto
anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez
tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor. E da boca do
dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três
espíritos imundos, semelhantes a rãs. |
Apocalipse 17 |
E levou-me em
espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de
escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez
chifres. A besta que
viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos
nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se
admirarão, vendo a besta que era e já não é, ainda que é. E a besta que
era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. |
Apocalipse 19 |
E vi a besta,
e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele
que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. |
Apocalipse 20 |
E vi tronos; e
assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas
daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de
Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal
em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante
mil anos. E o diabo, que
os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o
falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. |
Os momentos e que o Apocalipse retrata mulher e/ou grande
cidade / Babilônia...
|
MULHER |
Apocalipse 2 |
Mas algumas
poucas coisas tenho contra ti que deixas Jezabel,
mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que forniquem e
comam dos sacrifícios da idolatria. Eis que a porei numa cama, e sobre os
que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas
obras. |
Apocalipse 12 |
E viu-se um
grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos
seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações
com vara de ferro;
e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. E, quando o
dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu
a mulher que
dera à luz o filho homem. |
Apocalipse 14 |
Estes são os
que não estão contaminados com
mulheres;
porque são virgens.
Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que
dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro. |
Apocalipse 17 |
E veio um dos
sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei
a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; Aqui o
sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os
quais a mulher está assentada. E disse-me: As
águas que viste, onde se assenta a
prostituta,
são povos, e multidões, e nações, e línguas. E os dez
chifres que viste na besta são os que odiarão
a prostituta,
e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo. |
Apocalipse 21 |
E veio a mim
um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e
falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. |
|
CIDADE |
Apocalipse 2 |
Sei onde você
vive, onde está o trono de Satanás. Contudo, você permanece fiel ao meu nome
e não renunciou à sua fé em mim, nem mesmo quando Antipas, minha fiel
testemunha, foi morto nessa cidade, onde Satanás habita. |
Apocalipse 3 |
A quem vencer,
eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei
sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo
nome. |
Apocalipse 11 |
E deixa o
átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão
a cidade santa por quarenta e dois meses. E jazerão os
seus corpos mortos [das duas testemunhas] na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o nosso
Senhor também foi crucificado. E naquela
mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade,
e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito
atemorizados, e deram glória ao Deus do céu. |
Apocalipse 14 |
E outro anjo
seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua
fornicação. E o lagar foi
pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios
dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios. |
Apocalipse 16 |
E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande babilônia se lembrou
Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira. |
Apocalipse 17 |
E a mulher que
viste é a grande cidade que reina sobre
os reis da terra. |
Apocalipse 18 |
Estando de
longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande cidade de Babilônia, aquela forte cidade! pois em uma hora veio o seu juízo. E dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! que estava vestida de linho fino, de
púrpura, de escarlata; e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas!
porque numa hora foram assoladas tantas riquezas. E, vendo a
fumaça do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade? E um forte
anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com
igual ímpeto será lançada babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada. |
Apocalipse 20 |
E, acabando-se
os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, |
Apocalipse 21 |
E vi um novo
céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram,
e o mar já não existe. E veio a mim
um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e
falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. |
Apocalipse 22 |
E ali nunca
mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro,
e os seus servos o servirão. |
|
BABILÔNIA |
Apocalipse 14 |
E vi outro
anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos
que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, |
Apocalipse 16 |
E o sétimo
anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono,
dizendo: Está feito. |
Apocalipse 17 |
E na sua testa
estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições
e abominações da terra. |
Apocalipse 18 |
E depois
destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra
foi iluminada com a sua glória. E os reis da
terra, que fornicaram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre ela
prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio; E um forte
anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com
igual ímpeto será lançada babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais
achada. |
|
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Sete cabeças, sete reis...
(tentar analisar)...
“E depois destas coisas [ ] vi
descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a
sua glória.
E clamou
fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou
morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda
e odiável.
Porque
todas as nações beberam do vinho da ira da sua fornicação, e os reis da terra
fornicaram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância
de suas delícias.
E ouvi
outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas
participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.
Porque já
os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniquidades
dela.
Tornai-lhe
a dar como ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no
cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro.
Quanto ela
se glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto de tormento e pranto;
porque diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e não
verei o pranto.
Portanto,
num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no
fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga.
E os reis
da terra, que fornicaram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre
ela prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio;
Estando de
longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande cidade de
Babilônia, aquela forte cidade! pois em uma hora veio o seu juízo.
E sobre ela
choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém mais compra as suas
mercadorias:
Mercadorias
de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de pérolas, e de linho fino, e de
púrpura, e de seda, e de escarlata; e toda a madeira odorífera, e todo o vaso
de marfim, e todo o vaso de madeira preciosíssima, de bronze e de ferro, e de
mármore;
E canela, e
perfume, e mirra, e incenso, e vinho, e azeite, e flor de farinha, e trigo, e
gado, e ovelhas; e cavalos, e carros, e corpos e almas de homens.
E o fruto
do desejo da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas gostosas e excelentes se
foram de ti, e não mais as acharás.
Os
mercadores destas coisas, que dela se enriqueceram, estarão de longe, pelo temor
do seu tormento, chorando e lamentando,
E dizendo:
Ai, ai daquela grande cidade! que estava vestida de linho fino, de púrpura, de
escarlata; e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas! porque numa hora
foram assoladas tantas riquezas.
E todo piloto,
e todo o que navega em naus, e todo marinheiro, e todos os que negociam no mar
se puseram de longe;
E, vendo a
fumaça do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta
grande cidade?
E lançaram
pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai
daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram
em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada.
Alegra-te
sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a
vossa causa quanto a ela.
E um forte
anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com
igual ímpeto será lançada babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais
achada.
E em ti não
se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de flautistas, e de
trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de
mó em ti não se ouvirá mais;
E luz de
candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se
ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as
nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias.
E nela se
achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na
terra. Apocalipse 18:1-24”.
APOCALIPSE 14 |
APOCALIPSE 16 |
APOCALIPSE 17 |
APOCALIPSE 18 |
Caiu Babilônia, |
Deus se lembra da grande Babilônia |
Condenação da grande prostituta (a grande Babilônia) |
Caiu, caiu a grande Babilônia |
Aquela grande cidade |
Grande cidade se fendeu-se em três |
A grande cidade que reina sobre a terra |
Aquela forte cidade... grande cidade |
Vinho da ira da fornicação |
Cálice do vinho da indignação da ira |
Cálice com abominações, embriagada de sangue |
Morada de demônios, vinho da ira de sua fornicação |
Punição - Após a mensagem para temer e glorificar a Deus |
Punição - Após advertência sobre volta de Jesus |
Punição – Após promessa da vitória do Cordeiro e Seus servos |
Punição – num dia, Juízo - em uma hora |
Punição - Antes da advertência sobe a punição de quem
adorar a besta |
Punição - Antes da saraiva de pedras sobre as pessoas |
|
Punição – a população mundial lamenta |
“E, depois destas coisas [ ] ouvi no céu uma
grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia! A salvação, e a glória,
e a honra, e o poder pertencem ao Senhor nosso Deus;
Porque
verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que
havia corrompido a terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue
dos seus servos.
E outra vez
disseram: Aleluia! E a fumaça dela sobe para todo o sempre.
E os vinte
e quatro anciãos, e os quatro animais, prostraram-se e adoraram a Deus, que
estava assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia!
E saiu uma
voz do trono, que dizia: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós
que o temeis, assim pequenos como grandes.
E ouvi como
que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que
a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus
Todo-Poderoso reina.
Regozijemo-nos,
e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e
já a sua esposa se aprontou.
E foi-lhe
dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino
são as justiças dos santos.
E disse-me:
Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.
E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
E eu
lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou
teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus;
porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.
E vi o céu
aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se
Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça.
E os seus
olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e
tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo.
E estava
vestido de veste tingida em sangue; e o nome pelo qual se chama é A Palavra de
Deus.
E seguiam-no
os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e
puro.
E da sua
boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com
vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do
Deus Todo-Poderoso.
E no manto
e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.
E vi um
anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que
voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus;
Para que
comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a
carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os
homens, livres e servos, pequenos e grandes.
E vi a
besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra
àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.
E a besta
foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que
enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois
foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre.
E os demais
foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o
cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes.
Apocalipse 19:1-21”.
“E vi descer do céu um anjo, que tinha a
chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.
Ele prendeu
o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.
E lançou-o
no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as
nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um
pouco de tempo.
E vi
tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as
almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de
Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em
suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil
anos.
Mas os
outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira
ressurreição.
Bem-aventurado
e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem
poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com
ele mil anos.
E,
acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão,
E sairá a
enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue,
cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.
E subiram
sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e
de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.
E o diabo,
que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o
falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.
E vi um
grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu
a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.
E vi os
mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros;
e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas
coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
E deu o mar
os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles
havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
E a morte e
o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
E aquele
que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Apocalipse 20:1-15”.
“E vi um novo céu, e uma nova terra.
Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
E eu, João,
vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como
uma esposa ataviada para o seu marido.
E ouvi uma
grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens,
pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com
eles, e será o seu Deus.
E Deus
limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
E o que
estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E
disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
E disse-me
mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer
que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.
Quem
vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.
Mas, quanto
aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se
prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua
parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.
E veio a
mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas,
e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
E levou-me
em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa
Jerusalém, que de Deus descia do céu.
E tinha a
glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a
pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.
E tinha um
grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos
sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.
Do lado do
levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três
portas, do lado do poente, três portas.
E o muro da
cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
E aquele
que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas
portas, e o seu muro.
E a cidade
estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E
mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e
altura eram iguais.
E mediu o
seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme à medida de homem, que
é a de um anjo.
E a
construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a
vidro puro.
E os fundamentos
do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro
fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto,
esmeralda;
O quinto,
sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono,
topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista.
E as doze
portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da
cidade de ouro puro, como vidro transparente.
E nela não
vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.
E a cidade
não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de
Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
E as nações
dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e
honra.
E as suas
portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite.
E a ela
trarão a glória e honra das nações.
E não
entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só
os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.
Apocalipse 21:1-27”.
“E mostrou-me o rio puro da água da vida,
claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
No meio da
sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz
doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a
saúde das nações.
E ali nunca
mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do
Cordeiro, e os seus servos o servirão.
E verão o
seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome.
E ali não
haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o
Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre.
E disse-me:
Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos santos profetas,
enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de
acontecer.
Eis que
presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste
livro.
E eu, João,
sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto,
prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar.
E disse-me:
Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas,
e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.
E disse-me:
Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo.
Quem é
injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja sujo ainda; e quem é justo, seja
justificado ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.
E, eis que
cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua
obra.
Eu sou o
Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.
Bem-aventurados
aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da
vida, e possam entrar na cidade pelas portas.
Mas,
ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os
homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.
Eu, Jesus,
enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz
e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã.
E o
Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha;
e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Porque eu
testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se
alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que
estão escritas neste livro;
E, se
alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua
parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas
neste livro.
Aquele que
testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus.
A graça de
nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.
Apocalipse 22:1-21”.
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