Material para vídeo sobre reflexões a respeito do sofrimento e do mal

 

Material para o vídeo Algumas reflexões sobre o sofrimento e o mal

 

ACF

NVI

E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.

Gênesis 2:16-18

E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá".
Então o Senhor Deus declarou: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda".

Gênesis 2:16-18

E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.

Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.
E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo.
No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.
E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes.
E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.
Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente,
O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado
.

Gênesis 3:6-23

Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.
Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se.
Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.
Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: "Onde está você? "
E ele respondeu: "Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi".
E Deus perguntou: "Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer? "
Disse o homem: "Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi".
O Senhor Deus perguntou então à mulher: "Que foi que você fez? " Respondeu a mulher: "A serpente me enganou, e eu comi".

Então o Senhor Deus declarou à serpente: "Já que você fez isso, maldita é você entre todos os rebanhos domésticos e entre todos os animais selvagens! Sobre o seu ventre você rastejará, e pó comerá todos os dias da sua vida.
Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar".
À mulher, ele declarou: "Multiplicarei grandemente o seu sofrimento na gravidez; com sofrimento você dará à luz filhos. Seu desejo será para o seu marido, e ele a dominará".
E ao homem declarou: "Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse, maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida.
Ela lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas do campo.
Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará".
Adão deu à sua mulher o nome de Eva, pois ela seria mãe de toda a humanidade.
O Senhor Deus fez roupas de pele e com elas vestiu Adão e sua mulher.
Então disse o Senhor Deus: "Agora o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Não se deve, pois, permitir que ele também tome do fruto da árvore da vida e o coma, e viva para sempre".
Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden para cultivar o solo do qual fora tirado
.

Gênesis 3:6-23

E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um homem.
E deu à luz mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.
E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta.
Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.
E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?
Se bem fizeres, não é certo que serás aceito
? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.
E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.
E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão?
E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra.
E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão.
Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra.
Então disse Caim ao Senhor: É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada.
Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me matará.
O Senhor, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse.

Gênesis 4:1-15

Adão teve relações com Eva, sua mulher, e ela engravidou e deu à luz Caim. Disse ela: "Com o auxílio do Senhor tive um filho homem".
Voltou a dar à luz, desta vez a Abel, irmão dele. Abel tornou-se pastor de ovelhas, e Caim, agricultor.
Passado algum tempo, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho. O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta,
mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e o seu rosto se transtornou
.
O Senhor disse a Caim: "Por que você está furioso? Por que se transtornou o seu rosto?
Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo".
Disse, porém, Caim a seu irmão Abel: "Vamos para o campo". Quando estavam lá, Caim atacou seu irmão Abel e o matou.
Então o Senhor perguntou a Caim: "Onde está seu irmão Abel? " Respondeu ele: "Não sei; sou eu o responsável por meu irmão? "
Disse o Senhor: "O que foi que você fez? Escute! Da terra o sangue do seu irmão está clamando.
Agora amaldiçoado é você pela terra, que abriu a boca para receber da sua mão o sangue do seu irmão.
Quando você cultivar a terra, esta não lhe dará mais da sua força. Você será um fugitivo errante pelo mundo"
.
Disse Caim ao Senhor: "Meu castigo é maior do que posso suportar.
Hoje me expulsas desta terra, e terei que me esconder da tua face; serei um fugitivo errante pelo mundo, e qualquer que me encontrar me matará".
Mas o Senhor lhe respondeu: "Não será assim; se alguém matar Caim, sofrerá sete vezes a vingança". E o Senhor colocou em Caim um sinal, para que ninguém que viesse a encontrá-lo o matasse.

Gênesis 4:1-15

E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.
E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.

Gênesis 6:5-8

 

E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.
Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.

Gênesis 6:12,13

 

(De Adão a Noé, aproximadamente 1056 anos)

Adão

130

Sete

105

Enos

90

Cainã

70

Maalaleel

65

Jarede

162

Enoque

65

Matusalém

187

Lameque

182

(até Noé)

1056

O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal.
Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra; e isso cortou-lhe o coração.
Disse o Senhor: "Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, os homens e também os animais grandes, os animais pequenos e as aves do céu. Arrependo-me de havê-los feito".
A Noé, porém, o Senhor mostrou benevolência.

Gênesis 6:5-8

 

E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.
Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.

Gênesis 6:12,13

Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas; da mão de todo o animal o requererei; como também da mão do homem, e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem.

Gênesis 9:5,6

A todo que derramar sangue, tanto homem como animal, pedirei contas; a cada um pedirei contas da vida do seu próximo.
"Quem derramar sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi o homem criado.

Gênesis 9:5,6

Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites.
Se disserem: Vem conosco a tocaias de sangue; embosquemos o inocente sem motivo;

Traguemo-los vivos, como a sepultura; e inteiros, como os que descem à cova;
Acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;
Lança a tua sorte conosco; teremos todos uma só bolsa!
Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas;
Porque os seus pés correm para o mal, e se apressam a derramar sangue.
Na verdade é inútil estender-se a rede ante os olhos de qualquer ave.
No entanto estes armam ciladas contra o seu próprio sangue; e espreitam suas próprias vidas.
São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a possuem.

Provérbios 1:10-19

objetos valiosos e encheremos as nossas casas com o que roubarmos;
junte-se ao nosso bando; dividiremos em partes iguais tudo o que conseguirmos! "
Meu filho, não vá pela vereda dessa gente! Afaste os pés do caminho que eles seguem,
pois os pés deles correm para fazer o mal, estão sempre prontos para derramar sangue.
Assim como é inútil estender a rede se as aves o observam,
também esses homens não percebem que fazem tocaia contra a própria vida; armam emboscadas contra eles mesmos!
Tal é o caminho de todos os gananciosos; quem assim procede se destrói
.

Provérbios 1:13-19

Imaginemos um cenário:

Das instruções de Deus em Sua Palavra, utilizaremos os 10 mandamentos e apenas 10 pessoas (5 casais) vivendo no planeta.

 

 

 

Casal 1: Uma idólatra (idolatra o marido) e um assassino;

Casal 2: Um adorador de imagens de deuses que exigem repúdio à constituição de família e uma adúltera;

Casal 3: Uma blasfema e um ladrão;

Casal 4: Um transgressor do Sábado e uma mentirosa;

Casal 5: Uma mulher que desonra pais e mães e um cobiçador.

 

A mentirosa diz ao marido que prefere ficar em casa enquanto ele trabalha aos Sábados, mas sai e é morta pelo assassino, que convence sua mulher idólatra a agir com ele, transformando-a também em assassina.

 

O ladrão percebe a casa vazia e leva tudo o que está ali, falindo o transgressor do Sábado. Este, revoltado, passa a se unir à blasfema para blasfemar contra Deus, mas descobre que o marido dela furtou sua casa,  resolve mata-lo e executa o plano até o final. A mulher do ladrão, que blasfemava com o transgressor do Sábado, passa a blasfemar ainda mais, e desejar vingança contra o assassino.

 

Em meio a toda essa confusão, o cobiçador resolve planejar como irá conseguir os bens da blasfema e do transgressor, que agora lutam entre si. Sua mulher se une ao adorador de imagem que repudia a família para mostrar que o problema de tudo é o modelo de família tradicional, e que o melhor são os relacionamentos fluidos. Ambos recebem o apoio da adúltera.

 

Os casais 2 e 5 se unem para tentar manipular os sobreviventes dos casais 3 e 4. No entanto, o cobiçador percebe que terá mais êxito se, além destes, também enganar o casal 2.

 

Os sobreviventes dos casais 3 e 4 descobrem que os casais 2 e 5 querem prejudica-los, e contratam o assassino para destruí-los. Pagam pelo serviço. Enquanto isso, a blasfema consegue ceifar a vida do transgressor do Sábado, mas é gravemente ferida e fica tetraplégica.

 

O assassino mata o casal 2, mas é morto pelo casal 5 (eles também ficam gravemente feridos).

 

No fim das contas, não foi justo que a mentirosa fosse morta, nem que o transgressor do Sábado sofresse falência, nem que o ladrão morresse...mas, ao final, tudo o que ocorreu foi resultado das próprias ações, ou das ações de terceiros.

 

Nossas ações e/ou omissões permitem o aumento ou a diminuição das injustiças (pais que abusam de filhos, filhos que abusam de pais, assassinos que ficam impunes, ladrões de um pão com mortadela que acabam mortos durante o furto, etc).

 

 

 

 

 

 

Também vi esta sabedoria debaixo do sol, que para mim foi grande:
Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou e levantou contra ela grandes baluartes;
E encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem.
Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada, e as suas palavras não foram ouvidas.
As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina entre os tolos
.
Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens.

Eclesiastes 9:13-18

Também vi debaixo do sol este exemplo de sabedoria que muito me impressionou.
Havia uma pequena cidade, de poucos habitantes. Um rei poderoso veio contra ela, cercou-a com muitos dispositivos de guerra.
Ora, naquela cidade vivia um homem pobre mas sábio, e com sua sabedoria ele salvou a cidade. No entanto, ninguém se lembrou daquele pobre
.
Por isso pensei: Embora a sabedoria seja melhor do que a força, a sabedoria do pobre é desprezada, e logo já não se dá atenção às suas palavras.
As palavras dos sábios devem ser ouvidas com mais atenção do que os gritos de quem domina sobre tolos.
A sabedoria é melhor do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muita coisa boa.

Eclesiastes 9:13-18

Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.
Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, contudo eu sei com certeza que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante dele.
Porém o ímpio não irá bem, e ele não prolongará os seus dias, que são como a sombra; porque ele não teme diante de Deus.
Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra: que há justos a quem sucede segundo as obras dos ímpios, e há ímpios a quem sucede segundo as obras dos justos. Digo que também isto é vaidade.
Então louvei eu a alegria, porquanto para o homem nada há melhor debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se; porque isso o acompanhará no seu trabalho nos dias da sua vida que Deus lhe dá debaixo do sol.
Aplicando eu o meu coração a conhecer a sabedoria, e a ver o trabalho que há sobre a terra (que nem de dia nem de noite vê o homem sono nos seus olhos);
Então vi toda a obra de Deus, que o homem não pode perceber, a obra que se faz debaixo do sol; por mais que trabalhe o homem para a descobrir, não a achará; e, ainda que diga o sábio que a conhece, nem por isso a poderá compreender.

Eclesiastes 8:11-17

Quando os crimes não são castigados logo, o coração do homem se enche de planos para fazer o mal.
O ímpio pode cometer uma centena de crimes e até ter vida longa, mas sei muito bem que as coisas serão melhores para os que temem a Deus, para os que mostram respeito diante dele.
Para os ímpios, no entanto, nada irá bem, porque não temem a Deus, e os seus dias, como sombras, serão poucos.
Há mais uma coisa sem sentido na terra: justos que recebem o que os ímpios merecem, e ímpios que recebem o que os justos merecem. Isto também, penso eu, não faz sentido.
Por isso recomendo que se desfrute a vida, porque debaixo do sol não há nada melhor para o homem do que comer, beber e alegrar-se. Sejam esses os seus companheiros no seu duro trabalho durante todos os dias da vida que Deus lhe der debaixo do sol!
Quando voltei a mente para conhecer a sabedoria e observar as atividades do homem sobre a terra, daquele cujos olhos não vêem sono nem de dia nem de noite,
então percebi tudo o que Deus tem feito. Ninguém é capaz de entender o que se faz debaixo do sol. Por mais que se esforce para descobrir o sentido das coisas, o homem não o encontrará. O sábio pode até afirmar que entende, mas, na realidade não o consegue encontrar
.

Eclesiastes 8:11-17

https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-trilema-paradoxal-epicuro-resolucao-agostiniana.htm

 

Mas afinal, como funciona o Paradoxo de Epicuro? O paradoxo de Epicuro se enquadra na retórica e na lógica como um Trilema, isto é, um problema no qual se possui 3 afirmativas, porém a existência de 2 delas necessariamente exclui a terceira. As afirmativas em pauta no Trilema de Epicuro são:

1.     Deus é Onibenevolente (absolutamente e ilimitadamente bondoso).

2.     Deus é Onisciente (tem absoluta ciência de tudo, tanto em objeto quanto em fenômeno).

3.     Deus é Onipotente (possui poder absoluto, irrestrito e ilimitado).

Agora, para encontrar o Trilema basta tentar agrupar em um caso de realidade imaginada, que considere a existência do Mal como verdadeira, as 3 afirmativas como verdadeiras, e verificar que não é possível. Observe:

1.      Se Deus é onisciente e onipotente, então possui conhecimento da existência do Mal (pela onisciência) e poder para acabar com ela (pela onipotência), logo,  se não o faz não pode ser onibenevolente, pois não estaria sendo absoluta e ilimitadamente bondoso ao permitir o Mal. Conclui-se: existindo o Mal, sendo Deus onisciente e onipotente, não pode ser onibenevolente.

2.      Se Deus é onipotente e onibenevolente, então possui poder para acabar com o Mal (pela onipotência) e desejo de assim fazer (pela onibenevolência), logo, se não o faz é porque não tem conhecimento do Mal, isto é, não possui conhecimento absoluto, assim, não é onisciente. Conclui-se: existindo o Mal, sendo Deus onipotente e onibenevolente, não pode ser onisciente.

3.      Se Deus é onisciente e onibenevolente, então possui ciência da existência do Mal (pela onisciência) e vontade de acabar com o Mal (pela onibenevolência), logo, se não o faz é porque não tem poder para tal, isto é, não possui poder ilimitado, assim, não é onipotente. Conclui-se: existindo o Mal, sendo Deus onisciente e onibenevolente, não pode ser onipotente.

Confissões, VII, 12. Santo Agostinho. Tradução de Danilo Marcondes. Textos Básicos de Filosofia. Editora Zahar. 2007.

Por Rafael Ferreira Martins

 

Desta maneira o Trilema de Epicuro teria provado que, existindo o Mal, Deus não poderia possuir suas três mais marcantes habilidades (Onipotência, Onisciência e Onibenevolência), somente duas delas, o que configura um paradoxo, enfaticamente para os monoteístas abraâmicos que pregam, como axioma e epílogo de todo seu sistema religioso, a bondade absoluta, o conhecimento total e o poder ilimitado de Deus.

Note, porém, que todo o Paradoxo do Trilema de Epícuro necessita de uma premissa aceita como válida para se sustentar: a existência do Mal. Sem a aceitação da existência do Mal não é possível erguer as inferências previamente descritas pois as questões problemáticas não se põe, observe: Se Deus é onisciente e onipotente e o Mal não existe, ele também pode ser onibenevolente, haja vista que possui ciência da inexistência do Mal, logo, não necessita atuar, por meio de sua onipotência contra ele; assim, a problematização da vigência das 3 características citadas como predicados de Deus não se colocaria.

Todavia, o comum seria assumir a existência do Mal, sim, dada a experiência com o mundo sensível-material-humano, onde crueldades aparentam ocorrer. Logo, o trilema seria válido, quando validada a existência do Mal. Agora é necessário refletir o seguinte: o que é existir? Para resumir, evitando fugirmos ao tema, é necessário compreender que nem toda existência é ontologicamente positiva, isto é, nem toda existência é verdadeira, há também pseudoexistências, ou seja, fenômenos, que não possuem algo em si, mas são nomeados ou conceituados como se fossem algo por si só, seja intencionalmente, para facilitar a comunicação, seja por descuido, não percebendo a falsidade daquilo que se conceitua.

Tais pseudoexistências são a realidade dos seres ontologicamente negativos, isto é, não existem positivamente, projetando-se, mas negativamente, na ausência. O exemplo mais simples de uma existência ontologicamente negativa (que estamos chamando de pseudoexistência) seria um buraco. Um buraco não existe como ser que se projeta, positivo, ele é, na verdade, a ausência parcial e delimitada de um ser que, por sua vez sim, se projeta. Logo, uma existência ontologicamente negativa é nada mais que a parcial e delimitada privação de projeção, ausência, de/sobre uma existência ontologicamente positiva.

Agora raciocine, se pressupormos a crença cristã de que Deus tudo criou e toda sua criação é muito boa (Gênesis, 1, 31) e somarmos a isso o fato de que não é possível extrair um Mal substancial (ontologicamente positivo/ existência verdadeira) de um universo unicamente Bom, sobram 2 alternativas de conclusão: ou ‘o Mal não existe de maneira alguma, realmente não existe tal manifestação no universo mesmo que de maneiras secundárias, sendo pura e unicamente uma ideia fictícia’, ou ‘o Mal é a existência ontologicamente negativa do Bem, isto é, o Mal é a privação, a ausência, do Bem, o não-Bem’.

Como o Mal não pode existir ontologicamente positivo na crença cristã, como vimos no parágrafo anterior, porém, seria absurdo discordar que maldades são praticadas no mundo dos humanos, como vimos mais atrás no texto, só nos resta uma conclusão: o Mal é a privação do Bem, ocorrendo somente nas práticas dos seres, pois não pode ser algo, só ocorrência. Desta maneira, o Mal é a ação corrompida daquele ser que, dotado de livre arbítrio, opta pelo não-Bem, ou seja, pelo Mal.

A argumentação desenvolvida nos últimos 2 parágrafos é, de fato, uma demonstração simplificada do argumento de Santo Agostinho sobre o Problema do Mal, apresentado em sua Magnum opus “Confissões”, no decorrer do capítulo 12 do livro VII. Agora, você poderia questionar o porquê de um Deus onisciente, onipotente e onibenevolente dotar criaturas de livre arbítrio, de maneira que estas possam optar pelo não-Bem. Se você realizou tal reflexão, meus parabéns, você já alcançou a próxima problemática filosófica agostiniana (que segue logicamente esta trabalhada neste artigo educativo) que é o Problema do Livre Arbítrio, porém, este já é um outro assunto para um outro artigo...

Enfim, compreendemos o Trilema Paradoxal de Epicuro e a Resolução de Santo Agostinho para o mesmo problema, enfatizando que os dois não dialogam em desenvolvimento entre si, visto que seu embate está na premissa da existência do Mal. Agostinho nega a existência substancial do Mal, o que invalidaria o Trilema de Epicuro. Epicuro, por sua vez, afirma a existência real do Mal, o que invalidaria o argumento resolutivo de Santo Agostinho para o problema do Mal. Conclui-se: a lógica de Agostinho é tão válida quanto a de Epicuro (vice-versa), a questão filosófica aqui em debate está no juízo da premissa “existência do Mal” e a justificativa de escolha pela sua validação ou invalidação como verdade.

Bibliografia: 

The Problem of Evil. Michael Tooley. 2010. The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Edward N. Zalta

 

ALVIN PLANTINGA: SOBRE O PROBLEMA LÓGICO DO MAL Emerson Martins Soares64 Universidade Federal de Pelotas

 

Pois, dizem tais filósofos, um ser onipotente seria capaz de prevenir o mal, um ser onisciente conheceria toda forma de mal, e um ser sumamente bom preveniria todo mal que conhecesse. A conclusão óbvia disso é que, se há um ser com esses atributos, então não deve haver mal no mundo. Mas há mal no mundo, portanto, não existe tal ser como Deus”

 

Um mundo contendo criaturas que são, de vez em quando significantemente livres (e, livremente, realizam, de modo quantitativo, mais ações boas do que más) é mais valoroso, se todo o resto for igual, que um mundo sem nenhuma criatura de fato livre. Não obstante, Deus poderia criar criaturas livres, mas Ele não pode causar que elas façam somente o que é correto. Se Ele assim fizesse, então elas não seriam, de fato, significantemente livres; elas não fariam o que é correto livremente. Portanto, para criar criaturas capazes de criar bem moral, Ele deve criar criaturas capazes de mal moral e não pode deixar essas criaturas livres para realizar o mal, e ao mesmo tempo, impedi-las de fazer tal coisa. De fato, Deus cria seres significantemente livres, mas alguns deles erram no exercício da sua liberdade: esta é a origem do mal moral. O fato de essas criaturas livres, algumas vezes, errarem não depõe nem contra a onipotência de Deus, nem contra sua bondade; Ele, pois, somente poderia impedir a ocorrência do mal moral, eliminando a possibilidade do bem moral. (PLANTINGA, 1974, p. 166-167)”

 

“Dada apenas a possibilidade de que existem criaturas-agentes livres, podemos dizer que existem vários mundos possíveis que incluem a existência de Deus e que também incluem um estado de coisas contingente S tal que não há um momento de tempo no qual Deus pode atualizar S. Portanto (...), existem muitos mundos possíveis que Deus não poderia ter atualizado, embora eles incluam sua existência: todos aqueles mundos contendo um estado de coisas com um agente livremente realizando ou livremente se abstendo de realizar uma ação. Visto que um mundo contendo bem moral é um mundo com tais características, Deus não poderia ter atualizado nenhum mundo contendo bem moral; a fortiori, Ele não poderia ter atualizado um mundo contendo bem moral, mas sem nenhum mal moral. (PLANTINGA, 1974, p. 171).”

Cabe ainda dizer que a defesa do livre-arbítrio que Plantinga faz como descrita neste trabalho e de forma mais completa e acurada em suas obras The Nature of Necessity e God, Freedom and Evil, tem sido tradicionalmente, desde sua data de publicação em meados dos 70, considerada por muitos filósofos, dentre eles William Rowe (o famoso proponente do argumento evidencialista do mal), como bem sucedida, o que explica o abandono do desenvolvimento e análise de argumentos lógicos do mal e a concentração em argumentos evidencialistas, nas bases do trabalho de Rowe, que são aqueles que consideram o mal natural

 

 

https://filosofianaescola.com/metafisica/problema-do-livre-arbitrio/

 

 


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