Então Jesus, o Messias, ensinou que se um mandamento dado pelo próprio Deus for desobedecido (o Sábado foi dado pelo próprio Deus), profanado, quebrado, isso faz dele um mandamento desnecessário? Logo, ele não foi tentado como nós, sem pecado, visto que transgredir o Sábado era pecado e Ele, na visão de muitos, não somente transgrediu, mas incentivou outros a continuar na transgressão.
Ou ele apenas quis dizer que eles trabalham/trabalhavam aos Sábados ininterruptamente (mostrando que há ações que não podem ser interrompidas no Sábado), ou Ele ensinou que se os sacerdotes transgredirem, então está liberado, pois ficam sem culpa (e onde estaria escrito que eles transgridem o Sábado e que Deus não imputava a eles culpa?). O trabalho dos sacerdotes aos Sábados não era transgressão, visto que o próprio Deus ordenou que trabalhassem, assim como as punições determinadas pelo ETERNO não eram transgressões, visto que Ele próprio as determinou.
O Messias que viria exaltar a Lei, confirmar a Aliança em que a Lei é posta no coração (mas que lei, se a lei não salva e, consequentemente, pelo raciocínio apresentado, como o Cristianismo não imputa mais culpa pela transgressão de pecado algum, nenhum precisa ser obedecido, por este raciocínio apresentado?).
Jeremias diz que na Aliança Deus insere a Lei no coração, os cristãos (maioria deles) dizem que Jesus é a lei e, portanto (sem base alguma nos livros de Gênesis a Malaquias), Sua morte leva à ausência de necessidade de obediência. Deus diz em Deuteronômio 30 que a Lei não é difícil de guardar, e que estaria no coração, os cristãos dizem que e Lei é impossível de guardar.
Deus diz que Sua lei é para vida, os cristãos dizem que era para morte. Deus diz que comer determinadas coisas é abominação, mas os cristãos dizem que alguém teria recebido por revelação (nem andou com Jesus) a informação de que não seria mais abominação. Também dizem que Pedro teve uma visão após a morte de Jesus e isso teria confirmado que aquilo que Deus não considerou alimentos ao proibir que fossem comidos se tornassem algo utilizável como alimento, mesmo que os livros de Gênesis a Malaquias ensinem que comer coisas imundas é tão abominável quanto outros pecados. E o pior é que Pedro reconhece que a visão não é para tornar coisas abomináveis alimentos, mas para não considerar homem algum comum ou imundo. E quando Jesus fala sobre a purificação por lavagem das mãos, está falando a um público que não come animais imundos e, portanto, falando ao homem temente a Deus, ou seja, não haveria necessidade, no caso, da lavagem ritualística das mãos, e os alimentos que Deus permite comer são puros, logo, não há o que purificar.
Mas e se Jesus tivesse ensinado realmente o que dizem? Simplesmente não teria (ou não terá) sido o Messias, porque o Messias vem para exaltar a Lei, e dizer que é o sacrifício substituto de animais é bem diferente de dizer que pode comer qualquer coisa, que não precisa descansar aos Sábados, que uma Lei dada precisa ser repetida para valer (ou seja, só vale o que o "NT" disser explicitamente que não pode ser feito, e ainda assim com resrições: se Jesus disser algo comprometedor à doutrina deles, é só dizer que Ele só falou porque ainda não tinha morrido, mas Ele não havia morrido ainda e Eles defendem que já havia anulado o Sábado, as penas capitais, as leis sobre alimentos e não alimentos, e por aí afora...
E é interessante que Paulo, que não foi apóstolo (mas se considerou como tal para receber o direito de trabalhar exclusivamente pelo evangelho), diz em Romanos 14:21: "21 Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.". Então a regra é não julgar pelo comer, mas também não comer se escandalizar ou enfraquecer o irmão. Mas de onde ele tirou isso? Não foi das Escrituras de Gênesis a Malaquias, nem da fala de Jesus mostrada nos evangelhos.
Deus diz para não comer, mas Jesus teria dito que por entrar no ventre e ir para lugar escuso seria puro (na interpretação da maioria), contradizendo o que o próprio Deus disse sobre não comer aqueles alimentos. Paulo diz em Romanos 14:14 que nada é de si mesmo imundo, mas Deus utiliza características físicas dos animais para determinar puro e imundo (ou seja, seria, sim um conjunto de coisas impuras de si mesmas, e se Deus chama de imundo, para Ele é imunda, e quem teria autoridade para falar o contrário do que Deus mostra?).
E o que seria fazer do próprio estômago/ventre um deus: comer o que quiser, mesmo contra a ordem de Deus a Seu servo Moisés (pois todos precisam comer, e não há motivo para dizer que isso era só para os judeus, sendo que no início de tudo, nem carne os seres humanos comiam, mostrando que não foi dada inicialmente como alimento), ou deixar de comer algo porque Deus determinou assim, deixando de satisfazer o estômago pela vontade de Deus? Gênesis a Malaquias é ou apenas contém parte da palavra de Deus?
Qual o motivo de arbitrariamente chamar estes livros de Antigo Testamento e os considerarem livros de segunda categoria, negando o que está neles para satisfazer ou uma interpretação errada do que Jesus e Paulo ensinaram, ou um conjunto de falas não inspiradas de Jesus e Paulo, se a interpretação que praticamente anula quase tudo o que Deus deu a Moisés estiver correta? Sendo Jesus o Messias, teria ensinado a rejeitar tudo isso, realmente? Baseado em que conjunto de passagens de Gênesis a Malaquias?
Que Messias é esse que vem morrer sem pecado e transgride o Sábado, vem morrer sem pecado mas Ele determina ao seu bel prazer o que é mandamento e o que não é (assim ficaria fácil, não é?), que vem ser o sacrifício perfeito mas transgride o que achar que não é mandamento, sem base alguma nos livros de Gênesis a Malaquias, e ao mesmo tempo diz que não veio anular nem a Lei nem os Profetas (e, consequentemente, os escritos), mas cumprir, e ao mesmo tempo diz que ainda que o céu e a Terra passem, nada será omitido da lei, sem ser cumprido
(aí os cristãos dizem que ele é o Sábado, e não precisa guardar o Sábado e nem descansar, dormir, pois afinal de contas, ele é o descanso, pelo mesmo raciocínio): ou seja, ele é Pai, e não precisamos mais honrar pai, pois não temos mais pai (por este raciocínio); Ele é o noivo, e a mulher não precisa (nem pode) mais ter noivo e, consequentemente, casar (estaria em adultério tendo dois noivos); ele é a nossa Paz, e não precisamos mais ter paz uns com os outros; Ele é a Vida (eita, aí fica complicado); Ele é o pão, a verdadeira comida e bebida (não precisamos mais comer)...
triste como pessoas usurpam livros que não lhes pertencem para dizer que o Deus que inspirou Gênesis a Malaquias teria vindo e cancelado quase tudo, mas ao mesmo tempo dizerem que vale dar ofertas, dízimos, guardar nove dos dez mandamentos das tábuas, dizer que os mandamentos do livro da Lei (que incluem não fazer negócio fraudulento, não seguir a multidão para fazer o mal...) não precisam ser guardados porque Jesus morreu para libertar do pecado (muito contraditório).
E pior, dizerem que uma Lei dada pelo próprio Deus teria que ser repetida após a morte do Messias prometido nos livros de Gênesis a Malaquias para valer, que uma pessoa que nem andou com Jesus teria autoridade para determinar o que deve ou não ser guardado, que o Messias prometido viria anular (é isso o que entendem por cumprir, na prática) quase tudo na Lei, sem ter a mínima base para isso nos livros de Gênesis a Malaquias.
Aliança em Jeremias 31:
"1 Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.
32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.
33 Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
34 E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.
35 Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome.
36 Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre.
37 Assim disse o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor."
1 - A aliança é com a casa de Israel e com a casa de Judá;
2 - A Aliança fala em colocar a Lei no interior (assim como em Deuteronômio 30), e não em anular a Lei ou quase tudo o que existe nela, e nem em necessidade de se confirmar mandamentos na Nova/Renovada Aliança para que valham;
3 - Fala que a descendência de Israel jamais será rejeitada;
https://www.bibliaonline.com.br/acf/ez/18/31+
Ezequiel 18:
"26 Desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na iniquidade, que cometeu, morrerá.
27 Mas, convertendo-se o ímpio da impiedade que cometeu, e procedendo com retidão e justiça, conservará este a sua alma em vida.
28 Pois que reconsidera, e se converte de todas as suas transgressões que cometeu; certamente viverá, não morrerá.
29 Contudo, diz a casa de Israel: O caminho do Senhor não é direito. Porventura não são direitos os meus caminhos, ó casa de Israel? E não são tortuosos os vossos caminhos?
30 Portanto, eu vos julgarei, cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Tornai-vos, e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniquidade não vos servirá de tropeço.
31 Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e fazei-vos um coração novo e um espírito novo; pois, por que razão morreríeis, ó casa de Israel?
32 Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor Deus; convertei-vos, pois, e vivei.
1 - Obediência à Lei pelo poder de Deus é vida, e não morte;
2 - O texto fala em se converter de todas as transgressões, arrepender-se de todo mal, confirmando Deuteronômio 30, que diz:
"10 Quando deres ouvidos à voz do Senhor teu Deus, guardando os seus mandamentos e os seus estatutos, escritos neste livro da lei, quando te converteres ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma. 11 Porque este mandamento, que hoje te ordeno, não te é encoberto, e tampouco está longe de ti. 12 Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? 13 Nem tampouco está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar, para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? 14 Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires."
"15 Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal; 16 Porquanto te ordeno hoje que ames ao Senhor teu Deus, que andes nos seus caminhos, e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, para que vivas, e te multipliques, e o Senhor teu Deus te abençoe na terra a qual entras a possuir. 17 Porém se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido para te inclinares a outros deuses, e os servires, 18 Então eu vos declaro hoje que, certamente, perecereis; não prolongareis os dias na terra a que vais, passando o Jordão, para que, entrando nela, a possuas; 19 Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, 20 Amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz, e achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias; para que fiques na terra que o Senhor jurou a teus pais, a Abraão, a Isaque, e a Jacó, que lhes havia de dar."
1 - Conversão envolve obediência à Lei;
2 - Conforme o verso 6 do capítulo 30, isso envolve também amar a Deus de todo o coração e alma, para viver, e não é, portanto, símbolo de morte;
3 - A desobediência é que significa morte, e não os mandamentos/estatutos/juízos/caminhos de Deus;
4 - Os mandamentos/estatutos/juízos/caminhos não estão distantes (impossíveis de se obedecer), mas perto, possíveis de obediência;
5 - Escolher a vida é escolher a obediência, escolher a morte é escolher a desobediência;
6 - Os céus e a terra tomados por testemunhas se mantêm para nos lembrar da necessidade de escolher a obediência aos mandamentos, e não para ensinarmos que quase todos foram anulados, principalmente o que tem como uma de suas bases a própria cessação de atividade de Deus na criação.
(Gênesis 2:1-3: "1 Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.
2 E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
3 E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.";
Êxodo 20:8-11: "8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. 10 Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. 11 Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou."
1- Deus cessou Suas atividades no sétimo dia e, por isso, abençoou e santificou este dia: se Ele abençoou/santificou, obviamente é para o ser humano fazer o mesmo, ou seja, o Sábado é consagrado à cessação de atividades/descanso, assim como os outros 6 dias são consagrados ao trabalho/demais atividades;
2 - Êxodo diz que ´sétimo dia é o Sábado/Descanso do SENHOR teu Deus, e que Ele descansou ao Sétimo dia e por isso o abençoou e santificou, vinculando tal motivo como uma das razões para o descanso sabático.
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