https://www.bibliaonline.com.br/acf+ntlh/ap/13 1 E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que
tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e
sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. 2 E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus
pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu
poder, e o seu trono, e grande poderio. 3 E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a
sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. 4 E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e
adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar
contra ela? 5 E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas
e blasfêmias [alia-se o verbal ao visual]; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses. 6 E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para
blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. 7 E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e
vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. 8 E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra,
esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi
morto desde a fundação do mundo. 9 Se alguém tem ouvidos, ouça. 10 Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se
alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a
paciência e a fé dos santos. 11 E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres
semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. 12 E exerce todo o poder da primeira besta na sua
presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta,
cuja chaga mortal fora curada. 13 E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz
descer do céu à terra, à vista dos homens. 14 E engana os que habitam na terra com sinais que lhe
foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na
terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. 15 E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da
besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos
todos os que não adorassem a imagem da besta. 16 E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres,
livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas
testas, 17 Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele
que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. 18 Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento,
calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é
seiscentos e sessenta e seis. |
Os dois monstros 1 Depois vi
um monstro que subia do mar. Ele tinha dez chifres e sete cabeças, uma coroa
em cada um dos chifres e nomes, que eram blasfêmias [ visual], escritos nas
cabeças.2 O monstro que vi parecia um leopardo; os seus pés
eram como os de um urso, e a sua boca era como a de um leão. E ao monstro o
dragão deu o seu poder, o seu trono e grande autoridade.3 Uma
das cabeças do monstro parecia que tinha recebido um golpe mortal, mas a
ferida havia sarado. O mundo inteiro ficou admirado e seguiu o monstro.4 Todos
adoravam o dragão porque ele tinha dado a sua autoridade ao monstro. Eles
adoravam também o monstro, dizendo: — Quem é tão forte como o monstro? Quem pode lutar contra ele? 5 Foi
permitido ao monstro se gabar da sua autoridade e dizer blasfêmias contra
Deus. E ele recebeu autoridade para agir durante quarenta e dois meses .6 Ele
começou a blasfemar contra Deus, contra o seu nome, contra o lugar onde ele
mora e contra todos os que vivem no céu.7 Foi permitido que
ele lutasse contra o povo de Deus e o vencesse. E também recebeu autoridade
sobre todas as tribos, nações, línguas e raças.8 Todos os que
vivem na terra o adorarão, menos aqueles que, desde antes da criação do
mundo, têm o nome escrito no Livro da Vida , o qual pertence ao Cordeiro, que
foi morto.9 Portanto, se vocês quiserem ouvir, escutem bem
isto:10 Quem tem de ser preso será preso; quem tem de ser
morto pela espada será morto pela espada. Isso exige que o povo de Deus aguente o sofrimento com paciência e
seja fiel. 11 Então vi
outro monstro, que subia da terra. Ele tinha dois chifres parecidos com os de
um carneiro, mas falava como um dragão.12 Usava toda a
autoridade do primeiro monstro, na sua presença. Forçava a terra e todos os
que moram nela a adorarem o primeiro monstro, aquele cuja ferida mortal havia
sido curada.13 Esse segundo monstro fez coisas espantosas.
Fez com que caísse fogo do céu sobre a terra, na presença de todas as
pessoas.14 E enganou todos os povos da terra, por meio das
coisas que lhe foi permitido fazer na presença do primeiro monstro. O segundo
monstro disse a todos os povos do mundo que fizessem uma imagem em honra ao
outro monstro, que havia sido ferido pela espada e não havia morrido.15 O
segundo monstro recebeu poder de soprar vida na imagem do primeiro, para que
ela pudesse falar e matar todos os que não a adorassem.16 Ele
obrigou todas as pessoas, importantes e humildes, ricas e pobres, escravas e
livres, a terem um sinal na mão direita ou na testa.17 Ninguém
podia comprar ou vender, a não ser que tivesse esse sinal, isto é, o nome do
monstro ou o número do nome dele. 18 Isso exige sabedoria. Quem é inteligente pode descobrir o que o número
do monstro quer dizer, pois o número representa o nome de um ser humano. O
seu número é seiscentos e sessenta e seis. |
https://www.bibliaonline.com.br/acf+ntlh/ap/12 E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a
lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. 2 E estava
grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz. 3 E viu-se
outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete
cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. 4 E a sua
cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a
terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que,
dando ela à luz, lhe tragasse o filho. 5 E deu à
luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu
filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. 6 E a
mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que
ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. 7 E houve
batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e
batalhavam o dragão e os seus anjos; 8 Mas não
prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. 9 E foi
precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás,
que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram
lançados com ele. 10 E ouvi
uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o
reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos
irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. 11 E eles o
venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não
amaram as suas vidas até à morte. 12 Por isso
alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e
no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem
pouco tempo. 13 E, quando
o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o
filho homem. 14 E foram
dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao
seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo,
fora da vista da serpente. 15 E a
serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela
corrente a fizesse arrebatar. 16 E a terra
ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão
lançara da sua boca. 17 E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente
da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de
Jesus Cristo. |
A mulher e o dragão 1 Então
apareceu no céu um grande e misterioso sinal. Era uma mulher. O seu vestido
era o sol, debaixo dos seus pés estava a lua, e ela usava na cabeça uma coroa
que tinha doze estrelas.2 A mulher estava grávida e gritava
com dores de parto. 3 E
apareceu no céu outro sinal: era um enorme dragão vermelho com sete cabeças e
dez chifres e com uma coroa em cada cabeça.4 Com a cauda ele
arrastou do céu a terça parte das estrelas e as jogou sobre a terra. Depois
parou diante da mulher grávida a fim de comer a criança logo que ela
nascesse.5 Então a mulher deu à luz um filho, que governará
todas as nações com uma barra de ferro. Mas a criança foi tirada e levada
para perto de Deus e do seu trono.6 A mulher fugiu para o
deserto, onde Deus havia preparado um lugar para ela. Ali ela será sustentada
durante mil duzentos e sessenta dias. 7 Depois
houve guerra no céu. Miguel e os seus anjos lutaram contra o dragão, que
combateu junto com os seus anjos.8 Mas o dragão foi vencido,
e por isso ele e os seus anjos não puderam mais ficar no céu.9 O
enorme dragão foi lançado fora do céu. Ele é aquela velha cobra, chamada
Diabo ou Satanás, que leva todas as pessoas do mundo a pecar. Ele foi jogado
sobre a terra, e os seus anjos também foram jogados junto com ele. 10 Então
ouvi uma voz forte no céu, que dizia: — Agora chegou a salvação de Deus! Agora Deus mostrou o seu poder como
rei! Agora o Messias que ele escolheu mostrou a sua autoridade!
Pois o acusador dos nossos irmãos, que estava diante de Deus para acusá-los
dia e noite, foi jogado fora do céu.11 Os nossos irmãos o
derrotaram por meio do sangue do Cordeiro e da mensagem que anunciaram. Eles
estavam prontos para dar a sua vida e morrer.12 Portanto, ó
céu e todos vocês que vivem nele, alegrem-se! Mas ai da terra e do mar! Pois
o Diabo desceu até vocês e ele está muito furioso porque sabe que tem somente
um pouco mais de tempo para agir. 13 Quando o dragão viu que tinha sido jogado sobre a terra, começou a
perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino.14 Porém a
mulher recebeu as duas asas de uma grande águia para poder voar para o seu
lugar no deserto, onde ela será sustentada durante três anos e meio , livre
do ataque do dragão.15 Então o dragão lançou água da sua
boca, como se fosse um rio, atrás da mulher, para que ela fosse arrastada
pelas águas.16 Mas a terra ajudou a mulher, pois a própria
terra abriu a boca e engoliu a água que tinha saído da boca do dragão.17 O
dragão ficou furioso com a mulher e foi combater contra o resto dos
descendentes dela, isto é, aqueles que obedecem aos mandamentos de Deus e são
fiéis à verdade revelada por Jesus.18 E o dragão ficou de pé
na praia. |
https://www.bibliaonline.com.br/acf+ntlh/dn/7 No
primeiro ano de Belsazar, rei de babilônia, teve Daniel um sonho e visões da
sua cabeça quando estava na sua cama; escreveu logo o sonho, e relatou a suma
das coisas. 2 Falou
Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os
quatro ventos do céu agitavam o mar grande. 3 E quatro
animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. 4 O
primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe
arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem, e
foi-lhe dado um coração de homem. 5 Continuei
olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se
levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e
foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. 6 Depois
disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e
tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também este animal quatro
cabeças, e foi-lhe dado domínio. 7 Depois
disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal,
terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro;
ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era
diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. 8 Estando
eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno,
diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste
chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. 9 Eu
continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se
assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a
pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. 10 Um rio de
fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões
de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os
livros. 11 Então
estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia;
estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito, e entregue
para ser queimado pelo fogo; 12 E, quanto
aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes prolongada a
vida até certo espaço de tempo. 13 Eu estava
olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como
o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. 14 E foi-lhe
dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e
línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o
seu reino tal, que não será destruído. 15 Quanto a
mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha
cabeça me perturbaram. 16 Cheguei-me
a um dos que estavam perto, e pedi-lhe a verdade acerca de tudo isto. E ele
me disse, e fez-me saber a interpretação das coisas. 17 Estes
grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra. 18 Mas os
santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre, e de
eternidade em eternidade. 19 Então
tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era
diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro e as
suas unhas de bronze; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que
sobrava; 20 E também
a respeito dos dez chifres que tinha na cabeça, e do outro que subiu, e
diante do qual caíram três, isto é, daquele que tinha olhos, e uma boca que
falava grandes coisas, e cujo parecer era mais robusto do que o dos seus
companheiros. 21 Eu
olhava, e eis que este chifre fazia guerra contra os santos, e prevaleceu
contra eles. 22 Até que
veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o
tempo em que os santos possuíram o reino. 23 Disse
assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de
todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em
pedaços. 24 E, quanto
aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles
se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três
reis. 25 E
proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e
cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um
tempo, e tempos, e a metade de um tempo. 26 Mas o
juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para
o desfazer até ao fim. 27 E o
reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão
dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e
todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. 28 Aqui terminou o assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos
muito me perturbaram, e mudou-se em mim o meu semblante; mas guardei o
assunto no meu coração. |
A visão dos quatro monstros 1 Certa
noite, durante o primeiro ano de Belsazar como rei da Babilônia, Daniel se
deitou na sua cama e sonhou e no sonho teve visões. Quando acordou, ele
escreveu aquilo que tinha sonhado.2 Aqui está o que ele
escreveu: No sonho que tive naquela noite, eu vi os ventos soprando de todas as
direções e agitando as águas do mar imenso .3 De repente,
saíram do mar quatro monstros enormes, diferentes uns dos outros.4 O
primeiro parecia um leão, mas tinha asas de águia. Enquanto eu olhava, as
suas asas foram arrancadas, e ele foi posto de pé para que andasse como
homem. E foi dada a ele uma mente humana. 5 O segundo
monstro era parecido com um urso. Ele se levantou nas patas de trás e
segurava três costelas na boca. E uma voz lhe dizia: "Vá e coma muita
carne." 6 Depois,
vi o terceiro monstro, e este era parecido com um leopardo. Ele tinha quatro
cabeças e nas costas tinha quatro asas, como asas de ave. A este animal foi
dada a autoridade para reinar. 7 O quarto
monstro que vi naquela visão era terrível, espantoso e muito forte. Tinha
enormes dentes de ferro e com eles despedaçava e devorava as suas vítimas; o
que sobrava ele esmagava com as patas. Esse monstro era diferente dos outros
três e tinha dez chifres.8 Eu estava olhando os chifres com
atenção e notei outro chifre, menor, que nasceu entre os outros. Três chifres
foram arrancados para dar lugar a esse chifre menor, que tinha olhos, como os
de gente, e uma boca que falava com muito orgulho. A visão de Deus 9 Continuei
olhando e vi que foram postos alguns tronos. Num deles, assentou-se aquele
que sempre existiu. A sua roupa era branca como a neve, e os seus cabelos
eram brancos como a lã. O trono e as suas rodas pareciam labaredas de fogo,10 e
de um lugar em frente do trono saía um rio de fogo. Havia ali milhares de
pessoas que adoravam aquele que estava sentado no trono, e muitos milhões
estavam de pé na presença dele. Começou o julgamento, e foram abertos os
livros. 11 Continuei
olhando, pois o chifre pequeno ainda estava dizendo palavras orgulhosas. E vi
quando o quarto monstro foi morto; e o seu corpo foi despedaçado e jogado no
fogo.12 Quanto aos outros monstros, o poder que tinham foi
tirado deles, mas não foram mortos; foi dado a eles mais um pouco de tempo
para viverem. 13 Na mesma
visão que tive naquela noite, vi um ser parecido com um homem, que vinha
entre as nuvens do céu. Ele foi até o lugar onde estava aquele que sempre
existiu e foi apresentado a ele.14 Deram-lhe o poder, a honra
e a autoridade de rei, a fim de que os povos de todas as nações, línguas e
raças o servissem. O seu poder é eterno, e o seu reino não terá fim. A explicação das visões 15 As visões
me espantaram, e eu fiquei preocupado com o que tinha visto.16 Cheguei
perto de um dos que estavam ali e pedi que me explicasse o que eu tinha
visto. Então ele explicou assim: 17 — Os
quatro monstros enormes são quatro reis que vão dominar o mundo.18 Mas
o reino será dado ao povo do Deus Altíssimo, e esse povo reinará para sempre. 19 Eu quis
saber também a explicação a respeito do quarto monstro, que era diferente dos
outros três, que era terrível e tinha dentes de ferro e unhas de bronze, que
despedaçava e devorava as suas vítimas e que esmagava com as patas aquilo que
sobrava.20 Pedi também que me explicasse os dez chifres que
esse monstro tinha na cabeça e o outro chifre que havia crescido, derrubando
três chifres; esse chifre, que parecia mais forte do que os outros, tinha
olhos e uma boca que falava com muito orgulho.21 Enquanto eu
olhava, esse chifre começou a lutar contra o povo de Deus e estava vencendo,22 até
que chegou aquele que sempre existiu. Ele julgou a favor do povo do Deus
Altíssimo, pois havia chegado o tempo de esse povo começar a reinar. 23 A
explicação que recebi foi esta: — O quarto monstro é um rei, e o reino dele será bem diferente dos
outros. Ele conquistará o mundo inteiro, destruirá todas as nações e as
deixará arrasadas.24 Os dez chifres representam dez reis que
governarão esse reino. Depois deles, aparecerá outro rei que será diferente
dos primeiros; ele derrotará três reis.25 Ele falará contra
Deus e perseguirá o povo do Deus Altíssimo. Procurará mudar
a Lei de Deus e os tempos das festas religiosas. O povo de Deus
será dominado por ele durante três anos e meio.26 Mas depois
disso o tribunal o condenará, e assim ele perderá o seu reino, e o seu poder
acabará para sempre.27 Mas o reino, o poder e
a glória serão dados ao povo do Deus Altíssimo, e eles governarão o
mundo inteiro para sempre; todos os outros povos os servirão, todos lhes
obedecerão. 28 Aqui termina a explicação. Eu continuei muito preocupado com os meus
pensamentos, e o meu rosto ficou pálido. Mas eu não disse nada a ninguém. |
https://www.bibliaonline.com.br/acf+ntlh/dn/2 1 E no segundo ano do reinado de Nabucodonosor, Nabucodonosor teve
sonhos; e o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o sono. 2 Então o rei mandou chamar os magos, os astrólogos, os encantadores e
os caldeus, para que declarassem ao rei os seus sonhos; e eles vieram e se
apresentaram diante do rei. 3 E o rei lhes disse: Tive um sonho; e para saber o sonho está
perturbado o meu espírito. 4 E os caldeus disseram ao rei em aramaico: Ó rei, vive eternamente!
Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação. 5 Respondeu o rei, e disse aos caldeus: O assunto me tem escapado; se
não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e
as vossas casas serão feitas um monturo; 6 Mas se vós me declarardes o sonho e a sua interpretação, recebereis de
mim dádivas, recompensas e grande honra; portanto declarai-me o sonho e a sua
interpretação. 7 Responderam segunda vez, e disseram: Diga o rei o sonho a seus servos,
e daremos a sua interpretação. 8 Respondeu o rei, e disse: Percebo muito bem que vós quereis ganhar
tempo; porque vedes que o assunto me tem escapado. 9 De modo que, se não me fizerdes saber o sonho, uma só sentença será a
vossa; pois vós preparastes palavras mentirosas e perversas para as
proferirdes na minha presença, até que se mude o tempo; portanto dizei-me o
sonho, para que eu entenda que me podeis dar a sua interpretação. 10 Responderam os caldeus na presença do rei, e disseram: Não há ninguém
sobre a terra que possa declarar a palavra ao rei; pois nenhum rei há, grande
ou dominador, que requeira coisas semelhantes de algum mago, ou astrólogo, ou
caldeu. 11 Porque o assunto que o rei requer é difícil; e ninguém há que o possa
declarar diante do rei, senão os deuses, cuja morada não é com a carne. 12 Por isso o rei muito se irou e enfureceu; e ordenou que matassem a
todos os sábios de babilônia. 13 E saiu o decreto, segundo o qual deviam ser mortos os sábios; e
buscaram a Daniel e aos seus companheiros, para que fossem mortos. 14 Então Daniel falou avisada e prudentemente a Arioque, capitão da
guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios de babilônia. 15 Respondeu, e disse a Arioque, capitão do rei: Por que se apressa tanto
o decreto da parte do rei? Então Arioque explicou o caso a Daniel. 16 E Daniel entrou; e pediu ao rei que lhe desse tempo, para que lhe
pudesse dar a interpretação. 17 Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias,
Misael e Azarias, seus companheiros; 18 Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a
fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o
restante dos sábios da Babilônia. 19 Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então
Daniel louvou o Deus do céu. 20 Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a
eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; 21 E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os
reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. 22 Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e
com ele mora a luz. 23 Ó Deus de meus pais, eu te dou graças e te louvo, porque me deste
sabedoria e força; e agora me fizeste saber o que te pedimos, porque nos
fizeste saber este assunto do rei. 24 Por isso Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído
para matar os sábios de babilônia; entrou, e disse-lhe assim: Não mates os
sábios de babilônia; introduze-me na presença do rei, e declararei ao rei a
interpretação. 25 Então Arioque depressa introduziu a Daniel na presença do rei, e
disse-lhe assim: Achei um homem dentre os cativos de Judá, o qual fará saber
ao rei a interpretação. 26 Respondeu o rei, e disse a Daniel (cujo nome era Beltessazar): Podes
tu fazer-me saber o sonho que tive e a sua interpretação? 27 Respondeu Daniel na presença do rei, dizendo: O segredo que o rei
requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem declarar
ao rei; 28 Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez
saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias; o teu
sonho e as visões da tua cabeça que tiveste na tua cama são estes: 29 Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos, acerca do
que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os mistérios te fez
saber o que há de ser. 30 E a mim me foi revelado esse mistério, não porque haja em mim mais
sabedoria que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse
saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração. 31 Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta estátua,
que era imensa, cujo esplendor era excelente, e estava em pé diante de ti; e
a sua aparência era terrível. 32 A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus
braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; 33 As pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro. 34 Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão,
a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. 35 Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o
ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os
levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a
estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra. 36 Este é o sonho; também a sua interpretação diremos na presença do rei. 37 Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o
poder, a força, e a glória. 38 E onde quer que habitem os filhos de homens, na tua mão entregou os
animais do campo, e as aves do céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu
és a cabeça de ouro. 39 E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um
terceiro reino, de bronze, o qual dominará sobre toda a terra. 40 E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro, esmiúça e
quebra tudo; como o ferro que quebra todas as coisas, assim ele esmiuçará e
fará em pedaços. 41 E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de
oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele
alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de
lodo. 42 E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro,
assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. 43 Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo,
misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como
o ferro não se mistura com o barro. 44 Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não
será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e
consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, 45 Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio
de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o
grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e
fiel a sua interpretação. 46 Então o rei Nabucodonosor caiu sobre a sua face, e adorou a Daniel, e
ordenou que lhe oferecessem uma oblação e perfumes suaves. 47 Respondeu o rei a Daniel, e disse: Certamente o vosso Deus é Deus dos
deuses, e o Senhor dos reis e revelador de mistérios, pois pudeste revelar
este mistério. 48 Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas,
e o pôs por governador de toda a província de babilônia, como também o fez
chefe dos governadores sobre todos os sábios de babilônia. 49 E pediu
Daniel ao rei, e constituiu ele sobre os negócios da província de babilônia a
Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na porta do rei. |
O sonho de Nabucodonosor 1 No
segundo ano de Nabucodonosor como rei da Babilônia, ele teve uns sonhos que o
deixaram tão preocupado, que não podia dormir.2 Então mandou
chamar os sábios, os adivinhos, os feiticeiros e os astrólogos, para que eles
explicassem os sonhos. Quando chegaram e se apresentaram diante do rei,3 ele
lhes disse: — Tive um sonho que me deixou muito preocupado e não vou ficar
sossegado enquanto não souber o que ele quer dizer. 4 Eles
disseram ao rei na língua aramaica : — Que o rei viva para sempre! Pedimos que o senhor nos conte o sonho e
aí nós lhe diremos o que ele quer dizer. 5 Mas o rei
respondeu: — Eu já resolvi que vocês têm de me contar o sonho e também explicar o
que ele quer dizer. Se não puderem fazer isso, vocês serão todos cortados em
pedaços, e as suas casas serão completamente arrasadas.6 Mas,
se me contarem o sonho e explicarem o que ele quer dizer, eu lhes darei
presentes, prêmios e muitas honras. Portanto, digam o que foi que eu sonhei e
o que o sonho quer dizer. 7 E todos
os sábios disseram de novo: — Conte o senhor o sonho, e aí nós lhe diremos o que ele quer dizer. 8 Mas o rei
insistiu: — Eu sei o que vocês estão fazendo. Estão é procurando ganhar tempo
porque sabem que já resolvi9 que, se vocês não me contarem o
sonho, vou dar a todos o mesmo castigo. Vocês já combinaram me enganar com
mentiras e falsidades, esperando que a situação mude. Contem-me o sonho, e
então eu saberei que também poderão explicar o que ele quer dizer. 10 Os sábios
deram ao rei esta resposta: — Não há ninguém no mundo que seja capaz de fazer o que o senhor quer.
Nunca houve nenhum rei, por mais forte e poderoso que fosse, que tivesse
exigido uma coisa dessas dos seus sábios, adivinhos ou astrólogos.11 O
que o senhor está querendo é impossível. Não existe quem possa atender o seu
pedido, a não ser os deuses, e eles não moram com a gente aqui na terra. 12 O rei
ficou tão furioso, que mandou matar todos os sábios da Babilônia.13 A
ordem foi publicada, e então foram buscar Daniel e os seus companheiros para
que eles também fossem mortos. Deus revela a Daniel o que o sonho quer dizer 14 Daniel
foi procurar Arioque, o chefe da guarda do rei, que tinha recebido ordem para
matar todos os sábios da Babilônia. Com muito jeito e cuidado,15 Daniel
perguntou a Arioque: — Por que foi que o rei deu uma ordem tão dura assim? Arioque explicou o que havia acontecido.16 Então
Daniel foi falar com o rei, e este concordou em esperar, a fim de dar tempo a
Daniel para explicar o sonho. 17 Depois,
Daniel foi para casa e contou tudo aos seus amigos Ananias, Misael e Azarias.18 Daniel
disse que orassem ao Deus do céu, pedindo que tivesse pena deles e lhes
mostrasse o que aquele sonho misterioso queria dizer, a fim de que Daniel e
os seus amigos não morressem junto com os outros sábios da Babilônia.19 Naquela
noite, Daniel teve uma visão, e nela Deus mostrou o que o sonho queria dizer.
Então Daniel agradeceu a Deus,20 dizendo: "Que o nome de Deus seja louvado para sempre, pois dele são a sabedoria e o poder! 21 É ele
quem faz mudar os tempos e as estações; é ele quem põe os reis no poder e os derruba; é ele quem dá sabedoria aos sábios e inteligência aos inteligentes. 22 Ele
explica mistérios e segredos e conhece o que está escondido na escuridão, pois com ele mora a luz. 23 Ó Deus
dos meus antepassados, eu te agradeço e te louvo, pois me deste sabedoria e poder. Tu respondeste à nossa oração, nos mostrando o que o rei quer saber." Daniel explica o sonho ao rei 24 Aí Daniel
foi procurar Arioque, o oficial que tinha recebido ordem do rei para matar os
sábios da Babilônia. Daniel disse: — Arioque, não mate os sábios. Leve-me para falar com o rei, e eu
explicarei o sonho que ele teve. 25 Arioque
levou Daniel depressa para o lugar onde o rei estava e lhe disse: — Está aqui comigo um dos judeus que trouxemos como prisioneiros e ele
vai explicar o sonho que o senhor teve. 26 O rei
perguntou a Daniel, que também era chamado de Beltessazar: — Você pode contar o meu sonho e explicar o que ele quer dizer? 27 Daniel
respondeu: — Não há sábios, adivinhos, feiticeiros nem astrólogos que possam dar
a explicação que o senhor está exigindo.28 Mas há um Deus no
céu, que explica mistérios. Foi por meio do sonho que ele fez o senhor saber
o que vai acontecer no futuro. E agora, ó rei, eu vou explicar o sonho e as
visões que o senhor teve enquanto dormia. 29 — O
senhor estava deitado na sua cama e começou a pensar a respeito do futuro. E
aquele que explica mistérios mostrou ao senhor o que vai acontecer.30 E
eu recebi a explicação do mistério, não porque seja o mais sábio de todos os
homens, mas a fim de que o senhor saiba o sentido do sonho que teve e o que
querem dizer os pensamentos que passaram pela sua mente, ó rei. 31 — O
senhor teve uma visão na qual viu uma estátua enorme, de pé, bem na sua
frente. A estátua era brilhante, mas metia medo.32 A cabeça
era de ouro puro, o peito e os braços eram de prata, a barriga e os quadris
eram de bronze,33 as pernas eram de ferro, e os pés eram
metade de ferro e metade de barro.34 Enquanto o senhor estava
olhando, uma pedra se soltou de uma montanha, sem que ninguém a tivesse
empurrado. A pedra caiu em cima dos pés da estátua e os despedaçou.35 Imediatamente,
o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro viraram pó, como o pó que se vê
no verão quando se bate o trigo para separá-lo da palha. O vento levou tudo
embora, sem deixar nenhum sinal. Mas a pedra cresceu e se tornou uma grande
montanha, que cobriu o mundo inteiro. 36 — Foi
este o sonho, e agora vou explicá-lo para o senhor.37 Ó rei,
o senhor é o mais poderoso de todos os reis, e foi o Deus do céu quem o fez
rei; ele lhe deu poder, autoridade e honra.38 Ele deu ao
senhor o domínio em todo o mundo sobre os seres humanos, os animais e as
aves. O senhor é a cabeça feita de ouro.39 Depois do seu
reino haverá outro, que não será tão poderoso como o seu; e depois desse
reino haverá ainda outro, um reino de bronze, que dominará o mundo inteiro.40 Depois,
virá um quarto reino, e este será forte como o ferro, que quebra e despedaça
tudo. E assim como o ferro quebra tudo, esse reino destruirá completamente
todos os outros reinos do mundo.41 Na estátua que o senhor
viu, os pés e os dedos dos pés eram metade de ferro e metade de barro. Isso
quer dizer que esse reino será dividido, mas terá alguma coisa da força do
ferro; pois, como o senhor viu, o ferro estava misturado com barro.42 Os
dedos dos pés eram metade de ferro e metade de barro; isso quer dizer que o
reino, por um lado, será forte, mas, por outro, será fraco.43 O
senhor, ó rei, viu que o ferro estava misturado com barro, e isso quer dizer
que os reis procurarão unir os seus reinos por meio de casamentos. Mas como o
ferro e o barro não se unem, assim também esses reinos não ficarão unidos.44 No
tempo desses reis, o Deus do céu fará aparecer um reino que nunca será
destruído, nem será conquistado por outro reino. Pelo contrário, esse reino
acabará com todos os outros e durará para sempre.45 É isso o
que quer dizer a pedra que o rei viu soltar-se da montanha, sem que ninguém a
tivesse empurrado, e que despedaçou a estátua feita de ferro, bronze, prata,
barro e ouro. O Grande Deus está revelando ao senhor o que vai acontecer no
futuro. Foi este o sonho que o senhor teve, e esta é a explicação certa. A recompensa de Daniel 46 Então o
rei Nabucodonosor se ajoelhou diante de Daniel, e encostou o rosto no chão, e
depois ordenou que fossem apresentados a Daniel sacrifícios e
incenso.47 E ele disse a Daniel: — O Deus que vocês adoram é, de fato, o mais poderoso de todos os
deuses e é o Senhor de todos os reis. Eu sei que é ele quem explica
mistérios, pois você me explicou este sonho misterioso. 48 Em seguida, o rei colocou Daniel como alta autoridade do reino e lhe
deu também muitos presentes de valor. Ele pôs Daniel como governador
da província da Babilônia e o fez chefe de todos os sábios do país.49 A
pedido de Daniel, o rei pôs Sadraque, Mesaque e Abede-Nego como
administradores da província da Babilônia; mas Daniel ficou na corte real. |
https://www.bibliaonline.com.br/acf+ntlh/dn/8 1 No ano
terceiro do reinado do rei Belsazar apareceu-me uma visão, a mim, Daniel,
depois daquela que me apareceu no princípio. 2 E vi na
visão; e sucedeu que, quando vi, eu estava na cidadela de Susã, na província
de Elão; vi, pois, na visão, que eu estava junto ao rio Ulai. 3 E
levantei os meus olhos, e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o
qual tinha dois chifres; e os dois chifres eram altos, mas um era mais alto
do que o outro; e o mais alto subiu por último. 4 Vi que o
carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum
dos animais lhe podia resistir; nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão;
e ele fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia. 5 E,
estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a
terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha um chifre insigne entre os
olhos. 6 E
dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em
pé diante do rio, e correu contra ele no ímpeto da sua força. 7 E vi-o
chegar perto do carneiro, enfurecido contra ele, e ferindo-o quebrou-lhe os
dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o
lançou por terra, e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro
da sua mão. 8 E o bode
se engrandeceu sobremaneira; mas, estando na sua maior força, aquele grande
chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro também insignes,
para os quatro ventos do céu. 9 E de um
deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o
oriente, e para a terra formosa. 10 E se
engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das
estrelas, lançou por terra, e os pisou. 11 E se
engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o
sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. 12 E um
exército foi dado contra o sacrifício contínuo, por causa da transgressão; e
lançou a verdade por terra, e o fez, e prosperou. 13 Depois
ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando
durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que
sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados? 14 E ele me
disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será
purificado. 15 E
aconteceu que, havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei o significado, e
eis que se apresentou diante de mim como que uma semelhança de homem. 16 E ouvi
uma voz de homem entre as margens do Ulai, a qual gritou, e disse: Gabriel,
dá a entender a este a visão. 17 E veio
perto de onde eu estava; e, vindo ele, me amedrontei, e caí sobre o meu
rosto; mas ele me disse: Entende, filho do homem, porque esta visão
acontecerá no fim do tempo. 18 E,
estando ele falando comigo, caí adormecido com o rosto em terra; ele, porém,
me tocou, e me fez estar em pé. 19 E disse:
Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; pois
isso pertence ao tempo determinado do fim. 20 Aquele
carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia, 21 Mas o
bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o
primeiro rei; 22 O ter
sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro
reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a força dele. 23 Mas, no
fim do seu reinado, quando acabarem os prevaricadores, se levantará um rei,
feroz de semblante, e será entendido em adivinhações. 24 E se
fortalecerá o seu poder, mas não pela sua própria força; e destruirá
maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os
poderosos e o povo santo. 25 E pelo
seu entendimento também fará prosperar o engano na sua mão; e no seu coração
se engrandecerá, e destruirá a muitos que vivem em segurança; e se levantará
contra o Príncipe dos príncipes, mas sem mão será quebrado. 26 E a visão
da tarde e da manhã que foi falada, é verdadeira. Tu, porém, cerra a visão,
porque se refere a dias muito distantes. 27 E eu, Daniel, enfraqueci, e estive enfermo alguns dias; então
levantei-me e tratei do negócio do rei. E espantei-me acerca da visão, e não
havia quem a entendesse. |
A visão do carneiro e do bode 1 No
terceiro ano do reinado de Belsazar, eu tive outra visão.2 Parecia
que eu estava na beira do rio Ulai, em Susã, uma cidade cercada de muralhas,
que fica na província de Elão.3 De repente, vi
perto do rio um carneiro que tinha dois chifres compridos. Um deles tinha
nascido depois do outro, mas era mais comprido.4 O carneiro
estava dando chifradas para o oeste, para o norte e para o sul, e nenhum
animal ou pessoa podia resistir ou escapar dos seus ataques. Ele fazia o que
queria e ficava cada vez mais poderoso. 5 Eu estava
pensando nisso quando vi um bode que vinha do oeste, correndo tão depressa,
que as suas patas nem tocavam o chão. Ele tinha um chifre só, bem grande, que
ficava entre os olhos.6 Correu até o lugar onde estava o
carneiro que eu tinha visto perto do rio e o atacou com toda a força.7 Eu
vi o bode, furioso, atacar o carneiro e quebrar os dois chifres dele, pois o
carneiro não tinha força para se defender. O bode jogou o carneiro no chão e
o pisou com as patas; e ninguém podia salvar o carneiro da fúria do bode.8 Ele
ficou ainda mais poderoso, mas, quando o seu poder chegou ao máximo, o seu
chifre foi quebrado, e em lugar dele nasceram quatro chifres compridos, que
cresciam para o norte, para o sul, para o leste e para o oeste. 9 De um
desses chifres nasceu um chifre pequeno, que foi crescendo e se estendendo
para o sul, para o leste e para a Terra Prometida.10 Cresceu
tanto, que chegou até o lugar onde está o exército do céu, que são as
estrelas; jogou na terra algumas delas e as pisou.11 Chegou
até a desafiar o comandante desse exército. Acabou com
os sacrifícios diários que eram oferecidos a esse comandante e
deixou o seu Templo todo estragado.12 Em vez do sacrifício
diário, foi apresentada uma oferta nojenta. Ele acabou com a verdadeira
religião, e tudo o que fez deu certo. 13 Depois,
ouvi dois anjos conversando, e um perguntou ao outro: — Quanto tempo vai durar aquilo que apareceu na visão? Por quanto
tempo essa oferta nojenta será apresentada em lugar do sacrifício diário? Por
quanto tempo ficará estragado o Templo e derrotado o exército do céu? 14 E ouvi a
resposta: — Tudo isso vai acontecer depois de duas mil e trezentas tardes e
manhãs, e durante esse tempo não serão oferecidos os sacrifícios. Depois
disso o Templo será purificado. O anjo Gabriel explica a visão 15 Eu estava
procurando entender o que tinha visto, quando apareceu na minha frente um ser
que parecia um homem.16 E ouvi uma voz humana que vinha do
rio Ulai e que gritou assim: — Gabriel, explique a visão a esse homem. 17 Aí
Gabriel chegou mais perto de mim, e isso me deixou muito assustado. Eu me
ajoelhei e encostei o rosto no chão. E ele disse: — Você, homem mortal, precisa entender a visão, pois ela é a
respeito do tempo do fim. 18 Ele ainda
falava quando desmaiei e caí de bruços no chão. Mas ele me pegou, me pôs de
pé19 e disse: — Eu vou lhe contar o que vai acontecer quando passar
a ira de Deus, pois essa visão é a respeito do tempo marcado para o
fim.20 O carneiro com dois chifres, que você viu, representa
os reis da Média e da Pérsia.21 O bode é o rei da Grécia, e o
seu chifre grande é o primeiro rei desse país.22 Os quatro
chifres que nasceram quando o primeiro chifre foi quebrado representam os
quatro reinos em que o país será dividido, mas esses reinos não serão tão
poderosos como o primeiro.23 Quando o fim desses reinos
estiver perto, e as suas maldades tiverem chegado ao máximo, aparecerá um rei
cruel e enganador.24 Ele ficará cada vez mais poderoso, mas
não pela sua própria força. Causará destruições terríveis, acabará com povos
poderosos e também com o povo de Deus. Fará o que quiser e prosperará sempre.25 Com
a sua presença, ele enganará a todos; ficará cada vez mais orgulhoso e matará
muitas pessoas à traição. Finalmente, ele desafiará a Deus, o Rei dos reis,
mas será destruído sem o uso de força humana. 26 E Gabriel
terminou assim: — Você já ouviu a verdadeira explicação dos sacrifícios da tarde e da
manhã. Mas não diga a ninguém o que quer dizer a visão que você teve, pois
ainda vai demorar muito tempo até que ela se cumpra. 27 Eu, Daniel, passei vários dias abatido e doente. Depois, fiquei bom e
comecei a tratar dos negócios do governo. Mas continuei muito preocupado com
a visão, pois não conseguia entendê-la. |
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