Seis ou nove - a imprecisão voluntária x pensamento objetivo

 




Seis ou nove (um diz ser seis, o outro nove).

A informação está imprecisa, pois não se sabe qual a posição correta para se considerar o algarismo, nem o contexto em que foi utilizado. Logo, nenhum dos dois está correto, pois o algarismo tanto pode ser utilizado para representar seis como nove. Logo, a única resposta válida seria: pode ser um seis ou um nove, mas não se pode determinar qual, por ausência de mais informações.

Exemplos: 1 - o ETERNO diz para Adão e Eva para comerem livremente do que havia no Jardim, mas proibiu, sob pena de morte, comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. A limitação foi clara, precisa. Logo, não havia justificativa para as alegações do casal, não havia motivo para considerar válidos seus pontos de vista sobre a compreensão da ordem.

Exemplos: 2 - O ETERNO disse para Caim que, se ele fizesse o que era estabelecido/correto, não haveria motivo para repreensão ou recriminação. Deus não se agradara nem de Caim (mostrando que seu caráter estava se contaminando) nem de sua oferta (que, devido a sua falha de caráter, estava refletindo sua rebelião). Mais uma vez, tanto a ordem como a repreensão e o conselho divinos foram precisos, claros, objetivos.

Exemplos: 3 - A ordem para Abraão sair de sua terra, de sua parentela e da casa de seus pais. A promessa de descendência.

Exemplos: 4 - Os mandamentos. As ordens eram claras sobre o que podiam ou não fazer. O que existe hoje é a dificuldade de determinar exatamente todos os sentidos do texto, e não várias opções contrárias de significado válido. Existe um sentido válido, e o que precisamos é estudar até descobrimos qual em todos os detalhes.

Exemplos: 5 - imagine se Jesus tivesse considerado a opinião de Satanás válida quanto a transformar pedras em pães: ele teria caído. E se considerasse como uma variante válida a interpretação sobre a guarda dos anjos caso ele se atirasse: teria tentado ao ETERNO.

Quando cada um resolve interpretar como quer, não resta significado válido, e a noção de verdade e erro perde o sentido. A bíblia perde o sentido, a noção de pecado e salvação ficam perdidos nas especulações de cada um, e Deus fica sujeito às vontades humanas, o que é absurdo.

Mateus 5: 18 e 19 perdem o sentido, pois cada mandamento fica sujeito a interpretação de cada um, e não haveria como distinguir uma transgressão, pois cada pessoa interpretaria o mandamento e sua quebra como quisesse.

A noção bíblica de pecado como transgressão da lei ficaria esvaziada, pois se os princípios e regras fossem relativos, a transgressão mudaria conforme a vontade da pessoa: se ela acreditasse que não transgrediu, seria suficiente para não lhe ser imputado pecado. Eva diria: não fui enganada, apenas vi a questão pelo ângulo da serpente/Satanás. Foi o meu ponto de vista, e deve ser respeitado. Adão diria: achei melhor, mesmo sabendo das consequências, ficar ao lado de minha esposa, e isto foi meu ponto de vista, que deve ser respeitado e aceito como válido, e também não posso ser punido em nada por isso.




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