Unidade - considerações

 

 

Unidade:

 

Caso 1

 

1 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.
E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.
E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

Gênesis 1:26-31

 

E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Gênesis 2:16,17

 

E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

Gênesis 2:23,24

 

 

Aqui, temos o homem perfeito, à imagem e semelhança de Deus, com domínio sobre todo o planeta, e as determinações de procriação e sujeição do planeta, e também da limitação de ações, ou seja, não poderia comer do fruto do conhecimento do bem e do mal. Os alimentos foram determinados (reino vegetal) para satisfação dos seres humanos e animais. Adão reconheceu que ele e sua mulher formavam uma unidade perfeita.

 

E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.

Gênesis 3:6

 

Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.

Gênesis 3:12

 

Nesse momento, Adão preferiu manter a unidade com sua mulher a resistir, e condenou toda a raça humana. O primeiro exemplo de uma unidade conforme a vontade de Deus que se corrompeu e se manteve às custas da tragédia humana.

 

 

Caso 2

E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta.
Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.
E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?
Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.
E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.

Gênesis 4:3-8

Aqui, haveria ao menos duas possibilidades: ou Caim se arrependeria e faria a vontade de Deus, ou Abel cederia Às vontades de seu irmão. Abel se manteve firme. Cada um era responsável por seu sacrifício. Deus deixou claro que não abriria exceção. Não havia motivo que justificasse a rebelião de Caim. Abel não rebaixou sua norma para aderir a nenhuma vontade de Caim, seu irmão. A unidade simplesmente não existiu, pois cada um se manteve firme em seus propósitos (Abel para o SENHOR, e Caim para si mesmo).

 

Caso 3

E a Sete também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do Senhor.

Gênesis 4:26

Aqui, a invocação do nome do SENHOR foi predominante. Unidade “em Deus”, e não fora DEle.

 

Caso 4

E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.
Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.
Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume.

Gênesis 6:12-14

Assim fez Noé; conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez.

Gênesis 6:22

Noé entrou na arca, e com ele seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio.

Gênesis 7:7

E no mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cão e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos.

Gênesis 7:13

Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.

Gênesis 7:23

Aqui, surgem questões interessantes: Noé teria sido um péssimo pregador? Não era um bom servo com aqueles que talvez visitassem a arca para apreciá-la? Foi arrogante e achou que só ele deveria ser salvo? Ou simplesmente fez o que pode, mas as pessoas não quiseram acreditar na verdade impopular e altamente desastrosa que ele pregava? O que fica claro é que não foram abertas exceções para a entrada na arca. A unidade foi mantida entre ele, sua esposa, filhos e noras, e mais ninguém. Unidade “em Deus”.

 

 

 

Caso 5

E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal.
E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.

Gênesis 11:1-9

 

Aqui, uma unidade “quase” perfeita: mesma língua e fala. Inteligência em engenharia para fabricar tijolos e queimá-los (tornando-os, assim, mais resistentes). Organização esplêndida, para construir uma torre grandiosa, e manter a unidade (“para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra”). O próprio Deus reconheceu a força dessa unidade: “Eis que o povo é um...”. Mas estavam em franca rebelião contra Deus, que os confundiu e espalhou.

Caso 6

E vieram os dois anjos a Sodoma à tarde, e estava Ló assentado à porta de Sodoma; e vendo-os Ló, levantou-se ao seu encontro e inclinou-se com o rosto à terra;
E disse: Eis agora, meus senhores, entrai, peço-vos, em casa de vosso servo, e passai nela a noite, e lavai os vossos pés; e de madrugada vos levantareis e ireis vosso caminho. E eles disseram: Não, antes na rua passaremos a noite.
E porfiou com eles muito, e vieram com ele, e entraram em sua casa; e fez-lhes banquete, e cozeu bolos sem levedura, e comeram.
E antes que se deitassem, cercaram a casa, os homens daquela cidade, os homens de Sodoma, desde o moço até ao velho; todo o povo de todos os bairros.
E chamaram a Ló, e disseram-lhe: Onde estão os homens que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos.
Então saiu Ló a eles à porta, e fechou a porta atrás de si,
E disse: Meus irmãos, rogo-vos que não façais mal;
Eis aqui, duas filhas tenho, que ainda não conheceram homens; fora vo-las trarei, e fareis delas como bom for aos vossos olhos; somente nada façais a estes homens, porque por isso vieram à sombra do meu telhado.
Eles, porém, disseram: Sai daí. Disseram mais: Como estrangeiro este indivíduo veio aqui habitar, e quereria ser juiz em tudo? Agora te faremos mais mal a ti do que a eles. E arremessaram-se sobre o homem, sobre Ló, e aproximaram-se para arrombar a porta.
Aqueles homens porém estenderam as suas mãos e fizeram entrar a Ló consigo na casa, e fecharam a porta;
E feriram de cegueira os homens que estavam à porta da casa, desde o menor até ao maior, de maneira que se cansaram para achar a porta.
Então disseram aqueles homens a Ló: Tens alguém mais aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar;
Porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem aumentado diante da face do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo.

Gênesis 19:1-13

Então saiu Ló, e falou a seus genros, aos que haviam de tomar as suas filhas, e disse: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade. Foi tido porém por zombador aos olhos de seus genros.

Gênesis 19:14

Um povo unido e organizado foi até Ló, para abusar dos visitantes que estavam em sua casa. Conforme relato semelhante das Escrituras, a intenção seria abusar deles até que morressem. Mais uma unidade e organização voltada à rebelião contra Deus. Os genros de Ló pagaram caro por seu ponto de vista divergente, que consistia em ridicularizar o sogro, mesmo conhecendo seu caráter e tendo sabido do evento referente aos anjos e da cegueira das pessoas.

 

Caso 7

E subiu Ló de Zoar, e habitou no monte, e as suas duas filhas com ele; porque temia habitar em Zoar; e habitou numa caverna, ele e as suas duas filhas.
Então a primogênita disse à menor: Nosso pai já é velho, e não há homem na terra que entre a nós, segundo o costume de toda a terra;
Vem, demos de beber vinho a nosso pai, e deitemo-nos com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai.
E deram de beber vinho a seu pai naquela noite; e veio a primogênita e deitou-se com seu pai, e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
E sucedeu, no outro dia, que a primogênita disse à menor: Vês aqui, eu já ontem à noite me deitei com meu pai; demos-lhe de beber vinho também esta noite, e então entra tu, deita-te com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai.
E deram de beber vinho a seu pai também naquela noite; e levantou-se a menor, e deitou-se com ele; e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
E conceberam as duas filhas de Ló de seu pai.

Gênesis 19:30-36

As filhas de Ló, de forma planejada, organizada e unida, sem alardes, discussões...dormiram com o pai (perceba que Noé amaldiçoou o filho por vê-lo nu e espalhar a notícia aos irmãos).

Caso 8

E viram-no de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele para o matarem.
E disseram um ao outro: Eis lá vem o sonhador-mor!
Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos.
E ouvindo-o Rúben, livrou-o das suas mãos, e disse: Não lhe tiremos a vida.
Também lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mãos nele; isto disse para livrá-lo das mãos deles e para torná-lo a seu pai.
E aconteceu que, chegando José a seus irmãos, tiraram de José a sua túnica, a túnica de várias cores, que trazia.
E tomaram-no, e lançaram-no na cova; porém a cova estava vazia, não havia água nela.
Depois assentaram-se a comer pão; e levantaram os seus olhos, e olharam, e eis que uma companhia de ismaelitas vinha de Gileade; e seus camelos traziam especiarias e bálsamo e mirra, e iam levá-los ao Egito.
Então Judá disse aos seus irmãos: Que proveito haverá que matemos a nosso irmão e escondamos o seu sangue?
Vinde e vendamo-lo a estes ismaelitas, e não seja nossa mão sobre ele; porque ele é nosso irmão, nossa carne. E seus irmãos obedeceram.
Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.
Voltando, pois, Rúben à cova, eis que José não estava na cova; então rasgou as suas vestes.
E voltou a seus irmãos e disse: O menino não está; e eu aonde irei?
Então tomaram a túnica de José, e mataram um cabrito, e tingiram a túnica no sangue.
E enviaram a túnica de várias cores, mandando levá-la a seu pai, e disseram: Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho.
E conheceu-a, e disse: É a túnica de meu filho; uma fera o comeu; certamente José foi despedaçado.
Então Jacó rasgou as suas vestes, pôs saco sobre os seus lombos e lamentou a seu filho muitos dias.
E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; recusou porém ser consolado, e disse: Porquanto com choro hei de descer ao meu filho até à sepultura. Assim o chorou seu pai.
E os midianitas venderam-no no Egito a Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda.

Gênesis 37:18-36

Irmãos extremamente organizados e unidos planejaram e executaram, calculadamente, cada passo do plano contra José, inclusive simulando sua morte através do sangue nas vestes. O plano foi bem sucedido, num tremendo exemplo de manutenção da unidade e organização...para rebelião contra os mandamentos de Deus.

 

 

Caso 9 (podemos dizer 9 e 10, pois um será apenas levemente comentado, sem o texto bíblico transcrito)

E Coré, filho de Izar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben.
E levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinqüenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, chamados à assembléia, homens de posição,
E se congregaram contra Moisés e contra Arão, e lhes disseram: Basta-vos, pois que toda a congregação é santa, todos são santos, e o Senhor está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do Senhor?
Quando Moisés ouviu isso, caiu sobre o seu rosto.
E falou a Coré e a toda a sua congregação, dizendo: Amanhã pela manhã o Senhor fará saber quem é seu, e quem é o santo que ele fará chegar a si; e aquele a quem escolher fará chegar a si.
Fazei isto: Tomai vós incensários, Coré e todo seu grupo;
E, pondo fogo neles amanhã, sobre eles deitai incenso perante o Senhor; e será que o homem a quem o Senhor escolher, este será o santo; basta-vos, filhos de Levi.
Disse mais Moisés a Coré: Ouvi agora, filhos de Levi:
Porventura pouco para vós é que o Deus de Israel vos tenha separado da congregação de Israel, para vos fazer chegar a si, e administrar o ministério do tabernáculo do Senhor e estar perante a congregação para ministrar-lhe;
E te fez chegar, e todos os teus irmãos, os filhos de Levi, contigo? ainda também procurais o sacerdócio?
Assim tu e todo o teu grupo estais contra o Senhor; e Arão, quem é ele, que murmureis contra ele?
E Moisés mandou chamar a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe; porém eles disseram: Não subiremos;
Porventura pouco é que nos fizeste subir de uma terra que mana leite e mel, para nos matares neste deserto, senão que também queres fazer-te príncipe sobre nós?
Nem tampouco nos trouxeste a uma terra que mana leite e mel, nem nos deste campo e vinhas em herança; porventura arrancarás os olhos a estes homens? Não subiremos.
Então Moisés irou-se muito, e disse ao Senhor: Não atentes para a sua oferta; nem um só jumento tomei deles, nem a nenhum deles fiz mal.
Disse mais Moisés a Coré: Tu e todo o teu grupo ponde-vos perante o Senhor, tu e eles, e Arão, amanhã.
E tomai cada um o seu incensário, e neles ponde incenso; e trazei cada um o seu incensário perante o Senhor, duzentos e cinqüenta incensários; também tu e Arão, cada um o seu incensário.
Tomaram, pois, cada um o seu incensário, e neles puseram fogo, e neles deitaram incenso, e se puseram perante a porta da tenda da congregação com Moisés e Arão.
E Coré fez ajuntar contra eles todo o povo à porta da tenda da congregação; então a glória do Senhor apareceu a toda a congregação.
E falou o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo:
Apartai-vos do meio desta congregação, e os consumirei num momento.
Mas eles se prostraram sobre os seus rostos, e disseram: Ó Deus, Deus dos espíritos de toda a carne, pecará um só homem, e indignar-te-ás tu contra toda esta congregação?
E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
Fala a toda esta congregação, dizendo: Subi do derredor da habitação de Coré, Datã e Abirão.
Então Moisés levantou-se, e foi a Datã e a Abirão; e após ele seguiram os anciãos de Israel.
E falou à congregação, dizendo: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes homens ímpios, e não toqueis nada do que é seu para que porventura não pereçais em todos os seus pecados.
Subiram, pois, do derredor da habitação de Coré, Datã e Abirão. E Datã e Abirão saíram, e se puseram à porta das suas tendas, juntamente com as suas mulheres, e seus filhos, e suas crianças.
Então disse Moisés: Nisto conhecereis que o Senhor me enviou a fazer todos estes feitos, que de meu coração não procedem.
Se estes morrerem como morrem todos os homens, e se forem visitados como são visitados todos os homens, então o Senhor não me enviou.
Mas, se o Senhor criar alguma coisa nova, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo, então conhecereis que estes homens irritaram ao Senhor.
E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra que estava debaixo deles se fendeu.
E a terra abriu a sua boca, e os tragou com as suas casas, como também a todos os homens que pertenciam a Coré, e a todos os seus bens.
E eles e tudo o que era seu desceram vivos ao abismo, e a terra os cobriu, e pereceram do meio da congregação.
E todo o Israel, que estava ao redor deles, fugiu ao clamor deles; porque diziam: Para que não nos trague a terra também a nós.
Então saiu fogo do Senhor, e consumiu os duzentos e cinqüenta homens que ofereciam o incenso.
E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
Dize a Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, que tome os incensários do meio do incêndio, e espalhe o fogo longe, porque santos são;
Quanto aos incensários daqueles que pecaram contra as suas almas, deles se façam folhas estendidas para cobertura do altar; porquanto os trouxeram perante o Senhor; pelo que santos são; e serão por sinal aos filhos de Israel.
E Eleazar, o sacerdote, tomou os incensários de metal, que trouxeram aqueles que foram queimados, e os estenderam em folhas para cobertura do altar,
Por memorial para os filhos de Israel, que nenhum estranho, que não for da descendência de Arão, se chegue para acender incenso perante o Senhor; para que não seja como Coré e a sua congregação, como o Senhor lhe tinha dito por intermédio de Moisés,
Mas no dia seguinte toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo do Senhor.
E aconteceu que, ajuntando-se a congregação contra Moisés e Arão, e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a cobriu, e a glória do Senhor apareceu.
Vieram, pois, Moisés e Arão perante a tenda da congregação.
Então falou o Senhor a Moisés, dizendo:
Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei num momento; então se prostraram sobre os seus rostos,
E disse Moisés a Arão: Toma o teu incensário, e põe nele fogo do altar, e deita incenso sobre ele, e vai depressa à congregação, e faze expiação por eles; porque grande indignação saiu de diante do Senhor; já começou a praga.
E tomou-o Arão, como Moisés tinha falado, e correu ao meio da congregação; e eis que já a praga havia começado entre o povo; e deitou incenso nele, e fez expiação pelo povo.
E estava em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga.
E os que morreram daquela praga foram catorze mil e setecentos, fora os que morreram pela causa de Coré.
E voltou Arão a Moisés à porta da tenda da congregação; e cessou a praga.

Números 16:1-50

 

A tremenda força de Coré e sua habilidade “política” trouxe o povo para o seu lado. Assim como no caso do temor e fraqueza de Arão, o povo mais uma vez se uniu para garantir que suas vontades fossem mantidas. Deus se manifestou e destruiu os rebeldes, mas isso não foi o suficiente. O povo continuava rebelde, mas não tinha coragem de culpar a Deus diretamente. Então, resolveram culpar Seus representantes, Moisés e Arão. Novamente Deus teve que intervir, e novamente o povo foi punido por sua união e organização motivada pela rebeldia. Interessante que no caso em que Arão temeu, o povo se organizou de tal forma que, rapidamente, conseguiram tudo o que precisavam para se rebelar contra Deus: todos unidos, num só pensamento, numa só atitude, numa só disposição: rebelião. Quando Moisés desceu, estavam todos aparentemente alegres, divertindo-se com todo o vigor...já não havia murmuração, disputas, discussões, divisões...pois todos resolveram ou agir determinadamente ou se acovardar diante da rebeldia declarada.

 

Caso 10

Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.
E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?
E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.
Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina;
Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.

Mateus 7:1-29

 

Jesus não abriu mão da mensagem, nem da força com que precisava pregar. Deixou claro que só havia dois tipos de pessoas, os obedientes (desobedientes involuntários) e os desobedientes, a árvore com bons frutos e a que possui maus frutos, os que ouvem e obedecem e os que fingem e, por sua insensatez, são destruídos. “E a multidão se admirou da sua doutrina”. Unidade “em Deus”, sem dar lugar a pontos de vista sem embasamento na Palavra.

 

Caso 11

E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.
Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
Simão, o Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;
Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;
E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.
Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos,
Nem alforges para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordões; porque digno é o operário do seu alimento.
E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos retireis.
E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;
E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.
E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.
Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.
Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;
E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios.
Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer.
Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.
E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão.
E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.
Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem.
Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor.
Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?
Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.
O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados.
E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.
E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.
Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.
Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;
Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra;
E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.
Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.
Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.
Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.
Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo.
E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.

Mateus 10:1-42

 

Jesus dá poder aos discípulos, ordena que busquem primeiro os perdidos de Israel, que preguem e se abstenham de adular/bajular os que rejeitassem a Palavra obstinadamente, que se preparem para os sofrimentos por causa da mensagem e testemunho de vida, que falem destemidamente, que se preparem para a espada/dissensão até mesmo entre familiares, e que não deixem absolutamente ninguém ocupar o espaço que pertence exclusivamente a Deus na vida, sob pena de perdição. Unidade “em Deus”, seguindo exatamente o que o Mestre determinou.

 

Caso 12

Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas;
Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.
Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é maior do que Jonas.
A rainha do sul se levantará no dia do juízo com esta geração, e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis que está aqui quem é maior do que Salomão.
E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra.
Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada.
Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má.
E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe.
E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te.
Ele, porém, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?
E, estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos;
Porque, qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe.

Mateus 12:39-50

 

Jesus recusa unidade com seus acusadores, e mostra o quanto estavam perdidos pela descrença na própria Palavra. Repreende-os severamente, e completa dizendo que sua família são os que fazem a vontade do Pai. Logo, não há família, ou seja, não há vínculo espiritual com aqueles que manifestamente se recusam a lutar contra o pecado. Logo, a unidade bíblica não ensina a lidar com o pecador voluntário justificando sua rebelião com seus pontos de vista, ou os pontos de vista de seus defensores, ou suas dificuldades na vida. O pecado voluntário simplesmente é descartado como algo justificável.

 

Caso 13

Então chegaram ao pé de Jesus uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo:
Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos quando comem pão.
Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição?
Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá.
Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim; esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe,
E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.
Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:
Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
E, chamando a si a multidão, disse-lhes: Ouvi, e entendei:
O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.
Então, acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabes que os fariseus, ouvindo essas palavras, se escandalizaram?
Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada.
Deixai-os; são cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.
E Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Explica-nos essa parábola.
Jesus, porém, disse: Até vós mesmos estais ainda sem entender?
Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora?
Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem.
Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.
São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem.

Mateus 15:1-20

 

(Escribas e fariseu unidos e organizados, como em uma só voz, para tentar fazer Jesus cair, para tentar difamar a Ele e a Seus discípulos. E Jesus deixa claro o quanto o pecado contamina o homem “maus pensamentos [cobiça, ódio...], mortes [mesmo em pensamentos ou palavras], adultérios [mesmo em pensamento], fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”. Novamente deixa claro que a desobediência ao que Deus estabelece contamina o homem, e devemos lutar contra isso, e não justificar nem a nós nem aos outros que voluntariamente se mantem contaminados.

 

Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.


Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural;
pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência.
Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.
Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã.
A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.

Tiago 1:22-27)

 

Caso 14

Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
Então mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus o Cristo.
Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.
E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso.
Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.
Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;
Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.

Mateus 16:15-25

 

Jesus estava com seus discípulos, em unidade. Pedro falou conforme a Palavra, e foi exaltado por isso. Porém, logo após Jesus ter demonstrado admiração por ele, resolveu que poderia estabelecer “um outro ponto de vista” ao que Jesus claramente disse que ocorreria. Jesus não manteve a unidade às custas da repreensão sem embasamento de Pedro: logo deixou claro que Pedro, rapidamente, caiu da inspiração ao escândalo, da sujeição ao Espírito Santo à sujeição a Satanás, e deixou claro que Sua unidade não requer união com o que venha a prejudicar a fé verdadeira e a base na Palavra de Deus, e que a renúncia a nós envolve a renúncia aos nossos próprios pensamentos sobre o que seja bom ou não para a manutenção da causa de Deus.

 

Caso 15

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

Atos 2:42-47

 

Estavam na graça de todo o povo (da mesma forma que Jesus caiu nas graças do povo pelos milagres e ações de caridade que fazia, mas...). Interessante que essa unidade não abriu mão de perseverar (manter-se firme) na doutrina, no temor, e não apenas no partir do pão e dos bens e nas orações. Novamente, nenhuma concessão desmedida.

 

Espírito de Profecia

 

ME3 - Pag. 20 

Apresentar uma Frente Unida

O testemunho de todo crente na verdade deve ser como se fosse um só. Todas as vossas pequenas divergências [será que ela considerava a complacência com os pecadores voluntários como pequena divergência?], que suscitam o espírito combativo entre os irmãos, são ardis de Satanás para desviar as mentes da grande e terrível questão que está diante de nós. A verdadeira paz advirá entre o povo de Deus quando mediante zelo unido e fervorosa oração for perturbada a falsa paz que existe em grande medida. Agora há diligente trabalho a ser feito. Agora é o tempo de manifestardes vossas qualidades soldadescas; apresente o povo do Senhor uma frente unida aos inimigos de Deus, da verdade e da justiça. ...

Quando o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja primitiva, "da multidão dos que creram era um o coração e a alma". Atos 4:32. O Espírito de Cristo tornou-os um. Este é o fruto de permanecer em Cristo. ...

Temos necessidade de iluminação divina. Todo indivíduo está procurando tornar-se um centro de influência, e enquanto Deus não trabalhar por Seu povo, eles não verão que a subordinação a Deus é a única segurança para toda alma. Sua graça transformadora em corações humanos conduzirá a uma unidade que ainda não foi compreendida, pois todos os que são assemelhados a Cristo estarão em harmonia uns com os outros.

 

 

ME3 - Pag. 29 

A Relação dos Escritos de E. G. White Para com a Bíblia Reconhecida no Primeiro Livro

Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos "últimos dias"; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios. A Sketch of the Christian Experience and Views of Ellen G. White, pág. 64. (Reimpresso em Primeiros Escritos, pág. 78.)

Não Para Tomar o Lugar da Palavra

O Senhor deseja que estudeis a Bíblia. Ele não deu alguma luz adicional para tomar o lugar de Sua Palavra. Esta luz deve conduzir as mentes confusas a Sua Palavra, a qual, se for comida e assimilada, é como o sangue que dá vida à alma. Então serão vistas boas obras como luz brilhando nas trevas. Carta 130, 1901.

Obter Provas da Bíblia

No trabalho público não torneis proeminente nem citeis o que a Irmã White tem escrito, como autoridade para apoiar vossas posições. Fazer isto não aumentará a fé nos testemunhos. Apresentai vossas provas, claras e simples,


ME3 - Pag. 30 

da Palavra de Deus. Um "Assim diz o Senhor" é o mais forte testemunho que podeis apresentar ao povo. Que ninguém seja instruída a olhar para a Irmã White, e, sim, ao poderoso Deus, que dá instruções à Irmã White. Carta 11, 1894.

Primeiro os Princípios Bíblicos, Depois os Testemunhos

Meu primeiro dever é apresentar os princípios bíblicos. Então, a menos que tenha sido efetuada decidida e conscienciosa reforma por aqueles cujos casos me foram apresentados, preciso apelar pessoalmente para eles. Carta 69, 1896.

 

 

Ellen White Foi Habilitada Para Definir Claramente a Verdade e o Erro

Naquele tempo [depois do desapontamento de 1844], erro após erro procurava forçar entrada entre nós; pastores e doutores introduziam novas doutrinas. Nós estudávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito Santo nos trazia ao espírito a verdade. Por vezes noites inteiras eram consagradas à pesquisa das Escrituras, a pedir fervorosamente a Deus Sua guia. Juntavam-se grupos de

ME3 - Pag. 32 

homens e mulheres pios, para esse fim. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era a verdade e o que era erro.

Ao serem assim estabelecidos os pontos de nossa fé, nossos pés se colocavam sobre um firme fundamento. Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob a demonstração do Espírito Santo. Eu era arrebatada em visão, e eram-me feitas explanações. Foram-me dadas ilustrações de coisas celestiais, e do santuário, de modo que fomos colocados em posição onde a luz resplandecia sobre nós em raios claros e distintos. Obreiros Evangélicos, pág. 302.

 

Se os Testemunhos não falarem de acordo com a Palavra de Deus, rejeitai-os. Cristo e Belial não se unem. Testimonies, vol. 5, pág. 691.

 

http://www.centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/A%20Igreja%20Remanescente.pdf

Satanás tem a sua grande confederação, a sua igreja. Cristo chama-a sinagoga de Satanás, porque seus membros são filhos do pecado. Os membros da igreja de Satanás têm estado a trabalhar constantemente para lançar fora a lei divina, e tornar confusa a distinção entre o bem e o mal. Satanás está operando com grande poder nos filhos da desobediência e por meio deles, para exaltar a traição e a apostasia como verdade e lealdade. E neste tempo o poder de sua satânica inspiração está movendo os instrumentos vivos a fim de promoverem contra Deus a grande rebelião que começou no Céu. [13]

Neste tempo, a igreja deve usar suas lindas vestes — “Cristo justiça nossa”. Há claras e decididas distinções a ser restauradas e apresentadas ao mundo por meio do exemplo, ao exaltar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A beleza da santidade deve aparecer em seu brilho original, em contraste com a deformidade e trevas dos infiéis, os que se revoltaram contra a lei de Deus. Reconhecemos assim a Deus e a Sua lei, fundamento de Seu governo no Céu e através de Seus domínios terrestres. Sua autoridade deve ser mantida distinta e clara perante o mundo; e não deverão ser reconhecidas leis algumas que entrem em conflito com as de Jeová. Se em desafio às divinas disposições fosse permitido ao mundo influenciar nossas decisões ou nossas ações, estaria derrotado o desígnio divino. Razoável como seja o pretexto, se a igreja vacilar neste ponto está contra ela escrita nos livros dos Céus a negação dos mais sagrados encargos e traição do reino de Cristo. A igreja deve com firmeza e decisão manter seus princípios perante todo o Universo celestial e os reinos do mundo; firme fidelidade na manutenção da honra e santidade da lei de Deus atrairá a atenção e a admiração do próprio mundo, e pelas boas obras que notarão, muitos serão levados a glorificar nosso Pai do Céu. A pessoa fiel e verdadeira é portadora das credenciais do Céu, e não de potentados terrestres. Todos os homens saberão quem são os discípulos de Cristo, escolhidos e fiéis, e conhecê-losão quando coroados e glorificados como os que honram a Deus e a quem Ele honrou, concedendo-lhes a posse dum peso eterno de glória. ... A igreja deve ser alimentada com o maná do Céu, conservando-se sob a guarda exclusiva de Sua graça. Vestida com a completa armadura de luz e justiça, entra ela em seu conflito final. A escória, o material inútil será consumido, e a influência da verdade testifica ao mundo de seu caráter santificador e enobrecedor. ... [14]

Deus está guiando um povo do mundo para a exaltada plataforma da verdade eterna — os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Disciplinará e habilitará Seu povo. Eles não estarão em divergência, um crendo uma coisa e outro tendo fé e opiniões inteiramente opostas, e movendo-se cada qual independentemente do conjunto. Pela diversidade de dons e governos que Ele pôs em Sua igreja, todos alcançarão a unidade da fé. Se alguém forma seu próprio conceito no tocante à verdade bíblica, sem atender à opinião de seus irmãos, e justifica seu procedimento alegando que tem o direito de pensar livremente, impondo suas idéias então aos outros, como poderá cumprir a oração de Cristo? E se outro e outro ainda se levanta, cada qual afirmando [26] seu direito de crer e falar o que lhe aprouver, sem atentar para a fé Organização e desenvolvimento 23 comum, onde estará aquela concórdia que existia entre Cristo e Seu Pai, e para cuja existência, entre Seus irmãos, Cristo orou?

A igreja de Cristo na Terra será imperfeita, mas Deus não destrói Sua igreja por causa de sua imperfeição. Tem havido e haverá os que se acham possuídos de zelo mas não com entendimento, os quais desejam purificar a igreja e desarraigar o joio do meio do trigo. Mas Cristo proveu luz especial quanto à maneira de tratar os que erram, e os inconversos na igreja. Não devem os membros da igreja tomar alguma resolução espasmódica, zelosa, precipitada, ao excluir os que eles porventura considerem de caráter defeituoso. O joio aparecerá entre o trigo; mas causaria maior dano extirpá-lo — a menos que fosse do modo designado por Deus — do que deixá-lo crescer. Ao mesmo tempo que o Senhor traz para a igreja os verdadeiramente convertidos, Satanás traz para sua comunhão pessoas não [43] convertidas. Enquanto Cristo semeia a boa semente, Satanás semeia o joio. Duas influências oponentes se exercem continuamente sobre os membros da igreja. Uma influência opera a favor da purificação da igreja, e a outra a favor da corrupção do povo de Deus.

 

http://www.centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Atos%20dos%20Ap%C3%83%C2%B3stolos.pdf

Na história dos profetas e apóstolos, existem muitos nobres exemplos de lealdade para com Deus. As testemunhas de Cristo têm suportado a prisão, tortura e a própria morte, de preferência a violar os mandamentos de Deus. O relatório deixado por Pedro e João é tão heróico como outros da dispensação cristã. Achando-se eles pela segunda vez perante os homens que pareciam empenhados em efetuar a sua destruição, nenhum temor ou hesitação se poderia divisar em suas palavras e atitudes. E quando o sumo sacerdote disse: “Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina, e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem”, Pedro respondeu: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens”. Atos 5:28, 29. Foi um anjo do Céu que os livrou da prisão e os mandou ensinar no templo. Seguindo suas instruções estavam obedecendo à ordem divina; e isso deveriam continuar a fazer, custasse o que custasse.

Essa profecia tem sido cumprida de modo notável. Toda indignidade, toda injúria, toda crueldade que Satanás podia instigar o coração humano a imaginar, têm recaído sobre os seguidores de Jesus. E isso será de novo cumprido; pois o coração carnal está ainda em inimizade com a lei de Deus, e não se sujeitará a Seus mandamentos. O mundo não está hoje em maior harmonia com os princípios de Cristo, do que esteve nos dias dos apóstolos. O mesmo ódio que motivou o clamor: “Crucifica-O! Crucifica-O!” (Lucas 23:21), o mesmo ódio que levou a perseguição aos discípulos, ainda atua nos filhos da desobediência. O mesmo espírito que, nos séculos escuros, enviou homens e mulheres à prisão, ao exílio e à morte; que concebeu as atrozes torturas da inquisição; que planejou e executou o massacre de São Bartolomeu e acendeu as fogueiras de Smithfield, está ainda agindo com maligna energia em corações não regenerados. A história da verdade tem sido sempre o relato da luta entre o direito e o erro. A proclamação do evangelho sempre tem sido levada avante neste mundo em face de oposição, perigos, perdas e sofrimentos. Em que consistia a força daqueles que, no passado, sofreram perseguição por amor a Cristo? Era a união com Deus, união com o Espírito Santo, união com Cristo. A acusação e a perseguição têm separado muitos de seus amigos terrestres, mas nunca do amor de Cristo. Nunca a pessoa, provada pela tempestade, é mais encarecidamente amada por seu Salvador do que quando sofre a perseguição por amor à verdade. “Eu o amarei”, disse Cristo, “e Me manifestarei a ele”. João 14:21. Quando, por causa da verdade, o crente se acha perante os tribunais terrestres, Cristo Se acha a seu lado. Quando é encerrado entre as paredes da prisão, Cristo Se lhe manifesta e com Seu amor lhe anima o coração. Quando sofre a morte por amor a Cristo, o Salvador lhe diz: Eles podem matar o corpo, mas não podem matar a alma. “Tende bom ânimo, Eu venci o mundo”. João 16:33. “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou teu Deus: Eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da Minha justiça”. Isaías 41:10.

 

http://www.centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Reavivamento%20Verdadeiro.pdf

Há na igreja pessoas não convertidas, e que não se unirão em fervorosa e prevalecente oração. Precisamos entrar na obra individualmente. Precisamos orar mais e falar menos. Abundante é a iniquidade, e o povo deve ser ensinado a não se satisfazer com uma forma de piedade sem o espírito e o poder. Se intentarmos esquadri7 8 Reavivamento Verdadeiro nhar o próprio coração, afastando nossos pecados, corrigindo nossas más tendências, nossa alma não se inchará em vaidade; desconfiaremos de nós mesmos, possuindo permanente senso de que nossa [10] suficiência está em Deus. Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo. Os incrédulos têm direito de esperar que os que professam observar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus façam muito mais que qualquer outra classe para promover e honrar mediante sua vida coerente, seu exemplo piedoso e sua influência ativa, a causa que representam. Mas quantas vezes se têm os professos defensores da verdade demonstrado o maior obstáculo ao seu progresso! A incredulidade com que se transige, as dúvidas expressas, as sombras acariciadas, animam a presença dos anjos maus e abrem o caminho para a execução dos ardis de Satanás.

Não podemos preparar o caminho conquistando a amizade do mundo, que é inimizade contra Deus; com Seu auxílio, porém, podemos romper com sua sedutora influência sobre nós e os outros. Não podemos, como indivíduos ou como corporação nos proteger das constantes tentações de um implacável e resoluto inimigo; mas, no poder de Jesus, podemos resistir-lhes. De todo membro da igreja pode irradiar firme luz para o mundo, de modo que as pessoas não sejam levados a indagar: Que faz esse povo mais que os outros? Pode e deve haver uma retração da conformidade com o mundo, um recuo de toda aparência do mal, de maneira que não seja dada nenhuma ocasião aos contraditores. Não podemos escapar ao vitupério; ele virá; devemos, porém, ser muito cautelosos para não sermos acusados por nossos próprios pecados ou insensatez, mas por amor de Cristo.

Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se. — The Review and Herald, 25 de Fevereiro de 1902.

Capítulo 2 — Conversões: falsas ou verdadeiras O poder da Palavra — Onde quer que a Palavra de Deus tenha sido fielmente pregada, seguiram-se resultados que atestaram de sua origem divina. O Espírito de Deus acompanhou a mensagem de Seus servos, e a Palavra era proclamada com poder. Os pecadores sentiam despertar-se-lhes a consciência. A “luz que alumia a todo homem que vem ao mundo” (João 1:9) iluminava-lhes os íntimos recessos da alma, e as coisas ocultas das trevas eram manifestas. Coração e espírito eram possuídos de profunda convicção. Convenciam-se do pecado, da justiça e do juízo vindouro. Tinham a intuição da justiça de Jeová, e sentiam terror de aparecer, em sua culpa e impureza, perante Aquele que examina os corações. Com angústia exclamavam: “Quem me livrará do corpo desta morte?” Romanos 7:24. Ao revelar-se a cruz do Calvário, com o infinito sacrifício pelos pecados humanos, viram que nada, senão os méritos de Cristo, seria suficiente para a expiação de suas transgressões; somente esses méritos poderiam reconciliar as pessoas com Deus. Com fé e humildade, aceitaram o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Pelo sangue de Jesus tiveram “a remissão dos pecados passados”. Romanos 3:25. Um novo estilo de vida — Aquelas pessoas produziram frutos dignos de arrependimento. Creram e foram batizadas, e levantaramse para andar em novidade de vida — como novas criaturas em Cristo Jesus; não para se conformarem aos desejos anteriores, mas, pela fé no Filho de Deus, seguir-Lhe os passos, refletir-Lhe o caráter, e purificar-se assim como Ele é puro. As coisas que antes odiavam, agora amavam; e as que antes amavam, passaram a odiar. Os orgulhosos e presunçosos tornaram-se mansos e humildes de coração. Os vaidosos e arrogantes se fizeram sérios e acessíveis. Os profanos se tornaram reverentes; os bêbados, sóbrios; os devassos, puros. As modas vãs do mundo foram postas de parte. Os cristãos procuravam não o “enfeite [...] exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos vestidos; mas o homem encoberto no 14 Conversões: falsas ou verdadeiras 15 coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus”. 1 Pedro 3:3, 4. Os despertamentos resultaram em profundo exame de coração e humildade. Caracterizavam-se pelos solenes e fervorosos apelos ao pecador, pela terna misericórdia para com a aquisição efetuada pelo [16] sangue de Cristo. Homens e mulheres oravam e lutavam com Deus pela salvação de almas. Os frutos de semelhantes avivamentos eram vistos na vida dos que não recuavam da renúncia e do sacrifício, mas que se regozijavam de que fossem considerados dignos de sofrer e ser provados por amor a Cristo. Notava-se uma transformação na vida dos que tinham professado o nome de Jesus. A comunidade se beneficiava por sua influência. [...] Esse é o resultado da obra do Espírito de Deus. Não há prova de genuíno arrependimento a menos que ele opere reforma na vida. Se restitui o penhor, devolve o que tinha roubado, confessa os pecados e ama a Deus e seus semelhantes, pode o pecador estar certo de que encontrou paz com Deus. Foram esses os efeitos que, em anos anteriores, se seguiram às ocasiões de avivamento religioso. Julgados pelos seus frutos, sabia-se que eram abençoados por Deus para a salvação das pessoas e para reerguimento da humanidade. Falsos reavivamentos: quais as diferenças — Muitos dos despertamentos dos tempos modernos têm, no entanto, apresentado notável contraste com aquelas manifestações de graça divina que nos primitivos tempos se seguiam aos labores dos servos de Deus. É verdade que se desperta grande interesse, muitos professam conversão e há larga afluência às igrejas; não obstante, os resultados não são de molde a autorizar a crença de que houve aumento correspondente da verdadeira vida espiritual. A luz que chameja por algum tempo logo fenece, deixando as trevas mais densas do que antes. Avivamentos populares são muitas vezes promovidos por meio de apelos à imaginação, excitando-se as emoções, satisfazendo-se o amor ao que é novo e surpreendente. Conversos ganhos dessa maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade bíblica e pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. A menos que o culto assuma algo de caráter sensacional, não lhes oferece atração. Não é atendida a mensagem que apele para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra de Deus, que diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério. 16 Reavivamento Verdadeiro Para toda pessoa verdadeiramente convertida, a relação com Deus e com as coisas eternas será o grande objetivo da vida. [...] Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos. Naquele tempo muitos se separarão das igrejas em que o amor deste mundo suplantou o amor a Deus e à Sua Palavra. Muitos, tanto pastores como leigos, [17] aceitarão alegremente as grandes verdades que Deus providenciou fossem proclamadas no tempo presente, a fim de preparar um povo para a segunda vinda do Senhor. O inimigo deseja criar dificuldades para essa obra; e antes que chegue o tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafação. Nas igrejas que puder colocar sob seu poder sedutor, fará parecer que a bênção especial de Deus foi derramada; manifestar-se-á o que será considerado como grande interesse religioso. Multidões exultarão de que Deus esteja operando maravilhosamente por elas, quando a obra é de outro espírito. Sob o disfarce religioso, Satanás procurará estender sua influência sobre o mundo cristão.

 

Santificação: obra de quem? — Teorias errôneas sobre a santificação, procedentes da negligência ou rejeição da lei divina, ocupam lugar preeminente nos movimentos religiosos de nossa época. Essas teorias não somente são falsas no que respeita à doutrina, mas também perigosas nos resultados práticos; e o fato de que estejam alcançando aceitação tão grande torna duplamente essencial que todos tenham clara compreensão do que as Escrituras ensinam a tal respeito. A verdadeira santificação é doutrina bíblica. O apóstolo Paulo, em carta à igreja de Tessalônica, declara: “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação.” E roga: “O mesmo Deus da paz vos Conversões: falsas ou verdadeiras 19 santifique em tudo”. 1 Tessalonicenses 4:3; 5:23. A Bíblia ensina claramente o que é a santificação, e como deve ser alcançada. O Salvador orou pelos discípulos: “Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade”. João 17:17. E Paulo ensina que os crentes devem ser santificados pelo Espírito Santo. Romanos 15:16. Qual é a obra do Espírito Santo? Disse Jesus aos discípulos: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade”. João 16:13. E o salmista declara: “Tua lei é a verdade”. Salmos 119:142. Pela Palavra e pelo Espírito de Deus se revelam aos seres humanos os grandes princípios de justiça incorporados em Sua lei. E desde que a lei de Deus é santa, justa e boa, e cópia da perfeição divina, segue-se que o caráter formado pela obediência àquela lei será santo. Cristo é um exemplo perfeito de semelhante caráter. Diz Ele: “Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai.” “Eu faço sempre o que Lhe agrada”. João 15:10; 8:29. Os seguidores de Cristo devem tornar-se semelhantes a Ele — pela graça de Deus devem formar caráter em harmonia com os princípios de Sua santa lei. Isso é santificação bíblica. Essa obra unicamente pode ser efetuada pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito de Deus habitando em nós. Paulo admoesta aos cristãos: “Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade”. Filipenses 2:12, 13. O cristão sentirá as insinuações do pecado, mas sustentará luta constante contra ele. Aqui é que o auxílio de Cristo é necessário. A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”. 1 Coríntios 15:57. [20] As Escrituras claramente revelam que a obra da santificação é progressiva. Quando na conversão o pecador acha paz com Deus mediante o sangue expiatório, apenas iniciou a vida cristã. Deve agora aperfeiçoar-se; crescer até “a medida da estatura da plenitude de Cristo”. Efésios 4:13. [...]

Falsa santificação: basta crer? — A santificação que ora adquire preeminência no mundo religioso traz consigo o espírito de exaltação própria e o desrespeito pela lei de Deus, os quais a estigmatizam como estranha à religião da Escritura Sagrada. Seus defensores ensinam que a santificação é obra instantânea, pela qual, mediante a fé apenas, alcançam perfeita santidade. “Basta crer”, [21] dizem, “e a bênção será sua.” Nenhum outro esforço, por parte do que recebe, se pressupõe necessário. Ao mesmo tempo negam a autoridade da lei de Deus, insistindo em que estão livres da obrigação de guardar os mandamentos. Mas é possível aos seres humanos Conversões: falsas ou verdadeiras 21 serem santos, de acordo com a vontade e caráter de Deus, sem ficar em harmonia com os princípios que são a expressão de Sua natureza e vontade, e que mostram o que Lhe é agradável? O desejo de uma religião fácil, que não exija esforço, renúncia, nem ruptura com a insensatez do mundo, tem tornado popular a doutrina da fé, e fé somente; mas que diz a Palavra de Deus? Declara o apóstolo Tiago: “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé”. Tiago 2:14, 20-22, 24. O testemunho da Palavra de Deus é contra essa doutrina perigosa da fé sem as obras. Não é fé pretender o favor do Céu sem cumprir as condições necessárias para que a graça seja concedida: é presunção; pois que a fé genuína se fundamenta nas promessas e disposições das Escrituras. Ninguém se engane com a crença de que pode tornar-se santo enquanto voluntariamente transgride um dos mandamentos de Deus. O cometer o pecado conhecido faz silenciar a voz testemunhadora do Espírito e nos separa de Deus. [...] Conquanto João em suas epístolas trate tão amplamente do amor, não hesita, entretanto, em revelar o verdadeiro caráter dessa classe de pessoas que pretende ser santificada ao mesmo tempo em que vive a transgredir a lei de Deus. “Aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a Sua Palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus”. 1 João 2:4, 5. Essa é a pedra de toque de toda profissão de fé. Não podemos atribuir santidade a qualquer pessoa sem julgá-la pela medida da única norma divina de santidade que há no Céu e na Terra. [...] E a alegação de estarem sem pecado é em si mesma evidência de que aquele que a alimenta longe está de ser santo. É porque não tem nenhuma concepção verdadeira da infinita pureza e santidade de Deus, ou do que devem ser os que se hão de harmonizar com Seu caráter; é porque não aprendeu o verdadeiro conceito da pureza e 22 Reavivamento Verdadeiro perfeição supremas de Jesus, bem como da malignidade e horror do pecado, que uma pessoa pode considerar-se santa. Quanto maior a distância entre ela e Cristo, e quanto mais impróprias forem suas concepções do caráter e requisitos divinos, tanto mais justa parecerá [22] a seus próprios olhos. Entrega sem reservas — A santificação apresentada nas Escrituras compreende o ser inteiro: espírito, alma e corpo. Paulo orou pelos tessalonicenses para que todo o seu espírito, alma e corpo fossem plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Tessalonicenses 5:23. Outra vez escreveu ele aos cristãos: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. Romanos 12:1. No tempo do antigo Israel, toda oferta trazida como sacrifício a Deus era cuidadosamente examinada. Se se descobria qualquer defeito no animal apresentado, era rejeitado; pois Deus recomendara que a oferta fosse “sem mancha”. Assim se ordena aos cristãos que apresentem o corpo “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. A fim de fazerem isso, todas as faculdades devem ser conservadas na melhor condição possível. Toda prática que enfraquece a força física ou mental, inabilita a pessoa para o serviço de seu Criador. E agradar-Se-á Deus com qualquer coisa que seja menos do que o melhor que podemos oferecer? Disse Cristo: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração”. Mateus 22:37. Os que amam a Deus de todo o coração, desejarão prestar-Lhe o melhor serviço de sua vida, e estarão constantemente procurando pôr toda faculdade do ser em harmonia com as leis que os tornarão aptos a fazer a Sua vontade. [...]

 

http://www.centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Jesus,%20Meu%20Modelo.pdf

Desobediência e rebelião, 19 de Fevereiro Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos Céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos Céus. Mateus 5:19. Aquele que violar voluntariamente um mandamento, não observa, em espírito e verdade, nenhum deles. “Qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos”. Tiago 2:10. Não é a grandeza do ato de desobediência que constitui pecado, mas a discordância com a vontade expressa de Deus no mínimo particular; pois isto mostra que ainda existe comunhão entre a alma e o pecado. O coração está dividido em seu serviço. Há uma virtual negação de Deus, uma rebelião contra as leis de Seu governo. Se as pessoas fossem livres para se apartar das reivindicações do Senhor e estabelecer uma norma de dever para si mesmos, haveria uma variação de normas para se adaptarem aos diversos gostos, e o governo seria tirado das mãos de Deus. A vontade do homem se tornaria suprema, e o alto e santo querer de Deus — Seu desígnio de amor para com Suas criaturas — seria desonrado, desrespeitado. Sempre que preferem seus próprios caminhos, os homens se colocam em conflito com Deus. Eles não terão lugar no reino do Céu, pois se encontram em guerra com os próprios princípios celestiais. Desconsiderando a vontade de Deus, estão se colocando ao lado de Satanás, o inimigo do homem. Não por uma palavra, nem muitas, mas por toda palavra que sai da boca de Deus viverá o homem. Não podemos desatender uma palavra, por mais insignificante que nos pareça, e estar seguros. Não há um mandamento da lei que não se destine ao bem e à felicidade do homem, tanto nesta vida como na futura. Na obediência à lei de Deus, Seus filhos circundados como por um muro, e protegidos do mal. Aqueles que, em um só ponto 115 116 Jesus, Meu Modelo que seja, derrubam essa barreira divinamente erigida, destroem o poder para protegê-los; pois abrem um caminho pelo qual o inimigo pode entrar, para enfraquecer e destruir. Arriscando-se a desprezar a vontade de Deus em um ponto, nossos primeiros pais abriram as comportas da miséria sobre o mundo. E todo indivíduo que segue o seu exemplo ceifará idênticos resultados. O amor de Deus é a base de cada preceito de Sua lei, e aquele que se afasta do mandamento está operando sua própria [58] infelicidade e ruína. — O Maior Discurso de Cristo, 51-52.

 

http://www.centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/O%20Grande%20Conflito.pdf

Onde quer que exista causa idêntica, os mesmos efeitos se seguirão. Aquele que deliberadamente abafa as convicções do dever, pelo fato de se achar este em conflito com as tendências pessoais, perderá finalmente a faculdade de discernir a verdade do erro. Obscurece-se o entendimento, a consciência se torna calejada, o coração endurecido, e a alma se separa de Deus. Onde a mensagem da verdade divina é desdenhada e tratada levianamente, ali a igreja se envolve em trevas; esfriam a fé e o amor; entram a separação e a discórdia. Os membros da igreja centralizam seus interesses e energias em [379] empreendimentos mundanos, e os pecadores se tornam endurecidos em sua impenitência.

Foram estes os benditos resultados fruídos pelos que aceitaram a mensagem adventista. Vieram de denominações várias, e as barreiras denominacionais foram arremessadas ao chão; credos em conflito eram reduzidos a átomos; a esperança de um milênio terreal, em desacordo com a Escritura Sagrada, foi posta de lado e corrigidas opiniões falsas sobre o segundo advento; varridos o orgulho e a conformação ao mundo; repararam-se injustiças; os corações se uniram na mais doce comunhão, e o amor e a alegria reinaram [380] supremos. Se esta doutrina fez isto pelos poucos que a receberam, o mesmo teria feito a todos, se todos a houvessem recebido. Mas as igrejas, em geral, não aceitaram a advertência. Os pastores, que, como “vigias sobre a casa de Israel”, deveriam ter sido os primeiros a discernir os sinais da vinda de Jesus, não quiseram saber a verdade, quer pelo testemunho dos profetas, quer pelos sinais dos tempos. À medida que as esperanças e ambições mundanas lhes encheram o coração, arrefeceram o amor para com Deus e a fé em Sua Palavra; e, quando a doutrina do advento era apresentada, apenas suscitava preconceito e descrença. O fato de ser a mensagem em grande parte pregada por leigos, era insistentemente apresentado como argumento contra a mesma. Como na antigüidade, ao claro testemunho da Palavra de Deus opunha-se a indagação: “Têm crido alguns dos príncipes ou dos fariseus?” E vendo quão difícil tarefa era refutar os argumentos aduzidos dos períodos proféticos, muitos desanimavam o estudo das profecias, ensinando que os livros proféticos estavam selados, e não deveriam ser compreendidos. Multidões, confiando implicitamente nos pastores, recusaram-se a ouvir a advertência; e outros, ainda que convictos da verdade, não ousavam confessá-la para não serem “expulsos da sinagoga.” A mensagem que Deus enviara para provar e purificar a igreja revelou com muita evidência quão grande era o número dos que haviam posto a afeição neste mundo ao invés de em Cristo. Os laços que os ligavam à Terra, mostravam-se mais fortes do que as atrações ao Céu. Preferiam ouvir a voz da sabedoria mundana, e desviavam-se da probante mensagem da verdade. Rejeitando a advertência do primeiro anjo, desprezaram os meios que o Céu provera para a sua restauração. Desacataram o mensageiro de graça que teria corrigido os males que os separavam de Deus, e com maior avidez volveram à busca da amizade do mundo. Eis A causa da degradação atual 333 aí a causa da terrível condição de mundanismo, apostasia e morte espiritual, que prevalecia nas igrejas em 1844.

 

http://www.centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Mensagens%20Escolhidas%201.pdf

Há variedade em uma árvore, dificilmente duas folhas são exatamente semelhantes. Todavia esta variedade acrescenta à perfeição da árvore como um todo. Em nossa Bíblia, poderíamos perguntar: “Por que necessitam Mateus, Marcos, Lucas e João nos Evangelhos, por que necessitam os Atos dos Apóstolos e a variedade de escritores das Epístolas, repetir as mesmas coisas?” O Senhor deu Sua Palavra justamente pela maneira que queria que ela viesse. Deu-a por meio de diferentes escritores, tendo cada um sua própria individualidade, embora repetindo a mesma história. [22] Seus testemunhos são trazidos juntos em um só Livro, e são como as expressões em uma reunião de testemunhos. Eles não dizem as coisas exatamente no mesmo estilo. Cada um tem uma experiência sua, própria, e essa diversidade amplia e aprofunda o conhecimento que vem satisfazer as necessidades dos variados espíritos. Os pensamentos expressos não têm estabelecida uniformidade, como se houvessem sido lançados em molde de ferro, tornando monótono o próprio ouvir. Em tal uniformidade haveria perda da graça e beleza que os distingue. ... O Criador de todas as idéias pode impressionar mentes diversas com o mesmo pensamento, mas cada um pode exprimi-lo por diferentes maneiras, e ao mesmo tempo sem contradições. O fato de existir essa diferença não nos deve confundir nem deixar perplexos. Raramente verão duas pessoas e exprimirão a verdade da mesma maneira. Cada uma se deterá em pontos particulares que sua constituição e educação a habilitaram a apreciar. A luz do Sol incidindo sobre diferentes objetos, empresta-lhes tonalidades diversas. Mediante a inspiração de Seu Espírito o Senhor deu a Seus apóstolos uma verdade a ser expressa segundo o desenvolvimento de sua mente pelo Espírito Santo. A mente, porém, não é tolhida, como se forçada em determinado molde. — Carta 53, 1900.

 

http://www.centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Patriarcas%20e%20Profetas.pdf

 

Os moradores da planície de Sinear não criam no concerto de Deus de que não mais traria um dilúvio sobre a Terra. Muitos deles negavam a existência de Deus, e atribuíam o dilúvio à operação de causas naturais. Outros criam em um Ser supremo, e que fora Ele que destruíra o mundo antediluviano; e seu coração, como o de Caim, ergueu-se em rebelião contra aquele Ser. Um objetivo que tinham na construção da torre era garantir sua segurança em caso de outro dilúvio. Elevando a construção a uma altura muito maior do [77] que a que foi atingida pelas águas do dilúvio, julgavam colocar-se fora de toda possibilidade de perigo. E, como pudessem subir à região das nuvens, esperavam certificar-se da causa do dilúvio. Todo o empreendimento destinava-se a exaltar ainda mais o orgulho dos que o projetaram, e desviar de Deus a mente das futuras gerações e levá-las à idolatria. Quando a torre se completara parcialmente, parte dela foi ocupada como habitação de seus construtores; outros compartimentos, esplendidamente aparelhados e ornamentados, eram dedicados a seus ídolos. O povo regozijava-se com o seu êxito, e louvava os deuses de prata e ouro, e colocavam-se em oposição ao Governador do Céu e da Terra. Súbito sustou-se a obra que estivera avançando tão prosperamente. Anjos foram enviados para reduzir a nada o propósito dos edificadores. A torre havia alcançado uma grande altura, e era impossível aos trabalhadores no cimo comunicar-se diretamente com os que estavam na base; portanto foram estacionados homens em diferentes pontos, devendo cada um receber os pedidos de material de que se necessitava, ou outras instruções relativas à obra, e transmiti-las ao que estava imediatamente abaixo. Passando assim os avisos de um para o outro, foi confundida a língua, de modo que se pedia material de que não havia necessidade, e as instruções transmitidas eram muitas vezes o contrário das que tinham sido dadas. Seguiram-se a confusão e o desânimo.

 

Os homens de Babel tinham-se decidido a estabelecer um governo que fosse independente de Deus. Alguns houve entre eles, entretanto, que temiam ao Senhor, mas tinham sido enganados pelas pretensões dos ímpios, e arrastados aos seus desígnios. Por amor a estes fiéis, o Senhor retardou os Seus juízos, e deu ao povo tempo para revelar o seu verdadeiro caráter. Desenvolvendo-se este, os filhos de Deus trabalharam para os demover de seu intuito; mas o povo estava completamente unido em seu empreendimento que se atrevia contra o Céu. Houvessem eles continuado sem serem impedidos, e teriam aviltado o mundo em sua infância. A confederação foi fundada de modo revoltoso; estabelecido fora um reino para a exaltação própria, mas no qual Deus não deveria ter domínio ou honra. Houvesse sido permitida esta confederação, e uma grande potência teria exercido o domínio para banir da Terra a justiça, e com esta a paz, a felicidade e a segurança. Os homens estavam a esforçar-se por substituir os estatutos divinos, que são justos, santos e bons (Romanos 7:12), por leis que conviessem aos intuitos de seu coração egoísta e cruel.

 

No professo mundo cristão, muitos se desviam dos claros ensinos da Bíblia, e edificam um credo com especulações humanas e fábulas aprazíveis; e apontam para a sua torre como um caminho para subir ao Céu. Os homens ficam tomados de admiração ante a eloqüência, enquanto esta ensina que o transgressor não morrerá, que a salvação pode ser conseguida sem a obediência à lei de Deus. Se os professos seguidores de Cristo aceitassem a norma de Deus, esta os levaria à unidade; mas enquanto a sabedoria humana for exaltada sobre a Sua santa Palavra, haverá divisões e dissensão. A confusão existente entre credos e seitas em conflito uns com os outros, é apropriadamente representada pelo termo “Babilônia”, que a profecia aplica às igrejas amantes do mundo, dos últimos dias. Apocalipse 14:8; 18:2.

 

 

Postar um comentário

0 Comentários